Nesse artigo, procuramos mostrar que duas alternativas célebres aos fundacionalismos tradicionais - o falibilismo de Popper e o naturalismo de Quine - apresentam consequências indesejáveis a respeito do problema da base empírica. Propomos uma terceira alternativa - o ceticismo alético -, que pode lidar adequadamente com esse problema. Além disso, compreendemos o ceticismo alético como uma doutrina diferente do ceticismo pirrônico tradicional (e outras versões antigas e modernas de ceticismo), no que diz respeito ao objetivo da investigação, embora ele coincida com o pirronismo em seu método. O ceticismo alético evita não apenas o naturalismo, mas também o falibilismo.
resumoEste artigo procura discutir um dos episódios-tipo da atividade científica -a saber, a publicação de artigos científicos -do ponto de vista de uma análise da pragmática da investigação em convergência com a perspectiva de Patrick Suppes sobre o que seria uma escolha livre. Em primeiro lugar, é apresentada a ideia de Suppes de introduzir uma medida para a liberdade. Em seguida, oferece-se um esboço da noção de pragmática da investigação científica. Finalmente, introduz-se uma interpretação de uma trajetória de investigação em termos de cadeias de Markov.Palavras-chave • Pragmática da investigação. Cadeias de Markov. Escolha livre. Artigos científicos. Patrick Suppes.Tradicionalmente, a atividade científica é tomada como paradigma da ação racional, atividade na qual o pensamento humano livre de quaisquer restrições pode avaliar o valor das ideias e escolher livremente entre elas com base em argumentos logicamente válidos. A perspectiva defendida neste artigo não vai contra essa noção, nem contra a concepção mais geral segundo a qual o comportamento racional consiste em pesar prós e contras um curso de ação e, com base em tais razões, agir. Assim como Suppes, apenas procuramos compreender esse tipo de comportamento como o resultado de determinados contextos.No caso da atividade científica especificamente, há contextos científicos institucionalizados que devem ser compreendidos para que possamos perceber em que medida é possível falar de escolhas livres e racionais da parte do cientista quando se ocupa de teorias, evidências, testes, aplicações etc., inclusive a divulgação de resultados alcançados. Este último ponto, no caso da publicação de artigos científicos, é o foco da análise que vamos apresentar.Outra concepção tradicional que poderia impedir de adotar tal abordagem para compreender a ciência é aquela segundo a qual a filosofia da ciência não deveria se ocupar da prática científica concreta, mas apenas da legitimidade e racionalidade de scientiae zudia,
Este artigo trata das questões da emergência de sistemas complexos (mentais e sociais) e da determinação descendente do ponto de vista do realismo perspectivista. Essas são questões sobre os fundamentos das ciências humanas em geral e, em particular, da psicologia e da sociologia. É proposto um critério para distinguir problemas metafísicos de problemas ontológicos (ou conceituais), e são discutidas as noções de sistema complexo hierárquico e de causação que seriam adequadas para uma fundamentação emergentista e perspectivista das ciências humanas. Palavras-chave • Emergência. Causação descendente. Sistemas complexos. Realismo perspectivista.
Este artigo apresenta um modelo do agente livre compatível com as teorias evolutivas e neurofisiológicas da mente e com base especificamente nas noções de liberdade em situação, de Sartre, e de racionalidade limitada, de Simon. Além disso, a noção de agência de controle de Skinner é generalizada, sendo aplicada também ao caso de estruturas cerebrais. O agente livre é descrito como o indivíduo humano cujo eu consciente escolhe e decide no contexto de múltiplas determinações tanto ambientais quanto neurofisiológicas. A autonomia do agente humano é resultado dos processos que levam à aquisição das modalidades da consciência existencial, inclusive a consciência moral. O agente livre é alguém que alcança o autocontrole.
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