Objetivo: Determinar o limiar de anaerobiose (LA) pelo método ventilatório (visual gráfico), pelos modelos matemáticos, Heteroscedástico e Hinkley, aplicados aos conjuntos de dados de freqüência cardíaca (FC), RMS do sinal mioelétrico (Root Mean Square) e VCO 2 e comparar o LA obtido pelos três métodos. Metodologia: Foram estudados 9 idosos ativos (61,4±1,8 anos) durante teste de exercício físico dinâmico contínuo do tipo rampa, em cicloergômetro, com incrementos de potência variando de 10 a 15 Watts/min. Foram coletados os dados de FC batimento a batimento, eletromiografia de superfície do músculo vasto lateral e variáveis ventilatórias respiração a respiração. Após a aplicação dos modelos matemáticos e identificados os pontos de quebra de comportamento, foram registrados neste momento os valores de potência, VO 2 e FC, comparados e correlacionados aos obtidos pelo método visual gráfico (padrão ouro). Foi utilizado o teste de Friedman para comparações múltiplas e o teste de correlação de Spearman (nível de significância de 5%). Resultados: Não foram encontradas diferenças significantes, em relação ao padrão ouro, entre os valores de potência, VO 2 e FC, no momento do LA identificado pelos diferentes modelos. Foram encontradas correlações significantes entre os valores de FC identificados pelos modelos matemáticos entre os valores de VO 2 quando identificados pela freqüência cardíaca e de potência somente quando identificada pelo modelo de Hinkley aplicado aos dados de RMS do sinal mioelétrico. Conclusões: No grupo estudado, os modelos matemáticos mostraram-se adequados na determinação não-invasiva do LA, sendo que ambos ajustaram-se melhor aos dados de FC, seguido pela VCO 2 e RMS.
O trabalho trata do Concerto n o 1 para piano e orquestra Op. 15 de Johannes Brahms, partindo dos fatos que permearam sua criação até a construção de sua performance por este autor. Na primeira parte do trabalho realizamos uma pesquisa musicológica discutindo a linguagem pianística do compositor através de testemunhos históricos, sua preferência por pianos com características específicas, relatos de sua atuação como pianista e professor, e apontamos que a flexibilidade de tempo e alterações de andamento eram caros ao seu ideal musical. A revisão de literatura para o subcapítulo sobre os pianos de Brahms remonta principalmente a Bozarth e Brady (2009), Arnone (2006), Cai (1989), Pollens (2006) e Hofmann (2006). Já para o subcapítulo que trata das particularidades de Brahms como pianista e professor foram usados principalmente os autores May (1905) e Schumann (1927). Sobre a flexibilidade de tempo citamos sobretudo Musgrave e Sherman (2003) e Kim (2012). Com o objetivo de se ter uma perspectiva prática sobre essa última questão, são apresentadas análises comparativas de duas gravações históricas do primeiro movimento do Concerto, tocadas por pianistas tiveram alguma ligação direta com o compositor. Ainda na primeira parte do trabalho, tratamos da criação do Concerto, sua estreia e as questões editoriais da obra, usando como fontes de pesquisa várias correspondências, periódicos de época, manuscritos autógrafos, as primeiras edições e publicações posteriores da obra. Na segunda parte desta tese, discutimos os procedimentos interpretativos do Concerto expondo os passos para a construção de sua performance. Também apresentamos o material musical da obra através de tabelas com os temas dos movimentos e sua estrutura formal. Discutimos dificuldades técnicas e musicais específicas, apresentando possíveis soluções e sugerindo direções interpretativas também através de exemplos em áudio e vídeo. Como anexos à tese incluímos nossa tradução do capítulo "Brahms as a pianoforte teacher", de May (1905) e produzimos um catálogo das obras para piano solo de outros compositores tocadas por Brahms, reproduzido a partir de Hofmann (2006).
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