Objetivo: Determinar a adesão aos colírios antiglaucomatosos em pacientes do Projeto Glaucoma (Ministério da Saúde) por meio da escala de Morisky de 8 itens. Métodos: Foi realizado um estudo transversal por meio de questionário aplicado a 237 pacientes diagnosticados com glaucoma inscritos regularmente no Projeto Glaucoma do Instituto de Olhos de Maceió, adaptando a escala de Morisky já validada em português para colírios. As variáveis foram a adesão aos colírios antiglaucomatosos, idade, sexo, raça, tempo de diagnóstico do glaucoma, número de colírios utilizados, doenças sistêmicas, escolaridade, perfil de visão (ruim, razoável ou boa) e os fatores correlacionados com a adesão. A análise estatística entre as variáveis foi realizada com os testes estatísticos do Quiquadrado para as variáveis categóricas e Teste U de Mann-Whitney para as contínuas, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: A adesão aos colírios foi de 54%. A idade e o número de colírios (p=0,02 e 0,03 respectivamente) foram estatisticamente relevantes, assim como a qualidade de visão também foi (p<0,001) para o não uso adequado do tratamento. O motivo mais comum tanto no grupo de aderentes como no de não aderentes foi o esquecimento (23% e 76,15% respectivamente). Conclusão: Utilizando a escala de Morisky adaptada para colírios antiglaucomatosos a adesão aos colírios foi de 54% .Descritores: Adesão ao tratamento/estatística & dados numéricos; Cooperação do paciente; Recusa do paciente ao tratamento; Soluções oftálmicas/uso terapêutico; Glaucoma/quimioterapia ABSTRACT Objective: To determine adherence to glaucoma eye drops in patients from Glaucoma Project (Ministry of Health) by Morisky scale of 8 items. Methods: We conducted a cross-sectional study through a questionnaire applied to 237 patients diagnosed with glaucoma regularly enrolled in the Glaucoma
RESUMOA catarata congênita é uma causa importante de deficiência visual, principalmente por ambliopia, com prevalência aproximada de 0,4%. Seu manejo cirúrgico, inclusive em crianças, tem se desenvolvido, levando a melhores resultados visuais e contribuindo para o controle da ambliopia. Objetivo: Relatar os resultados precoces de uma série de casos submetidos a diferentes modalidades cirúrgicas para catarata congênita no Serviço de Catarata do Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal (IOTC) de janeiro de 2004 a janeiro de 2005.métodos: Estudo retrospectivo em 19 crianças (32 olhos) com catarata congênita. A série de casos foi dividida em três grupos de acordo com a abordagem cirúrgica: lensectomia via pars plana, facoaspiração com e sem implante de lente intraocular. A acuidade visual corrigida final foi registrada com quatro meses de pós-operatório. Resultados: Oito olhos foram submetidos à lensectomia, treze (13) à facoaspiração com implante de lente intra-ocular, e onze (11) à facoaspiração sem implante de lente intra-ocular. Em dez olhos foi realizada capsulotomia posterior primária. A única complicação observada foi opacidade de cápsula posterior em 60% (n=05) dos casos. Aproximadamente 43% dos pacientes (n=14) desenvolveram AV final corrigida entre 20/20 (LogMAR + 0.0) e 20/40 (LogMAR +0.3). Destes, oito (57%) eram olhos de crianças operadas de ambos os olhos (catarata bilateral). A média de idade em que foram operadas, neste grupo de melhor acuidade, foi de sete anos. Sete (50%) olhos foram submetidos a facoaspiração com implante de lente intra-ocular, e cinco (35%) destes foram submetidos á capsulotomia posterior secundária. Conclusão: A série de casos analisada apresentou bons resultados cirúrgicos e funcionais precoces, embora trata-se de um número pequeno e heterogêneo de pacientes. O acompanhamento a longo prazo desses pacientes é essencial para avaliarmos que papel as diferentes indicações cirúrgicas têm para o prognóstico visual funcional.Descritores: Catarata/congênito; Extração de catarata; Ambliopia; Criança
Objetivo: Avaliar a eficácia do colírio de concentrado de plaquetas (CCP) autólogo no olho seco sintomático de pacientes diabéticos. Projeto: Um estudo de intervenção único grupo prospectivo. Participantes: Doze pacientes diabéticos com doença do olho seco refratário. Métodos: Os pacientes foram tratados com colírio de PRP autólogo quatro vezes por dia durante um mês. Sintomas de olho seco e sua frequência, seguindo os critérios de DEWS, tempo de ruptura do filme lacrimal, a melhoria das linhas de acuidade visual e teste de Schirmer. Resultados: Todos os pacientes tiveram alguma melhora dos sintomas de ressecamento, coceira, ardor e vermelhidão (p = 0,002). Destes, 41,66% (5/12) tiveram melhora de uma ou mais linhas de acuidade visual em ambos os olhos; 50% e 58,33% não tinham alteração no olho direito e esquerdo, respectivamente (p = 0,14) . Considerando o teste de Schirmer, 66,66% (8/12) tiveram melhora no valor do teste, 25% (3/12) não apresentaram alteração neste valor de teste e de 8,33% (1/12) tiveram um valor reduzido no teste após tratamento. (p = 0,04). Considerando o valor de teste BUT 58,33% (7/12) apresentaram melhora no valor de teste e 41,66% (12/05) não apresentaram alteração neste valor de teste (p = 0,018). Conclusões: O CCP é seguro e uma terapia alternativa interessante no olho seco diabético sintomático. Mais ensaios clínicos são necessários para criar protocolos específicos para este tratamento.Descritores
RESUMOApós uma injúria corneana, é fundamental a eliminação dos miofibroblastos a fim de garantir sua transparência. Os miofibroblastos corneanos apresentam um receptor para o fator ativador de plaquetas em sua superfície. O concentrado de plaquetas é uma das mais ricas fontes de fatores de crescimento essenciais, causando redução do sangramento, da inflamação, da escarificação, do tempo de cicatrização, acelerando assim o fechamento das úlceras.Relatamos um caso de úlcera trófica corneana não responsiva aos tratamentos convencionais e que apresentou melhora clínica significativa com colírio de concentrado de plaquetas autólogo.Descritores: Plaquetas; Preservação de sangue; Ceratoplastia penetrante, Oftalmopatias; Relato de casos [Tipo de publicação]
Objetivo: O estudo foi realizado para descrever o perfil epidemiológico de pacientes diabéticos com olho seco sintomático. Métodos: Duzentos e vinte e um pacientes diabéticos foram avaliados por meio de questionário específico sobre outras doenças e medicamentos. Destes, 58 foram diagnosticados com olho seco moderado a severo e foram incluídos no estudo. Resultados: Neste estudo, 58 dos 221 pacientes diabéticos tinham olho seco moderado a severo (26,2%). Dos 58 pacientes, o olho seco, foi mais prevalente na faixa etária de 61,46 ± 14,18 anos para os homens e 61,09 ± 10,64 para as mulheres (p <0,005). O olho seco foi mais comum em mulheres (75,86%) (p = 0,456). Dos 58 pacientes, 15 (25,9%) tinham pelo menos uma doença ocular. A mais comum foi a retinopatia diabética (13 de 15 pacientes, 86,7%, IC de 95% 69,46-103,87). Um total de 19 pacientes utilizavam colírios (3,8%); lubrificantes foram os mais usados (14 dos 19 indivíduos, 73, 7%, (IC de 95%, 53,88-93,48). A hipertensão foi a doença mais prevalente associada (56.9%) e os medicamentos mais utilizados foram hipoglicemiantes orais (98%, IC 95% 94,00-10,92) e inibidores da enzima conversoras da angiotensina (53,1%, IC 95%, 53,06 39,09-67,04). Conclusão: Novos estudos epidemiológicos devem ser feitos para avaliar a real relação etiológica entre olho seco e diabetes e sua correlação com outros fatores de risco. Apesar das limitações, temos fortes evidências da relação entre olho seco e diabetes. Na prática clínica, o exame de olho seco deve ser parte da avaliação dos diabéticos.
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