Perinatal asphyxia associated with early neonatal mortality: populational study of avoidable deathsResults: During the three years, 1.71 deaths per 1,000 live births were associated with perinatal asphyxia, which corresponded to 22% of the early neonatal deaths. From the 2,873 avoidable deaths, 761 (27%) occurred in São Paulo city; 640 (22%), in the metropolitan region of São Paulo city; and 1,472 (51%), in the countryside of the state. In the first two regions, deaths were more frequent in public hospitals, among newborns with gestational age of 36 weeks or less, and among babies weighing less than 2500g. In the countryside, mortality was more frequent in philanthropic hospitals, in term newborns and in neonates weighing over 2500g. Most of these neonates were born during daytime in their hometown and died at the same institution in which they were born within the first 24 hours after delivery. Meconium aspiration syndrome was related to 18% of the deaths.Conclusions: Perinatal asphyxia is a frequent contributor to the avoidable early neonatal death in the state with the highest gross domestic product per capita in Brazil, and it shows the need for specific interventions with regionalized focus during labor and birth care.
OBJETIVO: Estimar a prevalência de defeitos congênitos (DC) em uma coorte de nascidos vivos (NV) vinculando-se os bancos de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). MÉTODOS: Estudo descritivo para avaliar as declarações de nascido vivo como fonte de informação sobre DC. A população de estudo é uma coorte de NV hospitalares do 1º semestre de 2006 de mães residentes e ocorridos no Município de São Paulo no período de 01/01/2006 a 30/06/2006, obtida por meio da vinculação dos bancos de dados das declarações de nascido vivo e óbitos neonatais provenientes da coorte. RESULTADOS: Os DC mais prevalentes segundo o SINASC foram: malformações congênitas (MC) e deformidades do aparelho osteomuscular (44,7%), MC do sistema nervoso (10,0%) e anomalias cromossômicas (8,6%). Após a vinculação, houve uma recuperação de 80,0% de indivíduos portadores de DC do aparelho circulatório, 73,3% de DC do aparelho respiratório e 62,5% de DC do aparelho digestivo. O SINASC fez 55,2% das notificações de DC e o SIM notificou 44,8%, mostrando-se importante para a recuperação de informações de DC. Segundo o SINASC, a taxa de prevalência de DC na coorte foi de 75,4%00 NV; com os dados vinculados com o SIM, essa taxa passou para 86,2%00 NV. CONCLUSÕES: A complementação de dados obtida pela vinculação SIM/SINASC fornece um perfil mais real da prevalência de DC do que aquele registrado pelo SINASC, que identifica os DC mais visíveis, enquanto o SIM identifica os mais letais, mostrando a importância do uso conjunto das duas fontes de dados.
Introdução: A COVID-19 requereu a implementação de medidas efetivas para conter os efeitos diretos da pandemia. À medida em que a efetividade das iniciativas de controle se torna evidente, o interesse tem se deslocado em busca também de melhor entendimento das consequências indiretas da pandemia em diferentes aspectos da vida das pessoas. Considerando-se que uma das medidas mais impactantes foi o fechamento das escolas, o estudo teve enfoque na gestação precoce, com desfecho de aborto atendido em regime hospitalar, na população de meninas de dez a 14 anos, estratificada por cor da pele. Objetivo: Avaliar as tendências das taxas mensais de hospitalização por aborto em meninas de dez a 14 anos, em 2019 e 2020, segundo cor da pele, no Brasil. Materiais e métodos: Trata-se de estudo quase-experimental de séries temporais interrompidas (ITS). O número mensal de hospitalizações por aborto foi obtido por consulta ao Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde. A população de meninas de dez a 14 anos foi calculada com base em projeções publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As taxas foram estimadas para o período “antes” (janeiro de 2019 a fevereiro de 2020) e para o período “depois” (março a dezembro de 2020) do fechamento das escolas (intervenção) iniciado em março de 2020. Coeficientes e intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram estimados usando modelos de regressão linear segmentada. Resultados: De janeiro de 2019 a dezembro de 2020, houve 3.328 hospitalizações por aborto em meninas de dez a 14 anos no Brasil. As taxas mais altas foram observadas nas meninas negras, com valores superiores a duas internações mensais por 100 mil. As adolescentes negras experimentaram taxas tão altas quanto 3,29 e 3,22 por 100 mil em outubro e novembro de 2020. Pareando as internações mensais, as menores e as maiores diferenças entre meninas negras e meninas brancas foram encontradas em setembro de 2019 (2,14 vezes) e em outubro de 2020 (6,79 vezes). Nossos achados são indicativos de mudança para aumento de tendência das taxas após o fechamento das escolas, na população como um todo (coeficiente: 0,07; IC95% 0,02–0,11) e na população negra (coeficiente: 0,07; IC95% 0,03–0,11), determinando um aumento médio nas taxas de internação hospitalar mensais durante o período pós-intervenção em comparação com as estimativas pré-intervenção de linha de base. Esta ITS não detectou mudança de tendência estatisticamente significativa (coeficiente: 0,02; IC95% -0,01–0,05) nas taxas de admissão por aborto na população de meninas brancas. Conclusão: As hospitalizações por aborto em meninas de dez a 14 anos aumentaram durante a pandemia de COVID-19, em 2020, no Brasil. Esse resultado foi pior em meninas negras do que em meninas brancas, sugerindo que as medidas que envolvem crianças e adolescentes para prevenir a disseminação do coronavírus podem ter provocado efeitos inesperados e afetado minorias de forma diferenciada no Brasil.
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