Este artigo trata da transformação do espaço amazônico segundo a lógica do projeto iluminista ocorrida em fins do século XIX e início do XX. Apresenta alguns trechos de textos oficiais e relatos de viagens que deixam patente a lógica dessa transformação. PALAVRAS-CHAVE
Galvez imperador do Acre e as experiências dadaístas, surrealistas e concretistasPara fazermos a relação entre a escrita e a técnica da colagem, cabe partirmos de uma afi rmação de Compagnon (2007, p. 11): "Recorte e colagem são as experiências fundamentais com o papel, das quais a leitura e a escrita não são senão formas derivadas, transitórias, efêmeras". Ela aponta para uma concepção de leitura e escrita que dialoga com Jaques Derrida, no que tange à compreensão dessas práticas enquanto bricolage, utilizando-se do conceito proposto por Lévi-Strauss (1970), em seu texto "A ciência do concreto".Derrida defi ne toda escrita como bricolage, todo escritor como bricoleur: "Se denominarmos bricolagem a necessidade de ir buscar os seus conceitos ao texto de uma herança mais ou menos coerente ou arruinada, devese dizer que todo o discurso é bricoleur" (Derrida, 1995, p. 239). No mesmo sentido, Compagnon (2007, p. 39) afi rma: "toda escrita é colagem e glosa, é citação, é comentário".Desagregar o texto, destacá-lo de seu contexto, e reagregá-lo em um novo. Para Derrida e Compagnon esse é o princípio da escrita, todo autor o faz, consciente ou inconscientemente, cada um a seu modo. Em dois romances do escritor amazonense Márcio Souza, Galvez imperador do Acre ([1977] 1983) e A resistível ascensão do Boto Tucuxi (1982), esse processo é um princípio estético estruturante não somente da forma da narrativa como do campo de signifi cação e teor da crítica investida de sátira, humor e, em algumas partes dessas obras, ironia.Comecemos por Galvez imperador do Acre. A primeira epígrafe do romance fi gura bem esse princípio:1 Doutor em Estudos Literários e atualmente pós-doutorando da Capes na Sorbonne Nouvelle -Paris 3, sob orientação de Jacqueline Penjon. Professor adjunto da Universidade Federal do Pará (UFPA),
O presente artigo tem por objetivo analisar e interpretar a novela Miguel, Miguel, de Haroldo Maranhão e a relação da dobra do nome Miguel como uma questão de linguagem literária. A literatura tem o privilégio de não estar presa às regras da verdade histórica, pois a imaginação opera como elemento essencial que subverte a lógica exigida pelo real e instaura a ambiguidade. Assim, pode-se inferir que o duplo articula-se com a palavra para recriar no mundo do texto o espelho que reflete a diferença, abstraída da repetição do nome. Nessa perspectiva, Filosofia e literatura se entrecruzam para pensar a narrativa complexa de Haroldo Maranhão.
O presente artigo percorre a poesia moderna e contemporânea de Max Martins em duas partes. A primeira traz a leitura do poema visual “Man & woman”, de Max Martins, numa perspectiva teórica ligada, sobretudo, ao ideograma e ao estudo da forma (Gestalt) estudada por Haroldo de Campos, Décio Pignatari e Julio Plaza, autores que postulam o diálogo entre poesia e imagem. “Man & woman” engendra o questionamento dos limites da palavra (verbo) e um “alargamento” do espaço gráfico do poema através da metalinguagem. Em sua segunda parte, tem-se uma leitura ensaística de poemas de Max Martins com o objetivo de estabelecer a relação entre palavra, imagem e pensamento.
CHÃO DOS LOBOS
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