Este ensaio suscita uma discussão acerca da complexidade do esporte adaptado, diante da forma reducionista como o fenômeno tem sido definido ao longo do tempo. Entende-se que este é um construto complexo e, portanto, a abordagem para o seu entendimento deve ser de pensamento complexo. Foram discutidos os vários aspectos relacionados à prática do esporte pelas pessoas com deficiência e como os trabalhos devem ser conduzidos neste campo. Embora o esporte adaptado tenha efeitos positivos sobre variáveis como reabilitação e inclusão social, este não pode ser definido apenas com base nestas questões e sim como um fenômeno complexo e abrangente.
O presente estudo teve por finalidade estimar a potência aeróbia em atletas com LME praticantes de RCR, correlacionar os níveis de VO2máx com a classificação funcional (CF) dos atletas e analisar o comportamento da FC antes e pós-teste. A amostra foi composta por 10 atletas com LME, do sexo masculino e idade média de 29,6±6,5anos. Os atletas foram submetidos ao teste de corrida de 12 minutos e monitorados com o frequêncimetro cardíaco. A média do VO2máx foi de 18,3±8,1ml(kg.min)-1 e da FCmáx de 114,6±25,3bpm. Os valores de VO2máx obtidos no estudo são classificados como médio para a população com tetraplegia. Observou-se que existe correlação moderada (r=0,77) entre a CF e o VO2máx entre atletas praticantes de RCR e por fim, observou-se baixos valores de FC frente á um teste submáximo, fato que pode estar relacionado à diminuição da atuação simpática após LME.
ResumoO "Rugby" em Cadeira de Rodas (RCR) é uma modalidade paralímpica praticada por pessoas com defi ciência física e a participação das universidades é importante para seu crescimento. Este estudo descreveu o desenvolvimento do RCR na extensão universitária, através do estudo de caso no projeto de extensão da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. O RCR relaciona-se com o ensino, pesquisa e extensão; através do contato com a modalidade nas disciplinas; realização de estudos; oportunidade de prática e contato com a comunidade. A extensão universitária é um espaço importante para a vivência prática de alunos de Educação Física e contato com a comunidade. Através da aproximação da ciência com a prática, o RCR é trabalhado de forma consistente, alcançando bons resultados esportivos.PALAVRAS-CHAVE: "Rugby" em cadeira de rodas; Educação física; Esporte paralímpico; Extensão universitária.Segundo o IBGE 1 existem aproximadamente 26,4 milhões de pessoas com de ciência, no Brasil. Uma das causas de de ciência que acomete essa população é a lesão na medula espinhal que causa redução da massa muscular, disfunções circulatórias, respiratórias e térmicas, devido à disfunção do sistema simpático 2-4 entre outras alterações. Além dos fatores citados, as di culdades de acesso em locais públicos e infraestrutura inapropriada de diversos estabelecimentos agravam ainda mais o problema da locomoção. Dessa forma, os elevados números de sedentarismo encontrados parecem gerar aumento signi cativo de complicações relacionadas como, por exemplo, diabetes tipo II, hipertensão arterial, alterações no per l lipídico, aumento da quantidade de gordura corporal, doenças cardiovasculares e cardiorrespiratórias 5 .Estudos epidemiológicos apontam que as emergências cardiovasculares são as principais causas de morte em pessoas com lesão da medula espinhal 6 .Existe o relato de que em tempos recentes a principal causa de mortalidade nessa população eram as doenças cardiovasculares (46%) e sujeitos com mais de 60 anos estas doenças representavam 35% das causas de morte 7 .Uma das formas de amenizar as complicações decorrentes da lesão na medula espinhal é a prática esportiva que, segundo D et al. 8 , auxilia na melhora do per l lipídico (indicador de doença coronariana) e, por consequência, numa melhora na qualidade de vida. Neste sentido quando se analisa especi camente a questão das pessoas com lesões de nível cervical (i.e: tetraplegia) existem poucas opções de prática esportiva. Uma destas opções é o "Rugby" em Cadeira de Rodas (RCR) 9 . M -S et al. 10 apresentaram evidências de que a prática de atividade física, especi camente esportes coletivos em cadeira de rodas (basquete, handebol e "rugby") está associada com a melhora (diminuição)
O objetivo do estudo foi fornecer indicativos para o treinamento de rugby em cadeira de rodas (RCR), a partir das alterações fisiológicas, neuromusculares e bioquímicas características dos atletas com lesão na medula espinhal. Foi realizada uma revisão bibliográfica buscando reflexões sobre a lesão na medula espinhal e implicações no treinamento desportivo; alterações fisiológicas, neuromusculares e bioquímicas e suas relações com o RCR; caracterização das ações específicas da modalidade e prescrição de carga; processos de avaliação e controle do treinamento no RCR. Com esse trabalho, espera-se que mais pesquisas sejam realizadas de modo a aprofundar o conhecimento sobre o RCR, com a modulação do jogo a partir das principais demandas fisiológicas da modalidade, características dos atletas e noções técnico-táticas.
Em razão do destaque que o esporte e os JEC’s possuem como parte das temáticas desenvolvidas pela EF, este texto tem como objetivo identificar referenciais teóricos que tratem desses conteúdos e do processo de ensino deles, podendo servir como referencial a profissionais de EF que atuam ou atuarão na escola como mediadores do processo de ensino e aprendizagem dos JEC’s no ambiente inclusivo e adaptado ao indivíduo com deficiência. Neste contexto, e a partir das perspectivas apontadas pela PE, que surge dentre as Ciências do Esporte contemporâneas, como alternativa metodológica na abordagem do esporte e dos jogos coletivos de invasão, propomos atividades e esportes adaptados ao público PCD, atuando com base em três referenciais: técnico-tático; socioeducativo e histórico-cultural. Conclui-se que quando adequadamente desenvolvidos em contextos inclusivos, respeitando as individualidades dos alunos e com foco na formação completa dos mesmos, o esporte adaptado e os JEC's contribuem para a evolução dos aspectos físicos, motores, afetivos e sociais de crianças e adolescentes com deficiência.
No abstract
Criado na década de 70 por pessoas que não podiam praticar Basquete em Cadeira de Rodas por causa de um maior comprometimento motor (tetraplegia, sequela de poliomielite, quadri-amputados) o Rugby em Cadeira de rodas (RCR) vem ganhando destaque ao longos das competições. E assim como em muitos esportes coletivos a capacidade anaeróbia é muito importante para o desempenho dentro de quadra, a qual é caracterizada pela capacidade de regenerar ATP a partir de fontes não advindas das mitocôndrias. E um dos principais métodos de avaliação dessa capacidade, o RAST TEST (running anaerobic sprint test) ou, em português, teste de tiros em velocidade de corrida anaeróbica, que no caso do RCR, é realizado por meio de dez tiros de vinte metros com seis segundos de pausa entre cada estímulo (protocolo de vinte metros, adaptado). Portanto, o presente estudo visa a reprodutibilidade do Rast Test (Running Anaerobic Sprint Test) para o RCR com o time da ADEACAMP que treina na Faculdade de Educação Física da UNICAMP (FEF) pelo projeto de Extensão da própria faculdade.
o rugby em cadeira de rodas (RCR) é um esporte paralímpico desenvolvido para pessoas com tetraplegia. O desempenho dosatletas de RCR depende muito das tecnologias empregadas e do desemprenho físico do atleta. A frequência cardíaca (FC) é um importante parâmetro fisiológico utilizado para o controle de treinos nos esportes coletivos, graças a sua boa aplicabilidade prática. No presente estudo esta é utilizada no paradesporto, levando em consideração as modificações fisiológicas e metabólicas presentes nos atletas com lesão medular. O objetivo deste estudo foi analisar a intensidade de esforço através do comportamento da FC dos atletas com lesão da medulaespinhal durante uma partida de RCR. A presente amostra trata de 6 atletas de RCR com lesão na medula espinhal, acima de T6, do sexo masculino, durante 9 jogos, onde os mesmos foram monitorados por meio da FC. A média da FC encontrada foi de 138±18bpm (batimentos por minuto), tal valor encontra-se próximo aos valores apresentados pela literatura, a zona de intensidade presente em 54,52% do jogo foi a zona de treinamento de recuperação que não é condizente com a literatura, porque neste estudo não foi efetuado um teste de FCmáxima, a mesma foi estimada por meio de equações e por se tratar de indivíduos tetraplégicos, acabou por superestimar a FC máxima. Conclui-se que atletas de RCR possuem FC reduzida, alcançando a máxima média de 138 bpm durante o jogo, não havendo correlação entre FC máxima encontrada e posicionamento de jogo e não sendo possível por limitações da pesquisa afirmar que determinada zona de intensidade encontrada corresponde ao esforço real do atleta.
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