O uso indiscriminado de antibióticos no tratamento das Infecções do Trato Urinário (ITU) funciona como pressão seletiva ao surgimento de resistência bacteriana aos antimicrobianos. Deste modo, este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de uroculturas positivas e o perfil antimicrobiano dos organismos encontrados em pacientes ambulatoriais atendidos no Laboratório Escola no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) no Distrito Federal. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo, no qual teve como base a análise dos registros laboratoriais de uroculturas realizadas no período entre Agosto de 2017 e Dezembro de 2019. Os selecionados como critérios de inclusão: apresentar crescimento microbiano igual ou superior a 100.000 UFC/mL (Unidades Formadoras de Colônia) na urina, possuir resultado de identificação do agente patogênico e o resultado do teste de sensibilidade aos antimicrobianos. Foram excluídos da pesquisa pacientes com os dados cadastrais incompletos. Durante o período analisado, foram realizados 2.436 exames de urocultura, destes 2.281 foram excluídos do estudo: 2.252 por não apresentarem crescimento bacteriano e 29 não apresentaram ficha cadastral completa ou crescimento microbiano inferior ao selecionado para a pesquisa. Por fim, foram selecionadas para este trabalho 155 uroculturas positivas, dentre as quais 92% (142) pertenciam a pacientes do sexofemino e 8% (13) ao sexo masculino, com idade média de 48 e 52 anos respectivamente. Dentre a população analisada, foi observado positividade das uroculturas para os seguintes microrganismos: Escherichia coli (78,71%), Klebsiella pneumoniae (7,74%), Proteus mirabilis (4,52%), Streptococcus agalactiae (3,87%), Staphylococcus saprophyticus (1,94%), Staphylococcus haemolyticus e Enterococcus faecalis (1,29%) e Staphylococcus aureus (0,65%). A Escherichia coli foi o microrganismo que apresentou maior prevalência dentre as uroculturas analisadas, de modo que foi avaliado também o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos para tal patógeno. Com exceção da ampicilina e da cefalotina, todos os β-lactâmicos testados apresentaram sensibilidade superior a 80%. A resistência da Escherichia coli a ampicilina foi de 50,82%, enquanto a resistência média aos cefalosporínicos foi de aproximadamente 11,5%, 5,74% a gentamicina. Os derivados quinolônicos apresentaram as maiores taxas de resistência: entre 24,59% e 40,98%. Ao utilizar a associação Trimetoprim e Sulfametoxazol, foi observado 29,51% de resistência. Nas amostras analisadas, não houve resistência aos carbapenêmicos. Com base nos dados avaliados, conclui-se que a Escherichiacoli permanece como o principal microrganismo causador de ITU’s em pacientes ambulatoriais. Com base nisto se faz necessário o planejamento de um esquema terapêutico eficaz, visto que o microrganismo apresenta algum grau de resistência a diversos antimicrobianos utilizados na prática clínica.
A ciência forense é uma área que abrange os mais diversos conhecimentos utilizados para a resolução de intercorrências do âmbito criminal. Dentro dessa ciência houve o surgimento da Microbiologia Forense, que conta com ao avanços da Biologia Molecular, para que possam ser investigados o microrganismos presentes nas cenas de crime. Um desses organismos estudados são os fungos, que são estudados na área de micologia forense, por conta de estarem envolvidos nos estágios de decomposição de cadáveres, pois os mesmos são uma grande fonte de sais para esses microrganismos. Por tratar-se de um campo de estudos relativamente novo, com aproximadamente 40 anos, ainda existem poucos artigos que abordam sobre esse assunto. Dito isso, a presente pesquisa teve como objetivo identificar quais os principais grupos fúngicos que acometem os tecidos de suínos em estado de putrefação no intervalo post mortem. Sendo realizada à luz da micologia forense. Trata-se de uma pesquisa que utiliza de experimento laboratorial, de aproximadamente dois meses e meio de prática. Como resultado da investigação, foi encontrado um fungo que apresenta traços de semelhança com Candida spp. um dos principais fungos ambientais envolvidos na putrefação no Brasil. Concluímos assim que é necessário mais pesquisas na área a fim de aumentar o banco de dados sobre fungos, dado que esses, juntamente com dados ambientais, tais como clima e umidade, auxiliam na obtenção de respostas em determinadas situações, principalmente artigos de produção nacional, devido a vasta diversidade de fungos e regiões do país. Contribuindo assim para a área de perícia criminal.
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