No abstract

Objetivou-se, com este trabalho, quantificar os efeitos dos Sistemas Agroflorestais com diferentes tempos de adoção e a agricultura de corte e queima sobre os atributos químicos de um Argissolo Vermelho-Amarelo em áreas de cerrado do estado do Piauí. Em duas épocas climáticas foram estudados quatro sistemas: sistemas agroflorestais com seis e treze anos de adoção, agricultura de corte e queima e uma floresta nativa do cerrado. As amostras de solo foram coletadas em quatro profundidades para determinação dos atributos químicos. No solo sob os Sistemas Agroflorestais foram observados, em todas as camadas avaliadas, redução dos teores de Al3+ e H++Al3+ e aumento do pH, dos teores dos nutrientes e do carbono orgânico total em relação aos demais sistemas. No solo sob agricultura de corte e queima, verificou-se que apenas nas camadas superficiais a cinza depositada sobre o solo promoveu aumento dos nutrientes, exceto para o P, que foi maior em todas as camadas. Nos demais sistemas houve diminuição dos teores dos nutrientes no período chuvoso. Os sistemas agroflorestais promoveram aumento dos teores de nutrientes do solo e garantiram melhoria da qualidade química do solo em áreas de cerrado no estado do Piauí.

No abstract

Este estudo objetivou avaliar o impacto da queima tradicional e do enleiramento de resíduos orgânicos sobre abundância e diversidade da fauna edáfica. Para esta pesquisa foram selecionadas quatro áreas: a) caatinga desmatada, queimada e cultivada com milho e feijão no primeiro ano; b) caatinga desmatada, queimada e cultivada com milho e feijão pelo segundo ano consecutivo; c) caatinga desmatada e os resíduos orgânicos colocados em leiras e cultivada com milho e feijão entre as leiras; d) mata de caatinga com cerca de 50 anos. Foram instaladas armadilhas do tipo “pitfall” para a coleta da fauna edafica. As queimadas realizadas nos tratamentos cultivados com milho e feijão resultaram em redução na abundância e diversidade da fauna edáfica, enquanto que o enleiramento de resíduos orgânicos mostrou ser uma prática mais conservativa para a fauna. A análise de componentes principais mostrou forte associação do grupo Diptera com o sistema manejado com leiras e dos grupos Larva de Coleoptera, Larva de Diptera, Blatoddea, Scorpionidae e Collembola com a mata. Por sua vez, nos sistemas que sofreram queimadas apenas o grupo Orthoptera se destacou.

No abstract

Land degradation reducing vegetation cover may affect the soil surface-active fauna because both aboveground and belowground invertebrates depend on complex plant communities. In this study, we evaluated the effect of land degradation and restoration on soil fauna in northeast Brazil. Sites differed in degradation status: native vegetation, moderately degraded land, highly degraded land, and land under restoration for 4 years. Araneae and Coleoptera densities were significantly higher in natural vegetation and restored land (8 ± 4 ind./trap and 41 ± 21 ind./trap, respectively) than in degraded lands (À73% and À81%, respectively). The density of Formicidae was significantly higher in natural vegetation (206 ± 181 ind./trap) than in highly degraded land (32 ± 24 ind./trap), while restored land (51 ± 10 ind./trap) and moderately degraded land (37 ± 14 ind./trap) did not differ significantly from the other degradation levels. The density of Orthoptera did not follow the aforementioned patterns, while invertebrate groups mostly had highest densities in natural land and restored land. Linear regressions showed a strong negative relation between faunal density and soil bulk density, and a positive relation with soil organic matter due to an increase in plant cover. Our results indicate that land degradation simplifies soil surface-active invertebrate communities with pronounced decreases in the density of Araneae, Coleoptera, and Formicidae, but that land restoration practices may recover the density of soil fauna even after only 4 years. Araneae, Coleoptera, and Formicidae respond sensitively to land degradation and restoration practice and are suggested as indicator groups for restoration success.

No abstract

The aim of this work was to investigate the effect of converting native savanna to Eucalyptus grandis forest on soil microbial biomass in tropics. Soil samples were collected from three sites: undisturbed native savanna (savanna), the site of a 1-year-old E. grandis forest (1 y), and the site of a 2-year-old E. grandis forest (2 y). Soil microbial biomass C (MBC), basal respiration, substrate induced respiration (SIR), soil organic carbon (SOC), microbial, and respiratory quotients were evaluated in soil samples collected from 0-20 cm depth. One year converted forest caused a significant reduction in MBC, SIR, and microbial quotient (about 70, 65 and 75 per cent, respectively). However, after 2 years of E. grandis forest growth, there was recovery of these variables. Soil basal respiration and respiratory quotient were significantly higher in 1 y forest (about 4 and 14 times, respectively) than in savanna. The results showed a significant decrease, after 2 years, in soil respiration and respiratory quotient, suggesting a recovery of soil microorganisms as time passes. In the short term, our results showed negative changes in soil microbial biomass following the conversion of native savanna to E. grandis.