RESUMOEstudos que avaliam o nível de evidenciação praticado pelas organizações têm adquirido relevância na literatura contábil, na medida em que a evidenciação assume papel cada vez mais importante para a redução da assimetria de informação entre os diversos agentes econômicos. No caso do sistema financeiro, considerando suas peculiaridades, a transparência é essencial para garantir a confiabilidade e a estabilidade do sistema. O presente estudo teve por objetivo central avaliar o grau de transparência do risco de crédito praticado pelas instituições financeiras brasileiras, tendo por referência as divulgações qualitativas e quantitativas requeridas pelo Acordo de Basiléia II. Com base nas Informações Financeiras Trimestrais dos 50 maiores bancos, os resultados das análises revelaram, inicialmente, que o grau de evidenciação apresentou crescimento paulatino e constante no período, mas ainda atende a menos de 40% dos itens requeridos. Por meio de regressão, com o uso de dados em painel, foi constatado que o grau de evidenciação do risco de crédito de um período é explicado, inicialmente, pela divulgação do período anterior. Também foi constatado que o nível de evidenciação é explicado pela vigência de Basiléia II, pelo porte das instituições, pelo nível de rentabilidade, pelo índice de imobilização e pela listagem das ações na Bovespa.Palavras-chave: Risco de Crédito. Basiléia II. Bancos. Evidenciação. Transparência.
RESUMOOs vultosos custos econômicos e sociais resultantes de crises fi nanceiras têm conduzido os esforços de organismos internacionais e autoridades de supervisão para pesquisas sobre o risco sistêmico. O objetivo tem sido buscar características comuns que possam prever a proximidade das crises. Na mesma linha, este estudo visou desenvolver índices de risco sistêmico (IRS), formados por variáveis contábeis e de riscos, capazes de mensurar o nível de risco sistêmico no setor bancário. A regressão logística revelou a existência de indicadores com signifi cância estatística na segregação dos sistemas bancários pelo nível de risco, especialmente aqueles relacionados com: a qualidade dos créditos, os resultados e a taxa de juros. Os indicadores identifi cados como mais relevantes são: a volatilidade da inadimplência, da rentabilidade e da taxa de juros, e a média da rentabilidade e do risco de crédito. Além disso, a comparação da evolução dos indicadores com as crises ocorridas demonstrou a efi cácia dos IRS na mensuração do risco nas crises bancárias sistêmicas. Palavras-chave:Crise bancária. Crise fi nanceira. Risco. Contabilidade. Indicadores. ABSTRACT The signifi cant economic and social costs caused by fi nancial crises have conducted the efforts of international institutions and supervisory authorities towards research about systemic risk. The main goal has been to identify common characteristics able to foresee the proximity of crises. Likewise, this study aimed to develop systemic risk indicators (IRS), comprising accounting and economic variables
A rentabilidade bancária tem sido tema de estudo em diversos países. No Brasil, as pesquisas têm se concentrado no estudo do spread bancário, geralmente avaliando variáveis econômicas como direcionadores. Este trabalho tem por fim analisar os determinantes da rentabilidade bancária no Brasil, medida pelos retornos sobre os ativos (ROA) e sobre o patrimônio líquido (ROE), tendo como variáveis explicativas fatores econômicos, contábeis e operacionais da atividade bancária. Com uma amostra dos 50 maiores bancos e considerando os dados das demonstrações semestrais encerradas entre dezembro de 2000 e dezembro de 2009, são testadas nove hipóteses de pesquisa. Os resultados, estimados com dados em painel com base no método GMM, demonstram que a explicação para a rentabilidade dos bancos não é inteiramente contemporânea, pois apresenta comportamento inercial (relação com a própria variável defasada), além de relação estatisticamente relevante e positiva com a taxa básica de juros da economia, com o nível de atividade econômica, com o nível da carga tributária, com a eficiência operacional da instituição e com a participação relativa dos bancos nacionais, conforme esperado. Apurou-se, ainda, relação negativa com a variação cambial, o que contraria as previsões iniciais. Para o nível de inflação, as relações apuradas apresentaram sinais distintos, dependendo do modelo aplicado. Não foram encontradas relações relevantes com o nível de depósitos compulsórios e de encaixe obrigatório, nem com a participação de instituições bancárias estatais ou privadas. Os resultados apurados com a utilização do ROE ou do ROA como proxies de rentabilidade são praticamente equivalentes, o que se constitui num elemento de robustez dos resultados.
The paper has the purpose of identifying whether Brazilian banks use discretionary accounting choices when recognizing and measuring derivatives for practicing earnings management and which are the determinants of this practice. Using a two-stage model to segregate the discretionary part in the estimated fair value of derivatives and based on information from the third quarter of 2002 to the fourth quarter of 2010, the empirical results confirm the reversing nature of these discretionary actions, show that banks utilize this type of action as a mechanism for earnings smoothing, and disclose that this practice is more common in private institutions, smaller in asset size and with lower capitalization. The evidence advances with respect to the previous literature, which have identified the use of derivatives in practicing earnings management by banks, but have not associated this practice to discretionary actions by the management.
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