O objetivo central deste texto é retratar o setor informal brasileiro à luz das novas possibilidades de análise que se constituíram a partir da revisão da série do Sistema de Contas Nacionais (SCN), realizada em 2007. São apresentados os resultados referentes à geração de valor adicionado e ao número de ocupações por setor produtivo e tipo de emprego para o Brasil no período recente, considerando a metodologia revista do novo manual internacional de contas nacionais. A base de dados utilizada foi a nova série do SCN, cujo ano de referência é 2000 e os dados disponíveis compreendem os anos 2000 a 2007. Em 2007, o setor informal, que empregava 27,7% dos postos de trabalho do país, teve uma contribuição de 9,9% na geração do valor adicionado. O emprego informal como um todo, por sua vez, alcançou 56,4% das ocupações totais.
Este artigo tem como objetivo comparar os resultados do fator trabalho e dos rendimentos a ele associados entre as séries antiga e nova do SCN do Brasil. Assim, foram apresentados os principais aspectos conceituais e metodológicos e as diferenças existentes na construção e nos resultados obtidos pelas duas séries do SCN. Para avaliar os novos resultados, eles foram comparados com os dados de outras bases estatísticas freqüentemente utilizadas nos estudos relativos ao mercado de trabalho: PNAD, POF e Rais. O confronto dos resultados do SCN com os das bases selecionadas ratificaram a conclusão de que essas variáveis estão mais bem mensuradas na nova série do SCN, e que se encontravam subestimadas nos anos finais da série antiga.
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