The Crohn's disease, a form of inflammatory bowel disease, is frequent in women of childbearing age. Its management requires greater attention during pregnancy. We report a case of refractory Crohn's disease in a pregnant patient that evolued to ileocolectomy at puerperium. The literature regarding pregnant patients with Crohn's disease was reviewed, including counseling of patients and investigation of active disease, and the existing data was summarized on the safety of medications used to treat Crohn's disease in pregnancy and breastfeeding.
Introdução: O adenoma hipofisário não funcionante é um tumor benigno, geralmente de crescimento lento, sem evidência de hipersecreção hormonal. Apesar de incomum, esse tipo de lesão pode surgir durante a gestação. Em geral é assintomático. Quando presentes, as manifestações clínicas mais comuns estão relacionadas ao efeito de massa causado pelo tumor, como alterações visuais e cefaleia. Relato de caso: Primigesta de 27 anos, com 30 semanas de gestação, foi encaminhada ao hospital terciário por redução da acuidade visual e cefaleia retro-orbitária iniciadas durante a gestação. Ressonância nuclear magnética de crânio revelou formação expansiva lobulada na sela túrcica, medindo 29x30x19 mm. A lesão tinha extensão suprabasilar, rechaçando o quiasma óptico e tocando a carótida intracraniana esquerda, compatível com macroadenoma hipofisário e possível sangramento. A função hipofisária era normal, e a hipótese diagnóstica era de adenoma hipofisário não secretor. A avaliação fetal revelou peso abaixo do esperado para a idade gestacional, sem outras alterações. Iniciou-se corticoterapia para a maturação pulmonar fetal. Com 31 semanas de gestação, foi realizada neurocirurgia transesfenoidal para a ressecção do tumor. A paciente foi medicada com hidrocortisona durante a indução anestésica e por 24 horas após a cirurgia, para evitar a insuficiência das glândulas suprarrenais. A cirurgia evoluiu sem intercorrências. No pós-operatório, a paciente desenvolveu diabetes insípido, que foi tratado com desmopressina por dois dias. A paciente apresentou melhora significativa da acuidade visual e da cefaleia, recebeu alta hospitalar e seguiu em acompanhamento no pré-natal e ambulatório de neuroendocrinologia. O parto ocorreu com 38 semanas e 6 dias por cesariana, sob indicação obstétrica (apresentação pélvica), com nascimento de bebê pesando 2830 g, Apgar 8 e 9 (primeiro e quinto minuto, respectivamente), sem alterações aparentes. Puerpério fisiológico. Conclusão: O tratamento de primeira linha do adenoma hipofisário não funcionante sintomático, mesmo durante a gestação, é a ressecção cirúrgica. Algumas fontes sugerem tratamento conservador, com interrupção da gestação pré-termo e abordagem posterior. Porém há risco de evolução para apoplexia hipofisária e comprometimento da gestação. Além disso, sem abordagem precoce, é possível que o tumor cresça e gere lesões irreversíveis nas estruturas adjacentes, resultando em sequelas e redução da qualidade de vida da paciente. Por outro lado, a cirurgia durante a gestação também está associada a risco de resultados perinatais adversos. A complicação cirúrgica mais comum é o diabetes insípido transitório. Raramente outras complicações como hidrocefalia, meningite, deficiências hormonais e morte podem ocorrer. No caso apresentado, o tratamento foi instituído assim que o diagnóstico foi feito, pelo grave comprometimento materno. Não houve complicações graves, com bons resultados para o binômio mãe-feto.
Introdução: O objetivo da atenção pré-natal é prestar assistência de qualidade e humanizada, assegurando o bem-estar materno e fetal. A Unidade Materno-Infantil do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF), no município de Niterói, é referência hospitalar para atendimento terciário à gestação de alto risco da população da região Metropolitana II do estado do Rio de Janeiro. Para que seja possível a adequação da assistência prestada, é necessário estudar o perfil das pacientes atendidas. Objetivo: Descrever os perfis e os desfechos de pacientes que se internaram na Maternidade do HUAP/UFF e avaliar a adequação da qualidade dos cuidados pré-natais prestados. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e observacional, que incluiu todas as pacientes internadas no HUAP/UFF no período entre 01/07/2015 a 30/06/2016, listadas no Sistema de Gerenciamento de Internação (sistema MV2000) do HUAP/UFF. Resultados: Internaram-se 692 pacientes no período avaliado. Após exclusão de prontuários listados incorretamente (7) e repetidos por conta de reinternações (130), incluíram-se 555 prontuários para análise. Destes, 438 (78,9%) pacientes se internaram para parto, 38 (6,8%) para tratamento clínico (e não tiveram parto no HUAP/UFF no período de estudo) e 52 (9,4%) por interrupção da gestação no primeiro trimestre (incluindo abortamentos, doença trofoblástica gestacional e gestação ectópica). Entre as pacientes que tiveram parto, 187 (42,7%) fizeram pré-natal no HUAP, com média de 8,3±3,5 consultas, tendo idade materna média de 27,5±7,1 anos, número de gestações e de partos anteriores de 2,5±1,6 gestações e 1,1±1,2 partos, e idade gestacional no parto de 37,3±3,1 semanas completas. Quanto ao motivo de acompanhamento de pré-natal no HUAP/UFF, 231 (52,7%) foram encaminhadas por comorbidades, 104 (32%) por complicações no pré-natal e 38 (20,3%) por histórico obstétrico adverso. Quanto ao tipo de parto, 134 (30,6%) tiveram parto vaginal, 3 (0,7%) parto vaginal operatório, 241 (55%) parto cesáreo e 60 (13,7%) parto cesáreo após trabalho de parto (cesárea de emergência). Quanto aos desfechos, a média do peso ao nascer foi de 3.012±777,5 g, a amamentação foi exclusiva em 248 (54,3%) pacientes, 84 (19,2%) recém-natos se internaram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, 14 (3,2%) tiveram Apgar no quinto minuto < ou =5, e houve 6 (1,4%) óbitos fetais e/ou neonatais. Conclusão: O conhecimento do perfil epidemiológico das pacientes internadas no HUAP e da adequação da assistência prestada a elas é necessário para a realização de análise crítica da qualidade da assistência, permitindo o estabelecimento de estratégias e de metas que possibilitem melhorá-la.
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