Resumo: Os recursos didáticos envolvem diversos elementos utilizados como suporte na organização do processo de ensino-aprendizagem. Dentre eles, estão as histórias em quadrinhos, envolvendo aspectos visuais, cognitivos e criativos, que fornecem uma forma alternativa de complementar as aulas teóricas. O objetivo deste estudo foi elaborar e avaliar uma história em quadrinhos intitulada "Corpo humano", com enfoque nos sistemas circulatório, digestório, nervoso e respiratório, de modo a fornecer uma alternativa de recurso didático para o ensino do conteúdo em anos iniciais. O material foi avaliado junto a estudantes de um 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior do estado de São Paulo, por meio de utilização de questionários. O gibi se mostrou válido como recurso didático complementar para o aprendizado dos alunos, possibilitando a reflexão sobre a pertinência do desenvolvimento e da utilização das histórias em quadrinhos para o ensino de ciências nas séries iniciais.Palavras-chave: Ensino Fundamental. Saúde. Recurso didático. Ensino de ciências. História em quadrinhos. Abstract:Teaching resources involve different elements used to support the organization of teaching and learning. Among these are the comic books, involving visual aspects, both cognitive and creative, that provide an alternative way to complement the lectures. The aim of this study was to develop and evaluate a comic book entitled "Human Body", focusing on the circulatory, digestive, nervous and respiratory systems, to provide an alternative resource for the teaching of the content in the initial years. The material was evaluated with students of the 5th year of elementary education at a public school in the state of São Paulo, through the use of questionnaires. The comic book proved to be valid as a complementary teaching resource for learning in students, enabling reflection on the relevance of the development and use of comics to science education in the initial years.
Dentre as estratégias da educação ambiental nas escolas de educação básica no Brasil está a necessidade de pensarmos sua inserção através dos currículos escolares. Isso nos remete, entre outras, à questão da formação dos professores. Essa formação, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96), deve ser realizada em nível superior. Considerando-se que esses professores são formados principalmente nos cursos de licenciatura, este artigo tem como objetivo problematizar a formação inicial de professores no ensino superior, refletindo sobre seu papel na educação ambiental na educação básica. Trata da inserção curricular da educação ambiental na perspectiva de formação humana plena e a formação dos professores como educadores ambientais como protagonistas deste processo. Tendo como referência a Pedagogia Histórico-Crítica, que defende que o papel da escola é a sistematização dos saberes elaborados pela cultura, o artigo traz também algumas análises da política de formação de professores da educação básica nos cursos de Licenciatura.
RESUMO: O presente trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado e tem por objetivo identificar e analisar as articulações e contradições presentes nas concepções dos licenciandos frente às teorias pedagógicas. Os dados foram coletados por meio de questionário e entrevista e analisados a partir do referencial teórico-metodológico do Materialismo Histórico Dialético, da Psicologia Histórico-Cultural e da Pedagogia Histórico-Crítica. A análise das entrevistas foi realizada por meio das categorias de consciência (irrefletida e refletida/filosófica), catarse e concepção de mundo. Foi possível identificar o nível de consciência dos estudantes frente às teorias pedagógicas e como as catarses - fundamentais ao desenvolvimento do pensamento teórico - podem formar e transformar a concepção de mundo dos estudantes em relação ao trabalho docente.
Gênero e diversidade sexual na escola: a urgência da reconstrução de sentidos e de práticas O debate sobre a inserção da temática "Gênero e diversidade sexual" na escola tem sido construído com grande esforço em nosso país por grupos organizados, educadores, pesquisadores e poder público, e se materializado em pesquisas, em artigos, eventos, em ações educativas e em documentos oficiais. Freire, Haddad e Ribeiro (2007, p. 15) referem-se à construção de uma política pública de educação em gênero e diversidade reconhecendo que não "[...] bastarão leis, se não houver a transformação de mentalidades e práticas". Mentalidades estas que compreendem a diversidade sexual como algo patológico e alinham sexo, gênero e sexualidade, associando gênero à constituição biológica de macho e fêmea. Práticas que negligenciam a sexualidade em sua dimensão histórica e social e (re)produzem preconceitos, discriminação, marginalização e exclusão. Mentalidades e práticas construídas historicamente, influenciadas pela política, pela economia, pela religião, entre outros determinantes. A reflexão sobre mentalidades e práticas em relação à sexualidade, gênero e diversidade sexual nos remete aos conceitos de significado, sentido e prática social. Significados construídos, compartilhados e cristalizados historicamente que, apropriados pelos indivíduos, tornam-se sentidos (subjetivação de significados) e, articulados, sustentam a abordagem dessa temática nas escolas: disciplinar, normativa e reducionista. Após quase vinte anos da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) que propôs a transversalização da temática sexualidade na escola (chamada de orientação sexual), pode-se afirmar que essa proposta não se efetivou, por razões diversas, dentre as quais destacamos desconhecimento e despreparo em relação ao tema e à abordagem transversal. Com um maior rigor na análise pode-se, mesmo, questionar se essa temática é abordada efetivamente nas escolas e reconhecer que não há consensos sobre o que abordar, como abordar e quem abordar. Estudo realizado por Lira e Jofili (2010) constatou que professores desconheciam a proposta de tema transversal para a temática sexualidade e outros estudos relatam a falta de preparo e a insegurança de professores na abordagem do tema. Nesse cenário, perpetua-se uma prática historicamente construída: a abordagem de aspectos biológicos da sexualidade (aparelho reprodutor, reprodução, doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos) pelo professor da área de Ciências, mantendo-se o "currículo sexual oculto" que "ensina a normalização das expressões de gênero, o modelo do casal heterossexual reprodutor, a família nuclear, a hierarquização dos gêneros, a exclusão de orientações sexuais diferentes etc." (BARRETO; ARAÚJO; PEREIRA, 2009, p. 180), contribuindo-se para a reprodução de preconceitos e discriminações em relação à sexualidade e à diversidade sexual.
ResumoO ensino de Ciências no Ensino Fundamental permite o aprendizado de conceitos básicos, possibilitando ao aluno desenvolver habilidades de investigação, pensamento lógico e ético, garantindo sua inserção à cultura científica. Entretanto, esse ensino nos anos iniciais é descontextualizado, pois utiliza uma linguagem distante da realidade dos alunos, gerando desinteresse. É preciso estabelecer o diálogo entre os saberes populares e científicos. A temática "Plantas Medicinais" mostra-se uma forma de favorecer a aprendizagem, sendo reconhecida a necessidade da valorização das práticas tradicionais/populares. Neste texto, relatamos uma experiência que teve por objetivo elaborar e desenvolver uma proposta de ensino com o objetivo de promover a aprendizagem significativa sobre Plantas medicinais, por meio de atividades práticas diversas, buscando-se favorecer o diálogo entre os saberes científicos e as experiências dos alunos e a construção de novos conhecimentos. A proposta foi desenvolvida com aproximadamente 25 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, com faixa etária de nove a onze anos, de uma escola pública municipal de uma cidade do interior de São Paulo e sua análise mostra que os resultados foram positivos.Palavras-chave: Plantas medicinais; ensino de Ciências; Ensino Fundamental. AbstractThe teaching of Science in Elementary Education allows the learning of basic concepts, enabling the development of skills, research and development, ensuring its insertion in scientific research. However, this teaching in the initial years is decontextualized, because it uses a language that is far from the reality of the students, 272 REnCiMa, v. 10, n.5, p. 271-290, 2019
ResumoO objetivo desse estudo foi analisar os sentidos atribuídos por professores de Ciências e alunos à diversidade sexual. Foram utilizados: questionário, entrevista, produção de textos, análise documental e a técnica de grupo focal para a coleta de dados. De modo geral, os alunos possuem sentidos que reconhecem Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) como "estranhos", mesmo assim, acreditam que têm o dever de respeitar as escolhas de cada um. As travestis foram declaradamente apresentadas com repúdio por eles, sendo a homossexualidade e bissexualidade aparentemente mais aceitas. Os professores parecem manter aulas que não abordam estas questões, mesmo o Ensino de Ciências, sendo um momento privilegiado para problematizações sobre diversidade sexual e gênero. É necessário investir em discussões sobre esses temas na formação inicial e continuada de professores, buscando a construção de novos sentidos e práticas que se preocupem com o desvelamento de significados preconceituosos sobre gênero e diversidade sexual.
ResumoRessaltamos neste trabalho a importância dos alunos já nos primeiros anos do Ensino Fundamental comecem a caminhar em busca do desenvolvimento de saberes científicos, possuindo certo grau de domínio, de habilidades e recursos tornando-os capazes de confrontar determinadas situações. Considerando o papel de mediador do professor que lecionará Ciências nos primeiros anos do Ensino Fundamental, há de se considerar a sua formação inicial para o desenvolvimento da compreensão do que é um indivíduo cientificamente competente uma vez que os saberes científicos não são desenvolvidos espontaneamente entre os alunos. A proposta deste estudo foi, consequentemente, investigar a noção de saberes científicos em discentes do curso de licenciatura em Pedagogia. Identificada parcialmente em apenas um quarto dos discentes investigados, destacamos a importância da construção da noção dos saberes científicos como objetivo para esta etapa da educação básica. Palavras chave: Formação Inicial; Saberes Científicos; Ensino de Ciências nos anos inicias do Ensino Fundamental; Pedagogia. AbstractWe emphasize in this research project the importance that students already in the first years of elementary school begin to develop a scientific attitude, possessing some degree of mastery of skills and resources making them capable of facing certain situations. Considering the mediator role of the pedagogue teacher, who will teach Science in the early years of elementary school, we must consider, therefore, the initial formation in the understanding development of what it is a scientifically competent individual, because the scientific competent is not developed spontaneously among students. Therefore, this study investigated the development of comprehension of what is a scientific knowledge in Pedagogy students in Initial formation. Partially identified in only a quarter of Pedagogy students surveyed, we highlight the importance of the scientific knowledge notion construction as a goal for this basic education stage.
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