A gestação é um período muito importante no desenvolvimento fetal no qual é preciso sempre se atentar a qualquer problema que a fêmea ou os conceptos possam desenvolver. Um destes pode ocorrer no final do período gestacional, durante o parto. Algumas cadelas e gatas têm dificuldades para realizar o parto normal, seja por distocia materna ou fetal. A partir disso, o animal pode correr sérios riscos, juntamente com sua prole, que está prestes a nascer. Para evitar a morte dos animais devido a distocia, recomenda-se a realização do acompanhamento gestacional por meio de exames ultrassonográficos e radiográficos. O ultrassom auxilia na predição estimada da data do parto enquanto o raio-x verifica a possibilidade de um parto distócico. O objetivo deste trabalho foi verificar a acurácia desses exames imagiológicos nos acompanhamentos gestacionais realizados entre anos de 2014 a 2019 no Hospital Veterinário da instituição. Com as devidas análises, visualizou-se que ambos os exames possuem alta taxa de acerto quanto às suas predições. Além disso, também se concluiu a existência de variáveis que afetam essa acurácia. Vale ressaltar que ainda são necessários estudos com uma amostra maior para uma melhor constatação, visando também a verificação das melhores datas para se fazer os exames. Recomenda-se a realização destes estudos com maior especificidade, verificando diferenças entre raças, espécies e tipos de crânio. Este estudo retrospectivo é de suma importância para orientação da conduta dos médicos veterinários quanto à necessidade de realização de acompanhamentos gestacionais, visando a diminuição dos riscos inerentes ao parto.
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RESUMO A platinosomose é uma importante enfermidade hepatobiliar parasitária que acomete felinos, sendo eles de vida livre ou semi domiciliados. O agente etiológico é o trematódeo Platynosomum spp. E a doença é popularmente conhecida como “envenenamento por lagartixa”. As manifestações clínicas da platinosomose são inespecíficas assim como é incomum a observação de lesões hepáticas, o que dificulta o diagnóstico. Felinos possuem o hábito de caça e ao ingerir esses pequenos invertebrados, podem dar continuidade ao ciclo da platinosomose, uma vez que esses animais são os hospedeiros definitivos deste parasito. Esse trematódeo se aloja com frequência no trato biliar dos gatos, causando lesões e possível obstrução do ducto biliar. O grau de comprometimento das lesões hepáticas está na dependência tanto da imunidade, quanto da carga parasitária do animal. O diagnóstico de eleição é o exame parasitológico de fezes, embora ainda seja considerado pouco sensível, sendo relevante a utilização de outras ferramentas diagnósticas. O exame ultrassonográfico permite a observação de alterações hepáticas e até mesmo do próprio parasito no interior do ducto biliar, contribuindo para elucidação dessa enfermidade. Foi atendido no Hospital Veterinário “Luiz Quintiliano de Oliveira”, um felino com histórico de icterícia, e ao exame clínico observou-se escore corporal magro e desidratação em 8%. Após avaliação clínica do animal, o mesmo foi encaminhado para o setor de Diagnóstico por Imagem para avaliação ultrassonográfica abdominal, durante o exame visibilizou-se aumento das dimensões hepáticas, edema de parede em vesícula biliar e a presença pequena de estrutura filiforme, hiperecogênica, em seu interior.
O colapso traqueal é uma doença degenerativa e progressiva caracterizada por alterações anatômicas e histológicas na traqueia, sendo considerada uma causa comum de obstrução das vias aéreas superiores em pequenos animais. O diagnóstico é efetuado com base no histórico do animal, mas só é definitivo por meio da realização de exames complementares, em que a radiografia é o mais utilizado. Objetivou-se com este estudo determinar a ocorrência do colapso traqueal em cães por meio do exame radiográfico com compressão traqueal cervical externa, avaliando o grau de severidade em animais sintomáticos e assintomáticos, bem como determinar as raças, portes e idades mais acometidas. Para isso, realizou-se um estudo retrospectivo no qual foram analisadas as fichas clínicas e exames de 332 cães que realizaram o método radiográfico de compressão traqueal no hospital veterinário da instituição de ensino, no período de 1º de janeiro de 2010 à 31 de dezembro de 2020. Coletou-se dados referentes a idade, raça, porte, sexo e presença de sintomatologia clínica característica, além de verificar a redução do lúmen traqueal e o grau de colapso correspondente. Estes dados foram tabulados e analisados estatisticamente por meio do teste de Tukey, teste Qui-quadrado de independência e estatística descritiva. Por meio da interpretação dos resultados, verificou-se uma maior casuística de animais sintomáticos, estes relacionados à graus mais severos de colapso traqueal. Cães de pequeno porte foram os mais acometidos, em especial as raças Poodle, Yorkshire terrier e Pinscher. Além disso, notou-se uma maior incidência desta afecção em cães adultos à idosos. Pela análise dos resultados obtidos com a realização da radiografia compressiva, observou-se tratar de um método diagnóstico simples, seguro e com alta acurácia para o diagnóstico de colapso traqueal. Ademais, os achados quanto as predisposições e tendências clínicas dos pacientes culminam com o auxílio do pensamento clínico para o correto e precoce diagnóstico do colapso traqueal.
A classe das aves está cada vez mais presente na rotina de atendimentos clínicos e cirúrgicos dos médicos veterinários, e consequentemente, nos setores de diagnóstico por imagem. Existe uma vasta variedade de espécies de vida livre adaptadas às zonas urbanas e rurais, estima-se que somente na região noroeste do estado São Paulo existam 328 espécies diferentes de aves (HASUI, E. 2012). Segundo um levantamento realizado em 2018, foi contabilizado um total de 39,8 milhões de aves como animais de estimação, sendo apenas menor que o número de cães (54,2 milhões) (INSTITUTO PET BRASIL 2018). Analisando estes dados, justifica-se a necessidade de médicos veterinários ampliarem seus conhecimentos sobre as diversas espécies da classe e suas respectivas afecções. Dentre as injúrias que as aves podem sofrer, as de origem traumática representam uma significativa parte das suspeitas e históricos clínicos, elas podem acontecer de diversas formas: ataques de outros animais, iatrogênica, membros presos na gaiola e colisões (ARNAULT, S. L. 2006).
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