"Criança não pode esperar": a busca de serviço de urgência e emergência por mães e suas crianças em condições não urgentes "Children cannot wait": why mothers seek urgency and emergency care services for their children in non-urgent situations
IntroduçãoA audição é o principal sentido responsável pela aquisição da fala e linguagem da criança; o déficit desta função pode provocar prejuízo não só no desenvolvimento da linguagem, mas também, no aspecto social, emocional e cognitivo. A perda auditiva é uma alteração muito prevalente no período neonatal. Estudos revelam uma incidên-cia em torno de 1 a 3 e de 20 a 50 por mil nascimentos, respectivamente, entre bebês saudáveis e provenientes de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) 1,2 .O Joint Committee on Infant Hearing (JCIH), desde 1972, tem identificado indicadores (fatores) específicos de riscos associados à perda auditiva em recém-nascidos e crianças. Esses fatores de risco têm sido aplicados nos Estados Unidos e em outros países com dois propósitos: identificar crianças que têm prioridade de serem submetidas à avaliação audiológica e crianças que devem receber acompanhamento audiológi-co e monitoramento médico após a triagem neonatal devido à possibilidade de perda progressiva de audição ou déficit auditivo de aparecimento tardio 3 .Alguns fatores de risco para surdez estão intimamente ligados a sérios agravos à saúde que podem comprometer a sobrevida do recém-nascido. São fatores pré e/ou perinatais, como baixo peso ao nascer e índice de Apgar baixo no quinto minuto, que podem causar aumento da morbi-
OBJETIVO: Estudar as práticas alimentares de crianças no segundo ano de vida, comparando as que estão em aleitamento materno complementado com aquelas desmamadas antes dos 12 meses de vida. MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo crianças de 12 a 24 meses da área de abrangência de um serviço de atenção primária de Belo Horizonte, Minas Gerais. As mães foram entrevistadas sobre as práticas de alimentação de seus filhos. Foram comparadas as práticas alimentares das crianças em aleitamento materno complementado com aquelas desmamadas antes dos 12 meses de vida por meio dos testes qui-quadrado ou exato de Fisher, t de Student e Kruskal-Wallis, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram avaliadas 118 crianças com idade média de 16,8±4,0 meses, sendo que 35% delas ainda eram amamentadas e 15,3% mantiveram aleitamento exclusivo por seis meses. Nas crianças amamentadas, a duração mediana do aleitamento exclusivo foi de quatro meses e, nas desmamadas, dois meses (p=0,13). Em ambos os grupos houve introdução precoce de alimentos complementares, elevado consumo de alimentos industrializados, alta prevalência de consumo diário de óleos ou gorduras (90,7%) e baixo consumo de frutas (38,1%). CONCLUSÕES: Os resultados sinalizam práticas alimentares inadequadas nos lactentes, independentemente do consumo recomendado de leite materno, denotando a necessidade de aprimoramento e integração das ações de promoção do aleitamento materno e alimentação saudável nos serviços de atenção primária à saúde.
RESUMO Objetivo Revisar sistematicamente na literatura as relações entre desenvolvimento da linguagem, comportamento social e ambientes familiar e escolar em crianças de 4 a 6 anos de idade. Estratégia de pesquisa Foram pesquisados, em bases de dados eletrônicos, artigos publicados entre março de 2009 e março de 2014. A primeira etapa da pesquisa constou da elaboração da pergunta norteadora. Posteriormente, foram realizados levantamento e seleção dos estudos em base de dados. Para tal, foram definidos descritores por grupos de eixos temáticos. Critérios de seleção Foram incluídos artigos científicos completos e disponíveis na íntegra gratuitamente; artigos de pesquisa original ou de revisão de literatura, publicados nos últimos cinco anos compreendendo a faixa etária entre 4 e 6 anos de idade. Análise dos dados A análise dos artigos foi realizada por meio da leitura crítica e seleção dos resultados que respondem à pergunta norteadora. Resultados 14 artigos foram selecionados. A maior parte dos estudos utilizou pelo menos um instrumento padronizado. As pesquisas apontam que o ambiente familiar tem relação com o desenvolvimento da linguagem, principalmente quanto aos níveis socioeconômicos e de escolaridade dos pais, número de adultos que coabitam com a criança, saúde dos pais, estimulação de linguagem e interação entre pais e filhos. Apenas um artigo demonstrou associação entre qualidade do ambiente escolar e desenvolvimento da linguagem e nenhum evidenciou associação entre comportamento social e desenvolvimento da linguagem. Conclusão A maioria dos estudos teve como foco a relação entre ambiente familiar e desenvolvimento da linguagem. São escassos estudos com esse enfoque.
Objective:To investigate the prevalence of oral language, orofacial motor skill and auditory processing disorders in children aged 4-10 years and verify their association with age and gender.Methods:Cross-sectional study with stratified, random sample consisting of 539 students. The evaluation consisted of three protocols: orofacial motor skill protocol, adapted from the Myofunctional Evaluation Guidelines; the Child Language Test ABFW - Phonology; and a simplified auditory processing evaluation. Descriptive and associative statistical analyses were performed using Epi Info software, release 6.04. Chi-square test was applied to compare proportion of events and analysis of variance was used to compare mean values. Significance was set at p≤0.05.Results:Of the studied subjects, 50.1% had at least one of the assessed disorders; of those, 33.6% had oral language disorder, 17.1% had orofacial motor skill impairment, and 27.3% had auditory processing disorder. There were significant associations between auditory processing skills’ impairment, oral language impairment and age, suggesting a decrease in the number of disorders with increasing age. Similarly, the variable "one or more speech, language and hearing disorders" was also associated with age.Conclusions:The prevalence of speech, language and hearing disorders in children was high, indicating the need for research and public health efforts to cope with this problem.
Objetivo estudar a prevalência de alterações da linguagem oral em crianças de quatro a seis anos e verificar sua associação com as variáveis idade, sexo, presença de alterações de motricidade orofacial e presença de alterações de processamento auditivo. Métodos realizou-se avaliação da linguagem oral (teste de avaliação de linguagem ABFW – Fonologia), avaliação de motricidade orofacial e avaliação simplificada do processamento auditivo. Os dados foram armazenados em formato eletrônico para análise estatística. Para comparação de proporções foi empregado o Teste Qui-Quadrado e para comparação de médias foi empregada a análise de variância. Foi considerado valor de 5% (p< 0,05) como limiar de significância estatística. Resultados foram avaliadas 242 crianças de 4 anos a 6 anos e 11 meses de idade. Observou-se prevalência de 36,0% (n=87) de alterações de linguagem oral, e associação com faixa etária com significância estatística (p=0,009). Verificou-se associação entre desvio fonológico e faixa etária (p<0,001); entre a presença de desvio fonético e alterações de motricidade orofacial (p<0,001) e presença de desvio fonológico e alterações do processamento auditivo (p<0,001). Conclusão a alta prevalência de alterações verificada aponta para a necessidade de elaboração de ações em atenção primária à saúde, de maneira a prevenir o aparecimento destas alterações, melhorar o acesso à intervenção e possibilitar a prevenção de problemas escolares mais graves. A maior ocorrência de alterações da linguagem oral na faixa etária de quatro a cinco anos sugere que esta seja uma boa fase para identificação e prevenção destes desvios.
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