RESUMOGestores das indústrias criativas têm de lidar com a imprevisibilidade e a incerteza em relação à demanda. Essa característica não impede que empresas desse setor procurem se engajar na busca de um conhecimento sobre seus consumidores e, a partir dele, articular o desenvolvimento de novos produtos. O presente trabalho procura investigar como a Rede Globo utiliza as informações que provêm dos telespectadores na elaboração das suas telenovelas. Trata-se de um estudo de caso, que lança seu foco sobre os tipos de informação e os meios pelos quais a empresa obtém feedback de seus consumidores; e sobre a estrutura e dinâmica organizacional que permite o uso dessas informações no desenvolvimento de suas novelas. Os resultados apontam para uma aderência ao modelo improvisacional proposto por Kamoche e Cunha (2001), onde uma estrutura mínima permite coesão e favorece a fl exibilidade para incluir modifi cações a partir da reação da audiência. Kamoche and Cunha (2001), where a minimum structure allows for coherence and favors fl exibility when it comes to including modifi cations based on audience reaction. Lúcia Maria Bittencourt OguriPALAVRAS-CHAVE Indústrias criativas, televisão, telenovelas, comportamento do consumidor, improvisação.
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