Este estudo analisa a inclusão da história e cultura afro-brasileira e indígena nas aulas de Educação Física, em consonância com as políticas educacionais. Observou-se a prática no Ensino Fundamental I e II e Médio, das redes municipal, estadual e federal da cidade de Primavera do Leste (MT). Realizou-se pesquisa descritiva quanti-qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados questionário virtual autoaplicado; a avaliação dos resultados ocorreu por meio de leitura flutuante (com análise de conteúdo). Constatou-se que, no Município e no Estado, há uma consistente presença do conteúdo, inclusive por variados eixos. Porém, na rede federal, em que os professores atuam apenas no Ensino Médio, não há desenvolvimento da temática étnico-racial.
Este artigo aborda diálogos possíveis entre a Educação Física e a diversidade étnico-racial brasileira, de acordo com as indicações legais. Esse processo se deu pela análise das ações desenvolvidas pelos professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, em consonância com as leis 10.639/03 e 11.645/08, sobretudo, as práticas desenvolvidas em torno da capoeira, analisando se acontece a partir de uma perspectiva emancipatória ou estereotipada. Participaram 52 professores. Conclui-se que se insiste positivamente no conteúdo étnico-racial no campo da cultura corporal de movimento como condição elementar para que professores trabalhem à luz da história e da ação interdisciplinar os desafios propostos pelas citadas leis. Observou-se um aumento de ações educativas em torno a cultura e história negra, africana e indígena na graduação dos docentes; e um sólido posicionamento social, histórico e étnico-racial nas ações que se apropriam da capoeira para o tema ERER na escola.
O objetivo deste texto/palestra é refletir sobre a construção da identidade nacional brasileira como projeto racista e genocida que, portanto, necessita ser descontruído para ser superado. Para a apresentação que se segue é urgente o entendimento sobre necessidade da descolonização da vida e a desnaturalização das relações sociais que a compõe. Entre outras coisas, descolonizar a vida significa desnaturalizar elementos e fenômenos históricos tidos socialmente como naturais. O racismo e a identidade nacional são exemplos de produtos da cultura que, no Brasil, alcançaram um demasiado nível de sacralização que faz com que a maioria dos brasileiros acredite que são inatos da sociedade e essências da “brasilidade”. Para descolonizar a vida, é premente um fazer pedagógico radical, ou seja, decolonial, que possa contribuir para um entendimento do mundo para além da visão hegemônica, para além da naturalização das relações sociais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.