RESUMO Neste artigo, são rejeitadas duas teses relativamente aceitas a respeito do projeto filosófico tardio desenvolvido por John Rawls. A primeira tese afirma que o objetivo de obras como "O Liberalismo Político" (1993; "Political Liberalism" (1993; and "Justice as Fairness: A Restatement" (2001) regarding the nature of his theory. Particularly, this change would had brought about a reassessment of Rawls' contractualist argument. The second thesis claims that one of the most important consequences of such reassessment
A tolerância é uma virtude difícil de ser praticada. Contudo, sociedades democráticas dependem dessa virtude todas as vezes que conflitos morais dividem cidadãos comprometidos com concepções de vida inconciliáveis entre si. O primeiro objetivo deste artigo é apresentar um modelo analítico da tolerância como um valor moral determinado - contra concepções instrumentais do valor. Em segundo lugar, o artigo procura demonstrar que, diferentemente do argumento liberal clássico, no qual o dever de tolerar é justificado pelo do valor da autonomia pessoal, podemos construir uma teoria da tolerância que tenha por premissa normativa a relação de reciprocidade política entre iguais em cidadania.
O objetivo deste artigo é argumentar que situações de privação material são inerentemente coercitivas. Para isso, avaliam-se teorias da justiça para as quais a pobreza não representaria uma forma de intervenção coercitiva em contextos de livre-mercado. Argumenta-se aqui que a pobreza precisa ser concebida como uma posição social subordinada e, portanto, um caso flagrante de injustiça social.
Trazidos à tona pelos movimentos de contestação à desigualdade econômica após a crise de 2008, direitos de participação nas decisões econômicas da sociedade, ao capital e à renda básica incondicional encontram sua melhor formulação teórica em uma longa tradição política liberal alternativa ao mainstream político e econômico. Autores como John Stuart Mill, James Meade e John Rawls defenderam propostas radicais de transformação das relações de produção por meio de mecanismos de cogestão e da instauração de uma “democracia de cidadãos proprietários”. A união entre teoria e prática do liberalismo alternativo pode ser uma solução igualitária importante diante do aumento da desigualdade econômica nas democracias econômicas
RESUMO O objetivo geral do artigo é argumentar que o igualitarismo de fortuna, defendido por autores como Ronald Dworkin, Richard Arneson e G. A. Cohen, é uma forma equivocada de conceber os objetivos do igualitarismo. Para isso, o artigo propõe uma distinção entre dois tipos de críticas ao igualitarismo de fortuna: (i) uma interna e de natureza conceitual, centrada na linha de corte entre escolhas voluntárias e circunstâncias não voluntárias; e (ii) uma crítica igualitária, que tem como objeto o fundamento normativo das teorias da justiça. O artigo argumenta que a crítica igualitária (mas não necessariamente a interna) exige uma mudança de prioridades na agenda de pesquisa sobre justiça distributiva, favorecendo concepções relacionais de igualdade. Finalmente, o artigo utiliza o papel da responsabilidade pessoal nas teorias da justiça como um caso ilustrativo da diferença entre a visão distributiva e a visão relacional do valor moral da igualdade.
Resumo O objetivo deste artigo é explorar os ganhos conceituais, normativos e metodológicos do igualitarismo social com base em uma interpretação específica do valor da igualdade: a igualdade como não subordinação. Ao longo das duas primeiras seções será argumentado que (1) a concepção da igualdade, como não subordinação identifica um rationale normativo comum para as diversas expressões do igualitarismo social; (2) que essa é uma interpretação coerente com o pano de fundo histórico das lutas por igualdade social e (3) que ela nos ajuda a evitar problemas conceituais aos quais formas monistas do igualitarismo tendem a incorrer. Em seguida, gostaria de mostrar que essa maneira específica de compreender o valor da igualdade encontra ressonância na obra de John Rawls, um dos filósofos políticos mais importantes do século passado, e cuja relação com o igualitarismo social ainda permanece em aberto. Particularmente importante para o igualitarismo social é o modo como o construtivismo rawlsiano concebe a personalidade moral dos membros de uma sociedade justa enquanto fontes auto-originárias de reivindicações válidas.
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