Este artigo é fruto de pesquisa de natureza genealógica que visou estudar a luta pelo direito ao uso de canabidiol no Estado da Paraíba. Tendo em vista que o paradigma hegemônico em termos de política de drogas no Brasil é o proibicionismo, o uso de substâncias proscritas, até mesmo para uso medicinal é algo sujeito a interdito, apesar da lei permitir tal uso. No Estado da Paraíba, um grupo de familiares, juntamente com o MPF, lutou judicialmente para que os seus filhos tivessem direito ao uso de canabinoides medicinais, pois são portadores de epilepsia refratária aos tratamentos convencionais. Assim, realizamos um resgate desta resistência pontual à lógica proibitiva a maconha, sob uma perspectiva foucaultiana, buscando a emergência do saber e da resistência à proibição do uso do CDB no Estado. Para a colheita dos dados realizamos uma pesquisa documental de natureza qualitativa e como método de análise de dados usamos a análise de discurso.
Introdução: Os distúrbios musculoesqueléticos podem ser o resultado de uma modalidade organizacional e biomecânica do trabalho que demanda adoção de posturas anômalas. Objetivo: Verificar a prevalência de dor musculoesquelética em carregadores e determinar a relação entre os impactos sofridos em sua qualidade de vida e sono. Métodos: Foram avaliados 30 trabalhadores com idade de 18 a 59 anos, para identificação dos profissionais foi produzido pelos autores um questionário para identificar perfil sóciodemografico, dois questionários validados e uma escala. Questionário nórdico para avaliar dor osteomuscular, SF-36 para avaliar qualidade de vida e a escala de pittsburg que avalia a qualidade de sono. Resultados: No questionário nórdico evidenciou que a dor lombar mais afetada, chegando a 74% no último ano. As dimensões do questionário SF–36 teve como escore de maior comprometimento o de Dor, com 57,5. Escala de pittsburgh a média obtida foi de 6,57 considerando ruim a qualidade de sono dos carregadores. Conclusão: Constatou-se que a dor musculoesquelética pode estar envolvida com a qualidade de vida e sono desses trabalhadores. Faz se necessária criação de políticas públicas para melhorar o conhecimento e a relação ao seu posto de trabalho.
Este artigo propõe um estudo a respeito das mudanças epistemológicas em termos de representação da maconha no discurso médico contemporâneo e os impactos dessas mudanças na luta de famílias que dependem da maconha e de seus derivados para o tratamento de doenças. O texto trata de uma pesquisa genealógica, que visa a por em marcha uma crítica epistemológica ao controle social e à criminalização da maconha, mobilizando as mudanças do regime de verdade médico em busca de tensionar a opinião sobre a maconha pela sociedade. Identificamos uma mudança na percepção jurídica e médica sobre o tema; a partir daí, estudamos a articulação dos movimentos sociais na luta pela regulamentação da maconha por vias políticas e judiciais. Focamos nosso estudo no estado da Paraíba, em eventual diálogo com o cenário nacional. Esta pesquisa tem base qualitativa e utiliza dados documentais de processos judiciais, de marcos legais e de demais fontes sobre o tema.
Por isso que os textos (capítulos) deste livro abrem espaço para novos processos de decolonizar, eles incomodam, eles pretendem trazer algumas das questões cruciais, tais como, a desigualdade social estratificada pelos marcadores de raça, classe, etnia, sexual, gênero que se esbarram no cotidiano, e que merecem ser desvelados.Um dos desvelamentos é em atenção aos sustentáculos morais e sociais do colonialismo que ainda persistem, não como a mesma força, mais são conceitos que desqualificam as relações democráticas. Demarca na história a ideia de existir uma pirâmide social de exclusão quando se refere à condição da mulher, do negro, dosLGBTQi+.Quando se pensa decolonizar tal modelo, é questionador observar que as práticas vividas nos espaços público e privado que os gêneros transitam há distorções no direito, não é igual a todos.Bem como, os marcadores de classes, e nesse contexto, seja a mulher negra, homem negro, por exemplos, vão encontrar outros marcadores, como a pobreza, e por isso, o ato decolonizar é mais complexo, exigente quando se refere aos marcadores sociais.Os marcadores sociais destinam a vida dos insurgentes de formas objetiva e subjetiva, que de maneira desigual forçam-os a perceber que são tratados diferente, devido a sua raça, etnia, orientação sexual e de gênero, e a posição econômica na sociedade. Essas diferenças são alinhavadas de preconceitos, de exposições discriminatórias e por isso, invadem-os em todos os espaços de vida.Essas práticas preconceituosas e discriminatórias ainda subjazem nas instituições e organizações públicas, consequentemente, os espaços que deveriam ser discussões, são marcados de exclusão, de negação, e que interpõem a uma luta em prol de processos de decolonização, e neste se encontram os aspectos do contradito e do conflito, mas também da esperança e do vir a ser, que está sendo feito processualmente.A luta dos insurgentes coloca nos atos de decolonizar, a busca pela liberdade, justiça social, equidade e igualdade social, e pelo fim da violência institucionalizada.Alguns caminhos dessa luta dos insurgentes vão pelo direito, pela instauração de novas práticas e pela poesia, como movimentos que libertam, engendram novas formas de resistência e de enfrentamento contra os preceitos e práticas excludentes na sociedade brasileira.Se gestam assim, no decolonialismo infinitas ligações entre as palavras e experiências, que se examinam mutuamente, provocando nessa trajetória, outras Gênero, Decolonialidade e Direitos Humanos: Diálogos insurgentes Prefácio 7raízes, que almejam mais paz, justiça e novos epílogos de uma história nova, em que as práticas de torturas, punições que marcam os corpos dos insurgentes, exigem-nos a um repensar com as novas letras e práticas para compor essa história nova.O livro, portanto, nos possibilita a este repensar, convida aos leitores adentrar no mundo das lutas dos insurgentes, e nelas refletir, pois existem novas possibilidades, e um dos caminhos que este livro nos aponta é permanecer pesquisando, estudando, desvelando e fazendo novas tessitu...
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