A angina de Ludwig, considerada uma emergência médica, é uma infecção que atinge os espaços submandibular, sublingual e submentoniano, apresentando curso de evolução rápida e potencialmente fatal. O objetivo deste relato é descrever o tratamento de um caso de angina de Ludwing, decorrente de infecção dentária, associada a complicações cérvico-faciais e mediastinais. A paciente do sexo feminino apresentava história de aumento de volume na região da região submandibular bilateral e submentoniana, queixas de disfagia e dispneia, além de trismo. O paciente foi tratado inicialmente com drenagem e extração do elemento causador da infecção, 72 horas após a operação, porém a paciente voltou a apresentar dispneia. Para o tratamento dessa complicação, realizou-se cervicotomia associada à antibioticoterapia de amplo espectro. A abordagem terapêutica contendo manutenção das vias aéreas, cervicotomia, antibioticoterapia, bem como a retirada do fator etiológico foi eficaz no manejo deste caso de complicação de angina de Ludwing.
Introdução: o trauma em face é uma situação prevalente nos hospitais com serviços de Urgência e Emergência. A cavidade orbitária é geralmente afetada em fraturas, envolvendo ossos, tecidos moles e neurovasculares, com incidência de mais de 40% dos traumas maxilofaciais. Objetivo: analisar os traumas orbitários e suas repercussões clínicas, levando em consideração etiologia e possíveis complicações. Metodologia: o estudo foi composto por uma revisão integrativa, com artigos científicos originais e de revisão indexados na base de dados PubMed/Medline, publicados no período dos últimos cinco anos. A partir dos critérios de inclusão, os artigos passaram por criteriosa filtragem e posterior escolha, de acordo com ênfase nas informações desejadas. Resultados e Discussão: os traumas orbitários necessitam de exame clínico minucioso e rápido diagnóstico. Assim, pode-se observar que a diplopia, equimose periorbital e enoftalmo são os achados clínicos mais prevalentes nos estudos, sendo acarretados por diversos fatores etiológicos. Logo, avaliações oftalmológicas devem ser realizadas para que se analisem as condições visuais do paciente, permitindo uma abordagem mais coerente com prognóstico melhor para o paciente. Além disso, o volume orbitário varia de acordo com a etiologia e os padrões de fratura, podendo desencadear complicações devido à estreita relação com o globo ocular. Considerações finais: Denota-se que as repercussões encontradas influenciam diretamente na eficácia do diagnóstico, na previsibilidade de complicações e no plano de tratamento. Sendo assim, é imprescindível para o cirurgião saber avaliar e interpretar corretamente os achados clínicos após fraturas orbitárias.
Um dos objetivos do tratamento endodôntico é a máxi-ma desinfecção do sistema de canais radiculares, bem como, a prevenção da sua reinfecção. A terapia fotodi- IntroduçãoA infecção endodôntica ocorre com a proliferação de bactérias no interior dos canais radiculares que adentraram nesse meio através da exposição do dente ao ambiente oral, devido a lesões cariosas ou traumáticas, causando a formação de lesões perirradiculares persistentes 1,2 . Dessa forma, o tratamento endodôntico deve ser realizado como medida para eliminar e inativar os biofilmes bacterianos e seus subprodutos facilitando assim a reparação dos tecidos apicais 1,3 . Durante o preparo químico mecânico utiliza-se instrumentos manuais ou mecanizados, concomitante a irrigação com substâncias químicas, e em alguns casos, o uso de medicação intra-canal entre as sessões clínicas, obtendo assim relativas taxas de sucesso na diminuição da quantidade de bacté-rias presentes nos canais radiculares 2,4,5,6 . Está bem evidenciado na atual literatura, que a desinfecção completa dos canais radiculares é bastante difícil, devido à diversidade dos sistemas de canais radiculares na região apical onde há maior predomínio de deltas apicais e formação de biofilme extraradicular, o que dificulta a eliminação de micro-organismos resistentes, tal como o Enterococcus Facaelis 5,7,8 . O tratamento endodôntico convencional falha na inativação e eliminação das endotoxinas bacterianas como os lipopolissacarídeos que são liberados provocando infecções endodônticas graves que comprometem o sucesso da terapia endodôntica 2,6 .
Os traumas na infância e adolescência constituem um fator importante de morbidade e mortalidade, sendo um enorme problema de saúde pública. Dentre os traumas faciais em crianças, as mordeduras de animais destacam-se, principalmente a canina. E este tipo de ferimento resulta em traumatismos faciais complexos, podendo ter um envolvimento funcional e estético, assim como sucedendo em infecções polimicrobianas. Paciente do sexo masculino, 8 anos de idade, compareceu ao Hospital da Restauração em Recife/Pernambuco, vítima de mordedura canina cursando com lesão lácero-contusa extensa em região de comissura labial do lado esquerdo. O tratamento instituído neste primeiro momento foi por meio de sutura em todo o ferimento e encaminhamento para vacinação anti-rábica após três dias. Foram dadas as orientações pós-operatórias de realização de curativos diários, retorno em 10 dias para remoção das suturas, retorno para acompanhamento da vacinação anti-rábica, repouso por 10 dias e orientação de higiene oral. O trauma promovido pela mordedura canina é definido como um problema de saúde público e que afeta em sua maioria a população pediátrica. Dessa forma faz-se necessário estabelecer a devida atenção ao tratamento e acompanhamento desses pacientes, seguindo os protocolos de atendimento necessários, promovendo também, o controle de potenciais complicações que provém de lesões dessa natureza.
Introdução: O Cisto Dentígero é uma neoplasia benigna intraóssea, revestida por uma cápsula de tecido epitelial odontogênico, caracterizada pelo envolvimento com a coroa de um dente incluso, principalmente terceiros molares. O procedimento cirúrgico, do tipo enucleação cística, é indicado devido à possibilidade de fraturas patológicas e deformidades ósseas. Objetivo: Descrever a conduta de enucleação cirúrgica realizada em um cisto dentígero em mandíbula associado a um terceiro molar incluso. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 28 anos, encaminhada pelo ortodontista para avaliação cirúrgica, após realização de exame de imagem panorâmico de rotina, onde se evidenciou uma lesão radiolúcida associada à coroa do dente 38 incluso. Clinicamente, não apresentava sinais de infecção e não houve relato de sintomatologia. Devido ao tamanho da lesão, foi realizada com fins de diagnóstico e terapêutico a biópsia excisional associada à exodontia do dente incluso, em seguida, foi realizada a osteotomia periférica, objetivando a remoção de possíveis células satélites. O resultado do exame histopatológico revelou um Cisto Dentígero. Após três meses de acompanhamento, observou-se neoformação óssea e cicatrização tecidual adequada. Conclusão: As lesões císticas são achados comuns na prática clínica. Tendo em vista que tais lesões podem alcançar grandes proporções, resultando em assimetria facial, reforça a indicação de remoção cirúrgica. Para este caso, a enucleação do cisto em conjunto com a exodontia do dente incluso demonstrou-se uma abordagem terapêutica viável para o tratamento dessa patologia. Descritores: Cisto Dentígero. Cistos Odontogênicos. Dente não Erupcionado.
O seio maxilar define-se por um espaço pneumático na maxila bilateralmente que possui volume e proximidade com os ápices de 2º pré-molares e molares superiores, possibilitando que intervenções nestes afetem sua integridade, levando a inflamação e podendo resultar em Rinossinusite Crônica (RSC). Este estudo visa elucidar a atribuição da cirurgia endoscópica para tratamento da RSC através de um relato de caso clínico. Paciente sexo masculino, 50 anos, compareceu ao serviço de CTBMF do Hospital da Restauração-PE, com algesia em região zigomático-maxilar direita e comunicação oroantral, há sete meses, por exodontia traumática do elemento 15, já submetido à terapêuticas clínicas, sem sucesso. Diagnosticou-se ao exame físico e de imagem, RSC secundária, optando pela sinusectomia via endoscópica ântero-posterior acessando o seio maxilar direito por antrostomia maxilar na parede nasal lateral, removendo a mucosa doente e instalando um dreno de manutenção. Concomitantemente, fechou-se a comunicação bucossinusal por um retalho na mucosa vestibular maxilar recobrindo toda falha, sob anestesia geral. No pós-operatório imediato, iniciouse antibioticoterapia, analgesia e irrigação com soro fisiológico 0,9%, pelo dreno, removido após 72 horas. A cirurgia endoscópica como tratamento da RSC mostra-se uma alternativa quando há falha terapêutica clínica, apresentando melhora da sintomatologia e qualidade de vida dos pacientes.
A linfadenopatia cervical é um problema frequente nos pacientes pediátricos em muitos casos, representa reação transitória a processos infecto-inflamatórios locorregionais ou sistêmicos considerada a causa mais comum de linfadenopatia periférica em região cervical. A biópsia associada à análise histopatológica é considerada como padrão ouro para o diagnóstico de linfadenopatia cervical. A punção por agulha fina (PAAF) vem sendo utilizada como primeira linha de investigação no diagnóstico de edema em cabeça e pescoço, por ser simples, econômica e menos invasiva do que a biópsia incisional. Este estudo foi realizado por meio de uma busca de artigos científicos na base de dados eletrônicos, PubMed utilizando os descritores: Lymphadenitis; Tuberculosis, Lymph Node; Histiocytic Necrotizing Lymphadenitis, indexados que tratavam de relatos de casos clínicos e revisão da literatura. Além da revisão, foi apresentado um relato de caso de paciente pediátrico atendido no serviço de emergência pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, que após diagnóstico por exame histopatológico confirmou Linfadenite granulomatosa necrotizante tuberculóide, para discussão sobre as condutas de diagnóstico e tratamento.
Dentre as abordagens terapêuticas antineoplásicas disponíveis, encontram-se aquelas que agem por meio da radiação ionizante e das drogas quimioterápicas, as quais se encontram frequentemente associadas à ocorrência de complicações orais, agudas ou crônicas. Objetivo: Determinar a prevalência das principais complicações orais agudas relacionadas ao tratamento antineoplásico em pacientes internos, enfatizando dados epidemiológicos, sinais e queixas principais odontológicas, além das condutas terapêuticas para essas complicações. Material e métodos: O estudo apresenta caráter epidemiológico, transversal, descritivo-analítico com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de agosto de 2017 a março de 2018. Foram examinados 227 pacientes adultos internos em um hospital oncológico do estado da Paraíba, dos quais 61 foram excluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão. Os dados colhidos foram registrados em uma ficha previamente elaborada e posteriormente analisados com o auxílio do Statistical Program Software - SPSS® 22.0 (SPSS Inc., Chicago, USA). Resultados: A amostra total contou com 166 pacientes, com predominância do sexo masculino (64,5%) e com faixa etária entre 31 e 60 anos (51,2%). As leucemias agudas (34,9%), seguidas dos linfomas (16,9%) foram os tipos de neoplasias mais frequentes. Com relação ao tratamento antineoplásico, a quimioterapia foi o mais prescrito (87,3%). A mucosite oral foi a complicação mais prevalente (18,7%), seguida da xerostomia (15,7%). Com relação às queixas odontológicas, a ardência bucal foi a mais relatada pelos pacientes (25%). Tais sintomas mostraram-se mais prevalentes nos pacientes submetidos a quimioterapia (79,8%; p=0,005), bem como as complicações orais agudas (86,1%; p=0,003). Conclusão: A mucosite foi a complicação mais prevalente em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, seguida da xerostomia. Ante o exposto, percebe-se uma correlação significativa entre os tratamentos antineoplásicos, as características clínicas e a presença das complicações orais agudas.
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