Objetivo: Relatar um caso de traumatismo dental na primeira infância seguido de reabilitação protética funcional, dando um enfoque à utilidade dessa terapia nos pacientes infantis acometidos por tal situação. Detalhamento do Caso: Paciente do sexo feminino, 5 anos, compareceu à Clínica da Unidade Odontológica Infantil (UOI) do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA) acompanhada de sua mãe, que historiou o acontecimento de trauma dental aos 2 anos de vida da sua filha por motivo de queda em um momento de lazer com velocípede. Levando em conta a gravidade do trauma e a preocupação na preservação do espaço até a erupção do germe do dente permanente, indicou-se a confecção e instalação de um aparelho protético funcional removível com dente de estoque. No controle, observou-se boa adaptação do aparelho pela criança e funcionalidade na fonética, estética e manutenção de espaço para o dente permanente, considerando-se a eficácia da terapia para prevenção de hábitos nocivos e maloclusões futuras. Discussão: As quedas infantis são descritas na literatura como a maior causa de traumas dentais, situação que foi identificada no referido caso. Para uma eficaz reabilitação de traumatismo dental, o tratamento deve ser imediato, obedecendo ao tipo de envolvimento causado às estruturas peri-dentais.
Introdução: As displasias cemento-ósseas constituem um grupo de lesões não neoplásicas do osso, caracterizadas pela substituição do osso normal por tecido conjuntivo fibroso celular e osso metaplásico. Em geral, são lesões assintomáticas que acometem mais o gênero feminino e que radiograficamente são caracterizadas como massas difusas, radiopacas que são observadas em regiões alveolares de múltiplos quadrantes. Estas características desempenham um papel importante no estabelecimento do diagnóstico. Detalhamento do caso: Paciente do sexo feminino, melanoderma, de 43 anos, que procurou atendimento, com interesse em realizar reabilitação oral na maxila e mandíbula. No que concerne ao exame radiográfico verificou-se lesão de aspecto misto na região de corpo da mandíbula, bilateral, mostrando calcificações densas e ausência da expansão da cortical óssea. Discussão: Em que pese a natureza autolimitada das displasias ósseas, o tratamento de um paciente assintomático consiste num follow-up clínico e radiográfico, com o objetivo de assegurar que não haja expansão da lesão.
Objetivo: Relatar um caso de vedamento parcial de fissura labiopalatina utilizando placa obturadora em resina acrílica. Detalhamento do caso: Paciente de 30 anos, procurou o setor de atendimento ao paciente com necessidade especial da clínica odontológica do Centro Universitário do Estado do Pará, queixando-se de problemas estéticos e relatando que líquidos da cavidade oral extravasavam para a cavidade nasal. Como proposta de tratamento, foi sugerido uma placa obturadora em resina acrílica. Esta proposta terapêutica mostra-se eficiente para estes casos, mostrando a importância que o cirurgião-dentista tem em atentar-se para um exame clínico eficaz, além de um correto diagnóstico. Discussão: Para os pacientes acometidos, o procedimento cirúrgico, além de uma solução, acaba sendo um desafio não apenas estético, mas também funcional, psicológico e cognitivo. As próteses obturadoras bloqueiam fendas do palato duro e comandam os mesmos princípios das próteses convencionais, promovem estabilidade, retenção e suporte. Para uma eficaz reabilitação de indivíduos com FLP, é necessária uma equipe multidisciplinar, envolvendo as áreas médica e odontológica, além de inclusão da fonoaudiologia, serviço social, enfermagem e psicologia.
INTRODUÇÃO: Desde dezembro de 2019, o beta-coronavírus SARS-CoV-2 se alastrou pelo mundo, estabelecendo a doença COVID-19 como pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 12 de março de 2020. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem enfrentado desafios para gerir os recursos repassados para o enfrentamento dessa pandemia, sendo o atual segundo lugar no ranking mundial de mortes. Neste cenário, as Unidades Básicas e suas equipes, por responderem ao primeiro contato do paciente com o serviço de saúde, são fundamentais para a contenção da disseminação viral. Logo, uma Atenção Primária forte, organizada e qualificada contribui para diminuir a incidência da infecção, impactando diretamente na diminuição da morbimortalidade. OBJETIVO: Analisar e discutir estudos acerca da importância da APS no contexto da pandemia de COVID-19 no Brasil. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão sistemática narrativa de literatura, buscando-se artigos nas plataformas Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), publicados entre 2019-2020. Os descritores pesquisados foram "COVID-19" e "Atenção Primária". Foram encontrados 141 artigos, porém selecionados apenas 11, adequados para esse tipo de revisão. DISCUSSÃO: De acordo com as literaturas pesquisadas, o papel da APS no cotidiano da pandemia, pode ser dividido em 4 abordagens: Vigilância em saúde -a APS deve estar no controle de risco da pandemia, bloqueando e reduzindo expansão nos territórios, com uma atuação articulada com a vigilância em saúde nos municípios, estabelecendo um fluxo de informações e garantindo efetividade nas ações; Atenção aos usuários com COVID -com a necessidade de organização de fluxos distintos para cada gravidade de caso, garantindo um encaminhamento adequado e oportuno para cada paciente; Suporte social aos vulneráveis -no qual a Estratégia Saúde da Família (ESF) deve ampliar sua atuação para populações vulneráveis e grupos de risco, como garantia disso, é preciso uma rede de apoio (sanitário, financeiro, psicológico e social) e mecanismos de proteção social; Continuidade das ações próprias da APS -onde essas atividades devem ser preservadas em situação de pandemia, haja vista a adaptação necessária frente a epidemia, utilizando novas formas de cuidado, evitando os riscos de aprofundamento da exclusão do acesso e desigualdades sociais. Associados a essas abordagens, uma boa infraestrutura da unidade básica e a preparação da equipe tornam-se essenciais, por serem o primeiro contato com a população e possuírem responsabilidade pela vigilância territorial. Nesse sentido, a falta de estrutura, profissionais não capacitados, escassez de materiais, conflitos de papéis e desprovimento de competências individuais, podem afetar essas práticas. CONCLUSÃO: Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, a capilaridade e a força de trabalho das ESF têm mostrado resiliência frente a crise atual da saúde. É preciso garantir investimentos, reconhecendo a singularidade do trabalho executado por essas eq...
As emergências ginecológicas são bastantes comuns, e a torção ovariana constitui a principal situação encontrada. Suas consequências podem ir de dor pélvica aguda unilateral até ocasionar infertilidade feminina, e para que isso seja evitado são necessários estudos os mais fidedignos possíveis. Assim, objetivou-se avaliar as técnicas utilizadas na isquemia ovariana em ratos. A partir disso foi feita uma análise dos métodos mais usados, análises bioquímicas e histopatológicas mais frequentes, para que pudesse estabelecer uma comparação com aqueles que podem ser mais eficientes na realização de estudos para amenizar os problemas causados pela torção ovariana. Foi feita uma pesquisa nas plataformas Pubmed, Scielo e Lilacs, nos anos de 2017 a 2022, com os descritores “ovarian torsion”, “Reperfusion injury” e “rats”, e selecionou 50 artigos. Os resultados foram que em 62% dos artigos utilizaram clamp vascular, o principal marcador bioquímico foi malondialdeído em 70%, e os marcadores histopatológicos foram relacionados com a integridade tecidual, como degeneração folicular, edema, infiltração leucocitária e congestão vascular. Dessa forma, pode-se inferir que são os métodos mais eficazes para simular isquemia ovariana.
Evidências científicas recentes mostram que a dor associada a procedimentos dolorosos agudos, como a punção venosa, é uma importante fonte de dor pediátrica e pode ter consequências a longo prazo no comportamento e na percepção da dor em crianças. Então, objetiva-se verificar a eficácia dos principais métodos farmacológicos e não farmacológicos de manejo da dor durante venipuntura em crianças. Este estudo é uma revisão narrativa de caráter analítico com pesquisas nas bases de dados PUBMED, SciELO e LILACS. Como critério de inclusão, foram selecionados apenas ensaios clínicos do ano de 2016 até a data da coleta de dados, selecionados com os descritores: “dor”, “punção venosa” e “crianças”. Foram selecionados 31 artigos que abordam diferentes tipos de manejo da dor durante a punção venosa, sendo 6 referentes a métodos farmacológicos e 25 a métodos não farmacológicos. Dentre os farmacológicos, destaca-se o uso de dexmedetomidina, Midazolam, solução de sacarose, anestésico tópico, lidocaína, tetracaína, adesivo quente e EMLA creme. Quanto aos não farmacológicos, os principais são as técnicas de distração, incluindo jogar videogame, ler cartas, assistir desenhos, ouvir música, usar brinquedos, interagir com os pais, inflar balões, apertar a bola, tossir, além de técnicas, como realidade virtual e sistema Buzzy. Estudos têm buscado elucidar um maior número de métodos não farmacológicos em relação aos farmacológicos, por serem menos onerosos e menos traumáticos. É importante destacar as técnicas de distração, que possuem uma variedade de métodos aplicáveis, principalmente aqueles relacionados à audição e visão.
Objetivou-se analisar o perfil epidemiológico dos óbitos fetais no Brasil, no período de 2015 a 2020. Nesse sentido, a análise foi feita a partir de dados retirados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), na seção "Estatísticas Vitais”, no tópico de “Óbitos fetais”. Foram analisados dados referentes aos óbitos fetais de acordo com a região do país, o estado de ocorrência, o sexo do bebê, a idade materna, o tipo de parto, o tipo de gestação, a duração da gestação, o peso ao nascer e a escolaridade materna. Os resultados mostraram a ocorrência de 182.612 casos, sendo 2015 o ano de maior ocorrência com 32.994 (18,06%). A maior prevalência de óbitos ocorreu na região sudeste com 67.654 casos (37,04%), seguido da região Nordeste com 61.114 mortes (33,46%), somando 70,5% dos óbitos. São Paulo foi o estado mais acometido com 31.817 casos. A ocorrência dos óbitos fetais foi mais prevalente em bebês do sexo masculino (52,11%), com idade gestacional entre 32 e 36 semanas e peso de 500-999g; com mães na faixa etária de 20-24 anos, com escolaridade de 8 a 11 anos, que realizaram partos vaginais, estando em gestação única.
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