Este trabalho objetivou adaptar a Escala de Medo da COVID-19 (Fear of COVID-19 Scale) para português brasileiro, realizar a Análise Fatorial Confirmatória dessa escala, buscar evidências de sua validade a partir da relação com o estresse e, por fim, estabelecer normas para interpretação dos escores da escala. Participaram 1.000 adultos, de ambos os sexos, com idade média de 30,9 (DP = 12,06). Os resultados evidenciaram que a análise fatorial confirmatória demonstrou que todos os índices de ajuste foram satisfatórios, confirmando a unidimensionalidade da escala. A média na Escala de Medo da COVID-19 foi de 22,2 pontos (mínimo de 7 e máximo de 35 pontos), o que representou medo em nível moderado. A escala apresentou validade convergente com Escala de Estresse Percebido e propôs-se estratos de classificação da intensidade do medo na escala com base na normatização dos escores desse instrumento.
This study aimed to adapt and raise evidences of validity based on the internal structure, on the relationship with other variables, and on the content of the Fear of COVID-19 Scale (FCV-19S) in Brazilian Portuguese. We performed the Confirmatory Factor Analysis of the scale, its invariance analysis by gender, and established norms for interpreting the instrument’s scores. Participants were 1,000 adults of both genders. The findings showed all fit indices as satisfactory, confirming the scale’s one-dimensionality and its invariance. Results also demonstrated convergent validity between the FCV-19S and the stress of the subjects. Moreover, the stratification of the intensity of fear (mild, moderate and severe) was determined based on the standardization of scores. We concluded that FCV-19S presents sufficient evidence to support its use to assess the fear of Covid-19S in Brazil.
A Escala de Frustração e Desconforto (EFD) avalia as crenças de intolerância à frustração. Este trabalho objetivou: adaptar esse instrumento para o contexto brasileiro; buscar evidências de validade de conteúdo, de estrutura interna e com base na relação com variáveis externas e, por fim, verificar a relação entre os níveis de intolerância à frustração com gênero e idade dos participantes. A amostra foi composta por 293 indivíduos, com idade média de 21.6 anos (DP = 3.57). Foram aplicados a EFD, o Patient Health Questionnaire-4 (PHQ-4) e um questionário sociodemográfico. Os resultados da análise fatorial exploratória indicaram a pertinência de solução fatorial composta por duas dimensões. Quanto a consistência interna, foram verificados bons índices para ambos os fatores e para a escala. Observou-se associação positiva e estatisticamente significativa entre a EFD e o PHQ-4, atestando a validade baseada na relação com variáveis externas. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas nos níveis de intolerância à frustração em razão do gênero e idade. Baseado nesses achados, conclui-se que a versão adaptada da EFD apresentou propriedades psicométricas satisfatórias, sendo adequada para investigação da intolerância à frustração, possibilitando que pesquisadores e profissionais investiguem como esse construto se manifesta na população brasileira e como ele se relaciona com variáveis associadas à saúde mental.
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