Nesse artigo serão tratadas as alforrias registradas no Cartório do 1º Ofício do município do Penedo, centro de comércio do Baixo Rio São Francisco no século XIX. Através de uma análise quantitativa, auxiliada por dados qualitativos, busca-se traçar um panorama geral sobre o padrão de alforrias emitidas na região entre as décadas de 1840 e 1880. Desse modo, o artigo analisa questões locais referentes à sociedade escravista na região e discute com a historiografia nacional pontos relacionados à prática da alforria no Brasil oitocentista.
RESUMO O artigo analisa os efeitos do comércio interprovincial de escravos sobre as transformações sociais das últimas décadas da escravidão utilizando como fio condutor a experiência de Martinho, escravo de engenho de cana de Alagoas vendido para o Rio de Janeiro em 1873 e retornado à província alguns meses depois. Tendo em vista o diálogo com a historiografia, busca-se problematizar os efeitos da grande migração de mão de obra escrava na segunda metade do século XIX nas províncias compradoras e também naquelas que venderam seus cativos, tratando especificamente da estratégia de se colocarem no comércio escravos insubmissos. Reflete sobre os efeitos do comércio nas comunidades escravas, pautando os momentos em que homens e mulheres estiveram sujeitos à migração forçada como uma experiência em si, a qual permitiu ampliar o conhecimento sobre a realidade social do país e viabilizou troca de informações entre os grupos subalternos.
Este artigo trata do comércio interprovincial de escravos em Maceió, Alagoas, analisando o movimento de pessoas que saíram pelo Porto do Jaraguá para serem vendidas para fora da província. Por meio da quantificação de informações extraídas dos livros de passaportes, apresenta dados sobre o perfil etário e sexual dessa população ao longo dos anos 1842-1882. A partir desse levantamento, discute a inserção de mulheres escravizadas no comércio, e, assim como pesquisas anteriores, aponta para a grande presença de escravos muito jovens nesses negócios. Por fim, avalia o impacto do comércio sobre a população cativa na província de Alagoas.
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