RESUMO: Nesse artigo apresentamos parte de dados de uma pesquisa, a qual objetivou analisar a compreensão de adolescentes sobre o que é veiculado na televisão a respeito de bullying e como isso pode influenciar nas suas concepções relativas às práticas, na escola, de prevenção e combate ao fenômeno. Nessa pesquisa, em nível de mestrado, realizamos um levantamento teórico sobre bullying e mídia, aplicamos questionários e fizemos grupos focais com alunos de 6º ao 9º ano, de duas escolas públicas e duas particulares, no município de Presidente Prudente/SP. De modo geral, os participantes da pesquisa reconhecem que o bullying é abordado na escola e fazem relações com casos exibidos na TV, entretanto, para eles, essa abordagem não surte efeito na prevenção ou contenção do fenômeno. Para combater o bullying entendemos ser necessário um trabalho contínuo de conscientização e (re)construção de valores, sendo a mídia-educação uma possibilidade para promover tais reflexões.PALAVRAS-CHAVE: bullying. Mídia televisiva. Adolescentes. Mediações. INTRODUÇÃOEm certas relações entre pares, situações como ameaças e agressões frequentes com a clara intenção de ferir verbal ou fisicamente, a identificação de agentes e alvos das provocações, a relação desigual de poder e a presença de expectadores entre alunos compõem características de um fenômeno que ocorre nas relações humanas e que, na escola, é evidenciado como bullying.Por se tratar de um espaço de interação social e convivência entre pares, o ambiente escolar é primeiro grande meio para o estabelecimento das relações externas ao convívio familiar. Se, nesse espaço onde deve ocorrer a aprendizagem, novos laços afetivos, e a construção de valores sociomorais, houver a prática do bullying, a escola pode se tornar lugar de medo, insegurança e violência.Observamos que o tema bullying tem sido amplamente pesquisado por estudiosos das áreas da saúde e educação, na busca por compreender o fenômeno e pensar estratégias para prevenção e combate do mesmo. Por outro lado, o assunto também tem sido * Mestre em Educação pela Faculdade de Ciência e Tecnologia/UNESP. Pós Graduada em Gestão de Pessoas pela Faculdade Anhanguera. Pós-Graduada em Semiótica (Unoeste). Graduada em Comunicação Social/Jornalismo (Unoeste Para quem sofre esse tipo de violência, a preocupação é ainda maior, pois o mesmo não sabe quando, como e de onde vêm os ataques (WENDT; LISBOA, 2013).Pelo fato do fenômeno estar potencialmente presente em qualquer ambiente onde haja relações interpessoais, a escola, que é onde a relação entre pares é mais frequente, deve estar atenta quanto à prevenção e combate ao bullying. Nesse espaço, além da aprendizagem de conteúdos, é necessário que haja a construção de valores fundamentais para a vida em sociedade, no anseio por um ambiente em que predomine o respeito, a cooperação, a justiça, entre outros valores. Compartilhamos com os estudos de Avilés (2013) No entanto, é preciso compreender que as programações exibidas são recebidas de forma diferente a cada indivíduo, a partir de suas ...
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