As pegadas dos dinossauros, enquanto cartas de histórias da natureza (Ingold, 2015) e as histórias narradas por Robson Marques, o Velho do Rio, guardião do Vale dos dinossauros, em Sousa/PB, constituem a base de referência dessa pesquisa, desdobrada desde a graduação em Ciências Sociais/Antropologia (UFRN) até o doutorado em Educação (UFRN) defendida em fevereiro de 2019. A vida e as ideias de Robson Marques compõem-se na multiplicidade de um intelectual da tradição que se assume como um guardião de histórias, desde 1975. Ele narra a história das pegadas dos dinossauros sob um viés de uma narrativa mítica herdada de seu avô Anísio Fausto da Silva – um tropeiro, um viajante, auxiliada pelo saber científico da Paleontologia e do diálogo com o Paleontólogo Giuseppe Leonardi. Seu trabalho é uma combinação de pesquisador, especialista em linguagem simbólica, narrador de histórias, interlocutor do absoluto e viajante do tempo. O modo de pensar e de viver do Velho do Rio expressou uma compreensão tecida em quatro linhas vitais entrelaçadas: O vale dos dinossauros; o sítio Jangada; a cidade de Sousa/PB e o Rio do Peixe. O método epistolar foi o artíficio para a construção de uma etnografia antropoética, em que foram escritas sete cartas, orientadas por horizontes temáticos: a politização do pensamento e a emergência de um intelectual da tradição; a relação entre espiritualidade, artes e ciência; e a interface educação e antropolítica como antídotos contra o utilitarismo das ciências. Os caminhos tecidos na tese compuseram o que denomino de Oco do mundo, como uma expressão que compreendo como movimento de perambulação (Ingold, 2015) eco do Pensamento do Sul (Morin, 2010) enquanto reserva antropológica (Almeida, 2017), um lugar de gestação da Terra-Pátria, que se coloca como um convite a peregrinar (Ingold, 2015) nos entornos do mundo narrado e vivido. Os principais autores com quem estabeleci interlocução foram: Maria da Conceição de Almeida, Edgar Morin, Clarissa Pinkola Estés, Francisco Lucas da Silva, Teresa Vergani, Norval Baitello Jr., Daniel Munduruku, Walter Benjamin, Nucio Ordine, Karl Marx, Claude LéviStrauss e Michel Serres. A lição de Robson Marques é a de que a Educação para a vida deve levar em consideração o ensino da condição humana, apostando no imperativo ético: “ESPERAR NÃO CANSA, CANSA É NÃO ESPERAR NUNCA”.
O artigo parte da problemática do racismo ambiental em um Assentamento de Reforma Agrária no Alto Sertão da Paraíba, enquanto um conflito de ordem socioambiental e territorial, observando o impacto que raça e classe assumem neste cenário de correlações de forças, num contexto de reprodução das desigualdades socioespaciais, inseridas no problema do acesso à terra, compreendendo a demarcação racial como intrínseca a esse processo. A pesquisa sugere-se qualitativa, configura-se como exploratória, fazendo uso da pesquisa documental com a utilização das legislações, como também o uso da pesquisa de campo realizada no Assentamento Juazeiro, município de Marizópolis-PB. Para coleta de dados, foi estruturado um questionário, com o intuito de contemplar as categorias trabalhadas no decorrer da pesquisa bibliográfica. A base teórico-metodológica voltou-se para a teoria social crítica, que possibilitou uma maior visão e entendimento sobre o fenômeno social. Como resultado, pôde-se constatar que o espaço do Assentamento Juazeiro é sede para algumas expressões do racismo ambiental, da degradação do meio ambiente e de dificuldades vivenciadas desde sua criação com relação à proteção social e ao preconceito.
Com a degradação ambiental ocasionada pelos diversos padrões de consumo e práticas insustentáveis, como o uso crescente de combustíveis fósseis para a produção de energia, a capacidade de carga e suporte do planeta vem sendo comprometida. Nesse sentido, o aumento da pegada ecológica e a crescente poluição e deterioração de diversos sistemas ambientais compromete cada vez mais o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade planetária, ocasionando assim, uma série de problemas socioambientais. Diante deste contexto, é urgente a alfabetização ecológica dos futuros cidadãos para (re)pensar e (re)construir um modelo de sociedade que esteja pautada no tripé da sustentabilidade ambiental: social, econômico e ecológico. É nessa perspectiva, que o presente artigo tem como objetivo principal de verificar as ações de sustentabilidade ambiental, no que diz respeito, ao uso da energia elétrica em três escolas públicas municipais, junto aos alunos da 3ª a 9ª séries do Ensino Fundamental, localizadas no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil: Escola Municipal Ari de Sá Cavalcante, Escola Municipal Professora Vânia Maria Neves Facó Barros (Unidade II) e Escola Municipal Papa João XXIII. Para a realização da pesquisa, inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico a respeito da temática em questão. A metodologia de base qualitativa utilizada pautou-se em pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e aplicação de questionário semiestruturado e entrevista contendo 12 perguntas direcionadas ao público alvo das três escolas investigadas, no que diz respeito aos hábitos e costumes referentes ao consumo de energia elétrica, assim como o acompanhamento mensal da conta de luz e discussões diárias nas salas de aula e na acolhida diária dos alunos no pátio da escola sobre o modelo de gestão e gerenciamento da energia elétrica utilizada pela escola. Os resultados sinalizaram que, os discentes na sua maioria deveriam reavaliar seus hábitos para com o uso da referida energia de modo a praticar a sustentabilidade socioambiental e econômica tanto na escola, quanto em casa e onde quer que esteja e que medidas de educação socioambiental como estas devem ser replicadas.
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