Esse artigo tem como objetivo evidenciar, analisar e discutir os elementos que motivaram a rejeição de um caso para ensino em administração, no intuito de poder contribuir para o aprimoramento da elaboração e da publicação dessa modalidade de texto. Há uma predominância na literatura no apontamento de caminhos para a construção de casos aceitáveis. Neste artigo, busca-se outra via ao apontar falhas que resultaram na rejeição de um caso. São chamados para o debate os revisores com seus posicionamentos sobre as falhas, fonte de dados desse trabalho, procedendo-se a uma análise, com base na literatura. A ampliação das evidências de falhas que motivam a rejeição de casos, resultante dessa discussão, poderá aclarar pontos que são fundamentais nesse tipo de criação. Assim sendo, a contribuição desse artigo é poder colaborar, especialmente para iniciantes nesta modalidade de produção, evidenciando falhas que possam ser evitadas e evidenciar as possibilidades de aprendizagem com os revisores.
Dilema: o caso para ensino apresenta o dilema da empresa do segmento da carcinicultura marinha, a Camarões Gesund, face aos momentos de crise vivenciados por ela durante a pandemia de Covid-19. Voltar a exportar, considerando experiência anterior, ou focar no atendimento ao mercado interno, explorando novos segmentos. Objetivo educacional: o caso se constitui como uma oportunidade para o aprendizado reflexivo e compreensão de como as vivências passadas da empresa, seja no enfrentamento de crises ou na aplicação de novas estratégias, contribuem para o desenvolvimento de capacidades dinâmicas de uma organização. Contextualização: o caso para ensino descreve situações desafiadoras enfrentadas pela Camarões Gesund em períodos de crise, em especial, aquela provocada pela pandemia de Covid-19. Em um momento em que 90% do seu faturamento era originário de restaurantes, estes permaneceram fechados por mais de cem dias durante a pandemia, mantendo, após esse período, limitações ao atendimento presencial. Nessa direção, o caso visa contribuir para a reflexão dos alunos sobre os momentos de crise vivenciados pela empresa, em especial aquela causada pela pandemia. Tema principal: aplicação de conceitos de capacidades dinâmicas na avaliação de situações e tomadas de decisões em momentos de crises. Público: graduação em Administração de Empresas e profissionais em carreira técnica ou gerencial. Originalidade: além da apresentação de dilema em contexto pandêmico, entende-se como aspectos inovadores do caso sugerir como um dos pontos de reflexão a analogia com o Ensaio sobre a Cegueira. Do ponto de vista didático e pedagógico, propor alternativas para aplicação do caso também em aulas on-line, adotando ferramentas interativas.
Resumo: Este ensaio teórico teve como objetivo apontar algumas contribuições do paradigma interpretativo para a compreensão da aprendizagem no empreendedorismo cultural. As pesquisas sobre aprendizagem no empreendedorismo tradicional são crescentes, enquanto que no cultural, ainda são bem escassas. Além disso, os estudos sobre aprendizagem no empreendedorismo tradicional são hegemonicamente guiados pelos paradigmas positivistas e funcionalistas excluindo aspectos subjetivos da compreensão dos fenômenos. No intuito de compreender a aprendizagem no empreendedorismo cultural sob uma perspectiva no nível da experiência subjetiva, apontamos algumas contribuições do paradigma interpretativo visto seus pressupostos nos possibilitar entender o mundo social dos empreendedores culturais e suas produções de sentido. Adotando esse caminho, pela via interpretativa, o estudo sinaliza que a aprendizagem no empreendedorismo cultural é um fenômeno social processual, portanto, está em constante transformação, sendo necessário considerar além das interações sociais dos indivíduos, as interações com linguagens e artefatos. Palavras-chave:Paradigma Interpretativo. Aprendizagem. Empreendedorismo Cultural.Apesar dos estudos sobre empreendedorismo serem crescentes e muitos teóricos terem se concentrado, principalmente, no empreendedorismo como atividade econômica, outras abordagens têm surgido as quais destacam o valor das atividades sociais, artísticas e culturais (DAVEL; CORA, 2016;ELLMEIER, 2003). No Brasil, há uma escassez de análises sobre o setor cultural em suas diferentes dimensões (ANTONELLO; GODOY, 2011). Nesse sentido, é necessário o aprofundamento teórico do empreendedorismo diante destas outras perspectivas, ainda que estas possam também considerar as atividades econômicas, diferem-se de uma natureza unicamente econômica. Neste ensaio, foi abordado o empreendedorismo a partir da perspectiva cultural, intitulado na literatura como empreendedorismo cultural (GUERRA; PAIVA JÚNIOR, 2011; SCOTT, 2012), pois as pesquisas sobre esta temática requerem avanço na produção de conhecimento. Entende-se como empreendedorismo cultural a "produção de bens e serviços culturais: produtos cujo principal valor é simbólico derivado de sua função como portador de significado em imagens, símbolos, sinais e sons. (BANKS, et. al., 2000). Enquanto no empreendedorismo tradicional os indivíduos empreendem no mercado econômico criando algo lucrativo, no empreendedorismo cultural os indivíduos empreendem no campo da cultura (SWEDBERG, 2006), desse modo, os bens apresentam significados simbólicos originados da cultura (DAVEL; CORA, 2016). Para empreender, ora no campo tradicional, ora cultural, é necessário existir algum mecanismo de aprendizagem entre os indivíduos pois para continuar a realizar as atividades alguma forma "certa" de aprendizado precisa estar incorporada, os indivíduos aprendem e transmitem o conhecimento para outros no objetivo de continuar empreendendo diante das demandas sociais. Com isso, a aprendizagem é entendida como fundamental ...
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