RESUMO: O artigo analisa a relação entre a heterogeneidade das escolas públicas e a ocupação das vagas da política de ações afirmativas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A partir da literatura sobre estratificação escolar em sociologia da educação, assume-se a existência de um quase-mercado escolar na rede pública, com escolas regulares e diferenciadas. Os dados explorados referem-se aos ingressos do ano de 2017. A metodologia, de cunho quantitativo, privilegiou análises descritivas, cruzamentos simples e medidas básicas de associação, caracterizando-se como um estudo exploratório. Os resultados mostram que os egressos das escolas regulares têm um acesso proporcionalmente menor às vagas reservadas na modalidade que não considera renda ou cor/raça. Esse fenômeno ocorre de forma mais intensa nos cursos mais concorridos. Considerando a heterogeneidade entre escolas públicas, a forma atual de ingresso na educação superior pública favorece egressos da escola pública diferenciada frente aos egressos da regular. Entende-se que esse fato caracteriza um limite na correção da distorção no acesso à educação superior pública federal.
Este artigo identifica características de escolas públicas estaduais de ensino médio da cidade de Porto Alegre com o objetivo de entender variações e estratificações entre essas instituições que se relacionam com a taxa de participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Essa investigação busca ampliar a compreensão sobre os fatores que se relacionam à desigualdade educacional brasileira. Foram analisados dados estruturais oferecidos pelo Censo Escolar do Inep. A taxa de participação no Enem 2018 foi elencada como variável dependente. Buscaram-se agrupamentos de escolas que se diferenciam entre si e como ocorre esta variação. Foi possível expor dois clusters que mostram que uma maior participação de estudantes no Enem por escola está relacionada a menor distorção idade-série, menor complexidade da gestão e maior índice socioeconômico.
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