Gênero e Direitos Humanos tem se demonstrado um problema de difícil solução nos últimos anos. A desigualdade de gênero é uma afronta à igualização proposta pelos Direitos Humanos desde a sua fundação no século XVIII. E esta desigualdade, o poder e o domínio de uns sobre outras tem também a sua história. A reivindicação de Direitos Humanos aplicados às mulheres ocorre porque até há pouco tempo não eram consideradas humanas, mas sim, filhas, esposas de humanos. Apesar disso, a questão de gênero, ou a reivindicação dos direitos humanos para as mulheres ainda está em construção. A violência contra as mulheres e contra os homossexuais, apresenta-se como um desafio a ser vencido para quem almeja uma sociedade mais justa e igualitária para todos e todas. O artigo busca analisar a conexão entre estudos feministas e de gênero e avaliar os sentidos e significados dessas categorias e a sua incidência na geração de mudanças legais e culturais orientadas à equidade de gênero e à expansão da cidadania das mulheres.
Neste artigo discutiremos alguns elementos no campo da história oral a partir dos quais se abrem amplas perspectivas de investigação e de conhecimento sobre a história das mulheres e os estudos de gênero. Não há futuro para a História das mulheres sem um permanente exercício arqueológico da memória, porque sem esta não se pode construir nem resguardar a identidade. A memória é matéria-prima da história, e a própria realidade é marcada por elaborações e interpretações que os sujeitos fazem.
Resumo: Para este artigo, escolhi o seguinte princípio analógico: se há uma “literatura menor”, expressão que Deleuze e Guattari aplicam à obra de Franz Kafka, por que não pensarmos também em uma “história menor”? Com efeito, as narrativas femininas, marcadas por recortes memoriais, ao serem contadas, narradas e descritas, possibilitam o surgimento de discursos marginalizados e invisibilizados pela história tradicional. É essa história menor - essa memória feminina, assaz subjetiva, de cunho familiar, afetiva e maternal, bem como negligenciada pela memória oficial - que me proponho a analisar. Nessa perspectiva, a história do feminino, ao ser entendida como uma história menor, teria a força de produzir, através de linhas de fuga que ela própria constrói, descontinuidades na história oficial.
Este artigo é fruto de pesquisa bibliográfica e tem como objetivo analisar e discutir a filosofia perspectivista de Nietzsche a fim de mostrar as implicações para o campo da educação e do currículo. Com base nos escritos de Nietzsche e de autores que dialogam com a obra nietzschiana, propomos evidenciar, em um primeiro momento, que o filósofo alemão ultrapassa os pressupostos da modernidade e inaugura uma nova dimensão da filosofia ao estabelecer o perspectivismo como modo de pensamento. Em um segundo momento, mostramos como o perspectivismo nietzschiano potencializa modos de pensar o currículo que primam não mais pela unidade e identidade – categorias metafísicas -, mas pela multiplicidade e diferença, já que não recorre a essencialismos e universalismos.
Neste artigo, discutimos as múltiplas possibilidades de pensar e escrever a história, mais especificamente a história das mulheres, tomando como referência o conceito de devir-mulher conforme apresentado por Deleuze e Guattari em Mil Platôs. O devir-mulher na historiografia abre possibilidades de questionamento dos jogos essencialistas de identidades formadas pelas narrativas históricas hegemônicas determinantes das políticas de gênero e sexualidade e traz possibilidades de produzir novas subjetividades ainda não capturadas pela forma de existir da colonialidade patriarcal. Nesse sentido, o devir-mulher, como devir minoritário, como resistência, subverte os discursos marcados pelo poder patriarcal, reivindica modos específicos de ser sujeito, transpõe, dribla, constrói linhas de fuga, produz saberes/poderes particulares, locais, regionais, diferenciados, não unânimes e politicamente divergentes e convoca a criação de uma história outra. Trata-se, agora, de uma história que não aprisiona os corpos, os pensamentos, as sensibilidades.
ResumoNão há futuro para a história das mulheres sem um permanente exercício arqueológico da memória, porque sem ela não se pode construir nem resguardar a identidade. Até porque a memória é matéria prima da história, e a própria realidade é marcada por elaborações, interpretações que os sujeitos fazem dela, marcadamente subjetivas, ao longo do tempo. Trabalhar com estudos de gênero, e consequentemente a produção intelectual feminina sobre a historiografia, exige que nós a entendamos como uma bem arquitetada invenção -política, social, cultural. As mulheres, e também os homens, são simplesmente um efeito de práticas discursivas e não discursivas. Portanto, reconhecer os discursos e as práticas que nomearam as mulheres, o lugar social, as tarefas, as atribuições, e também a subjetividade feminina é uma tarefa primeira que necessita ser teorizada no âmbito da história. Palavras-chave:Gênero. Memória. Historiografia. AbstractThere is no future for women's history without a permanent archaeological exercise of memory, because without it you cannot build or protect the identity. Partly because the memory is raw material of history and reality itself is marked by contracts, interpretations that the subjects make it markedly subjective, over time. Working with gender studies, and consequently the female intellectual production on the historiography requires us to understand it as a well architected invention -political, social, cultural. Women, and also men, are simply an effect of discursive and non-discursive practices. Therefore recognize the discourses and practices that have appointed women, social place, tasks, assignments, and also the first female subjectivity is a task that needs to be theorized as part of the story.
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