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OBJETIVO: Correlacionar os domínios da qualidade de vida com a percepção da qualidade de vida total de indivíduos com a Doença de Parkinson.MÉTODOS: Estudo descritivo e observacional com indivíduos diagnosticados com a Doença de Parkinson, residentes no município de Montes Claros, MG, Brasil, e assistidos em duas clínicas da cidade. Foi utilizado um questionário abordando fatores sociodemográficos, hábitos de vida e perfil antropométrico. Ademais, foi aplicado o questionário Parkinson Disease Questionary-39 (PDQ-39) para avaliar a qualidade de vida. Posteriormente, os resultados foram classificados entre os estágios um a cinco da Escala de Estadiamento Hoen e Yahr. A análise de dados foi realizada no programa Statistical Package for the Social Sciences for Windows, versão 21.0. Para efetuar as correlações, as variáveis passaram por análise de normalidade através do teste de Shapiro-Wilk e teste de Spearman.RESULTADOS: Participaram do estudo 22 indivíduos (12 homens e 10 mulheres) com idade média de 70,82 anos, variando entre 53 a 91 anos, e tempo de evolução da doença de 7,82±5,85, variando entre 1 e 20 anos. As piores percepções sobre a qualidade de vida estão relacionadas ao domínio Mobilidade, com média de 55,67% de comprometimento e, ao domínio Bem-estar emocional, com 47,16%. Verificou-se alta correlação entre o escore total do PDQ-39 com os domínios Mobilidade (p <0,001) e Comunicação (p<0,001).CONCLUSÕES: Houve correlação significativa entre o comprometimento da qualidade de vida dos pacientes com diagnóstico de Doença de Parkinson analisados por meio do questionário PDQ-39, com os domínios Mobilidade, Bem-estar emocional e Comunicação.
Introdução: A gestação em mulheres portadoras de doença falciforme (DF) associa-se a elevadas taxas de morbimortalidade materna e fetal. A doença sustentada crônica causa, ao longo dos anos, eventos vasoclusivos capazes de causar complicações cardiovasculares progressivas. Hipertensão pulmonar, insuficiência cardíaca, arritmias, doenças renais e morte súbita estão entre essas complicações. A anemia falciforme está associada principalmente a crescimento fetal restrito, mortalidade materna e perinatal. Relato de caso: Gestante de 27 anos, portadora de doença falciforme, Gesta 1, com idade gestacional de 26 semanas e dois dias, comparece à consulta de pré-natal queixando-se de ortopneia e dispneia paroxística noturna leve. Ao exame físico, apresentava-se hipocorada, com edema de membros inferiores (2+/4+) e pressão arterial 155 × 96 mmHg. Eupneica em ar ambiente. Os exames laboratoriais revelaram: anemia microcítica e hipocrômica, hemoblobina 6,2 g/dL e hematócrito 18,3%, enzimas hepáticas elevadas pró-peptídeo natriurético (BNP) 785 pg/mL e proteinúria. Indicou-se internação hospitalar. A paciente evoluiu com manutenção dos níveis pressóricos elevados e hipoxemia, com necessidade de aporte de oxigênio para a manutenção da saturação de O2. Houve melhora parcial do quadro com transfusão de duas unidades de concentrado de hemácias. O alvo do tratamento era manter a hemoglobina acima de 8 mg/dL. O ecocardiograma transtorácico mostrou hipertensão pulmonar e miocardiopatia com fração de ejeção normal. A avaliação do bem-estar fetal foi feita com ultrassonografia e dopplervelocimetria. Prescreveu-se corticoide para a maturação pulmonar fetal. A pressão arterial foi controlada com o uso de metildopa. Com 28 semanas e três dias, verificou-se comprometimento do bem-estar fetal e necessidade de nova transfusão sanguínea para a manutenção da oxigenação materna, tendo sido indicada a interrupção da gestação. O parto cesáreo foi realizado sem intercorrências, com retirada de feto único encaminhado para tratamento em unidade de terapia intensiva neonatal. A paciente evoluiu com estabilização clínica após o parto, mantendo-se estável durante todo o puerpério imediato. Conclusão: Miocardiopatia e aumento de BPN são marcadores de mortalidade em pacientes com anemia falciforme. Doenças hipertensivas e taxas elevadas de pré-eclâmpsia são marcos comuns de gestantes com DF. As complicações conhecidas levam à indução precoce ou à cesariana pré-termo. A piora clínica da paciente, representada por necessidade de hemotransfusões e persistência da hipoxemia em oxigenioterapia, associadas ao comprometimento fetal, levaram à interrupção pré-termo da gestação. Não há estudos consistentes e protocolados sobre o manejo terapêutico de gestantes cardiopatas com anemia falciforme, e, embora a terapia transfusional seja estabelecida, não há evidências robustas de melhora clínica. Os impactos maternos e fetais da doença são intensos, porém terapêuticas sistematizadas que busquem alterar esses desfechos não são, ainda, continuamente exploradas.
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