Os desastres naturais são eventos que podem afetar fortemente o ambiente natural e antropogénico, excedendo a capacidade de autorrecuperação da comunidade local, e que geralmente apresentam consequências trágicas, com perdas de vidas humanas, prejuízos socioeconómicos e impactes ambientais consideráveis. Assim, para prevenir e minimizar estes impactes negativos vários estudos e projetos têm sido desenvolvidos, promovendo uma educação para um desenvolvimento sustentável, contribuindo para a formação de comunidades mais resilientes e com um baixo nível de vulnerabilidade. Este trabalho baseou-se na realização de um inquérito para avaliar o nível de conhecimento dos estudantes no ensino superior sobre procedimentos gerais em caso de emergência, e no caso específico de ocorrência de um sismo, envolvendo 2035 estudantes do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) em cursos de diferentes áreas. Os dados obtidos revelaram que a maioria dos estudantes conhece o número nacional de emergência, sabe identificar as zonas de concentração, contudo apenas 25% demonstra saber como reagir corretamente em caso de sismo. Os resultados são importantes para desenvolver novas estratégias, para a redução da vulnerabilidade das comunidades, promovendo a compreensão do seu papel na redução do risco dos desastres naturais, e a interação e pertinência da proteção ambiental e fortalecimento dos ecossistemas para alcançar este objetivo.
Considerando que o conhecimento dos pictogramas de substâncias perigosas é fundamental para promover atitudes que minimizem impactes no ambiente e na saúde, foi levado a cabo o trabalho que aqui se apresenta, alicerçado nos seguintes objetivos: i) avaliar o nível de perceção dos estudantes de Cursos Técnicos Superiores Profissionais de uma instituição do ensino superior sobre os pictogramas de substâncias perigosas, definidos pelo GHS, ii) compreender de que modo a estratégia formativa trabalhada com os estudantes contribuiu para a mudança conceptual sobre a interpretação dos pictogramas de substância perigosas e iii) realçar a importância do conhecimento dos pictogramas de substâncias perigosas de forma a minimizar o potencial de ocorrência de acidentes ambientais, acidentes de trabalho e de doenças profissionais. Foi analisada a compreensão destes pictogramas por parte de 669 estudantes, antes e após formação sobre o tema. A análise dos dados por pictograma em função da área de formação, idade e estatuto de trabalhador estudante ou não, foi efetuada com ferramentas de estatística descritiva e através de testes de hipóteses. Em média, o nível de compreensão correto dos pictogramas após a formação (61.19%) foi superior ao observado antes da formação (30.75%). A formação em risco químico é essencial para melhorar o nível de compreensão dos respetivos pictogramas, e deverá ser valorizada e incluída nos currículos escolares desde a escolaridade obrigatória até ao ensino superior.
Os grandes desastres ambientais têm sido uma realidade ao longo dos vários anos, e com consequências desastrosas para o Homem e para o ambiente que o rodeia. As causas são variadas e será impossível evitá-los na sua totalidade. Contudo, a possibilidade de minimização existe e as escolas terão um papel fundamental, no sentido de consciencializar e formar os alunos no reconhecimento e atuação perante alguns perigos e riscos. Os sinais de segurança são um exemplo, desde que os saibamos descodificar para assim podermos agir em conformidade. O trabalho que aqui se apresenta pretende destacar a importância da formação e informação dos jovens adultos que estão ou estarão a curto prazo em contexto laboral, nomeadamente os estudantes do ensino superior politécnico de Leiria, como contributo futuro para a mitigação de eventos que possam originar perdas humanas e ambientais insubstituíveis e irreversíveis.Para este estudo foi elaborada uma ficha de trabalho com nove sinais de segurança apresentados de forma aleatória, abrangendo as diferentes tipologias, na qual se pedia a estudantes de Cursos Técnicos Superiores Profissionais, ministrados no Politécnico de Leiria, que elaborassem uma legenda para cada um dos sinais, antes e depois da formação ministrada. Pela análise da informação recolhida, verifica-se que apesar das diferenças existentes ao nível do conhecimento dos estudantes inquiridos no início de cada ano letivo, observa-se que após a formação há melhoria no reconhecimento da sinalética de segurança pela grande maioria dos inquiridos, perspetivando-se assim uma redução dos acidentes com minimização dos impactes ambientais.
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