No presente trabalho apresenta-se uma análise da tradução feita pelo poeta curitibano Paulo Leminski dos poemas do Satyricon de Petrônio. Sendo assim, destacam-se as escolhas e as liberdades adotadas pelo poeta, como também as marcas de seu próprio fazer poético nessas traduções. A análise leva em consideração o processo de “trans-criação” dos poemas, anunciado pelo tradutor a partir de suas próprias convicções teóricas, ou seja, de que a tradução de poesia deve conter o teor de surpresa do texto original, “descriando” para reproduzir também os efeitos materiais.
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Diante da rica fortuna tradutória do Satyricon de Petrônio, o presente trabalho seleciona e coloca em foco duas traduções poundianas da obra. A tradução do classicista e tradutor norte-americano J. P. Sullivan, lançada em 1965 pela editora Penguin Books, e a do poeta e tradutor brasileiro Paulo Leminski, lançada em 1985 pela editora Brasiliense. A partir dessas duas obras, pretendemos demonstrar quais foram os diversos resultados alcançados, no nível da linguagem e da interpretação, comparando trechos coincidentes entre as duas traduções, como produtos da leitura de Pound e sob as influências dos novos hábitos culturais.
Paulo Leminski, poeta curitibano, vivia “longe demais dascapitais”, assim como cantou seu vizinho sulista, HumbertoGessinger, e foi, por muito tempo, rotulado um poeta “marginal”,não apenas por estar à margem da região mais rica e produtiva dopaís, mas também por acreditar que a poesia bastava por si mesma,qualificada pelo poeta um “inutensílio”, pois este acreditava que apoesia era uma força contra a mistificação literária.
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