We studied HIV prevalence and risk factors for HIV infection among fertile women in Luanda for the purposes of obtaining background data for planning of interventions as well as to look into the association of armed conflicts and HIV prevalence in sub-Saharan Africa. The HIV-1 prevalence was 1.7% in an antenatal care group (n = 517) and 1.9% in a family planning group (n = 518). Socioeconomic and sexual background factors did not significantly differ HIV-positive from HIV-negative women. Data on armed conflict factors were matched with HIV prevalence figures among pregnant women in sub-Saharan Africa. The level of armed conflicts was found to be inversely related to HIV prevalence. The low HIV seroprevalence in Luanda is in sharp contrast to the capitals of neighbouring countries. While the spread of HIV may have been hampered by the long armed conflict in the country, it is feared to increase rapidly with the return of soldiers and refugees in a post-war situation. The challenge for preventive actions is urgent. This example may be relevant to other areas with a recent end-of-war situation.
RESUMO A formação em medicina pode gerar grandes responsabilidades ao estudante e provocar diversos problemas comportamentais, psíquicos e físicos. Diante desse fato, evidencia-se a necessidade de problematização de estratégias de Promoção da Saúde física e mental dos graduandos, conforme apontam as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Medicina no Brasil. Este relato de experiência almeja problematizar uma iniciativa do eixo curricular de Saúde Coletiva de uma Universidade Federal brasileira voltada para o aprimoramento de competências relacionadas à Promoção da Saúde. Durante a terceira unidade curricular desse eixo, problematizou-se com os estudantes, por meio do Arco de Maguerez, o aprimoramento de competências relacionadas à Promoção da Saúde e à salutogênese, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e as políticas públicas de saúde, especialmente a Política Nacional de Promoção da Saúde. Com isso, a unidade curricular com essa temática foi construída coletivamente, com diálogo e amorosidade entre discentes e docentes. Partimos da realidade dos estudantes para aprender sobre Promoção da Saúde e, assim, poder transformá-la. As atividades construídas, em um componente do currículo formal de um curso médico, permitiram aprender a relevância e a prática da Promoção da Saúde no cotidiano e se sensibilizarem em relação a elas. Buscou-se realizar ações para a ampliação do bem-estar dos discentes de forma autônoma e libertadora. Assim, empoderados com esses saberes, a unidade foi encerrada em uma atividade construída pelos estudantes por meio dos objetivos pedagógicos propostos. O local em que ela ocorreu se mostrou potente para produzir saúde e constituir-se como cenário de ensino-aprendizagem para a formação médica. Compreendeu-se que a Promoção da Saúde por intermédio de atividades contextualizadas com as realidades e necessidades discentes, inseridas na rotina acadêmica, possui potencial transformador na saúde dos estudantes, preparando-os para uma prática médica ética, relacional, com amorosidade e corresponsabilidade. A experiência foi inovadora, pois enfrentou a incoerência de ensinar a Promoção da Saúde sem praticá-la, em um contexto em que cada vez mais as condições de saúde física e mental dos estudantes de Medicina têm se tornado precárias. Assim, a oportunidade de aprender sobre o tema foi aproveitada para desenvolver competências e vivenciar a Promoção da Saúde na realidade dos estudantes, preparando-os para as intervenções com a comunidade, que ocorreram em seguida. A avaliação da atividade foi positiva, e destacou-se a relevância da Saúde Coletiva na formação médica para pensar as interfaces entre o eu e o outro, nossas semelhanças, diferenças e necessidades de transformações nos encontros que a graduação e a profissão médica proporcionam.
RESUMO As mídias sociais conquistaram significativa importância na vida dos jovens contemporâneos, tanto no âmbito pessoal – para informação, divertimento – quanto no coletivo – para se projetarem como seres sociais e compartilharem informações com várias pessoas quase que instantaneamente. Diante disso, docentes da unidade curricular Saúde Coletiva III do curso de Medicina em uma universidade pública de Minas Gerais perceberam a influência do Facebook® na vida dos discentes e utilizaram-no para atingir objetivos de aprendizagem de conceitos e aplicações práticas de promoção em saúde e prevenção de agravos com a comunidade. A experiência foi conduzida durante dois semestres letivos consecutivos, por duas diferentes turmas do curso. Foi criada uma página do Facebook® com a finalidade de promover a saúde da população por meio de postagens criativas, críticas e acessíveis. Os acadêmicos tornaram-se protagonistas da atividade, uma vez que a escolha das temáticas, a busca ativa por fontes científicas de qualidade, a responsabilidade por cada postagem e o gerenciamento da página foram atribuídos a eles, sendo supervisionados pelos docentes. Obteve-se a interação com a comunidade para além da acadêmica, já que a página foi divulgada para atingir a população como um todo, contribuindo para a educação em saúde e consequentemente para a autonomia do cuidado pelos indivíduos. Dessa forma, as postagens dos discentes alcançaram muitos cidadãos, os quais, além de acessarem informações relevantes sobre saúde, podiam tirar dúvidas e fazer comentários sobre o tema. Portanto, a vivência permitiu o desenvolvimento de competências como Comunicação, Liderança, Atenção à Saúde e Administração e Gerenciamento, preconizadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Entretanto, existem algumas limitações, como a necessidade de acesso à internet e a smartphones. À luz da vivência, pôde-se concluir que o uso de mídias sociais no curso de Medicina é uma forma efetiva de desenvolvimento de competências e de ampliação e consolidação do conhecimento, sendo os acadêmicos sujeitos fundamentais nesse processo, uma vez que a participação ativa deles é requisitada. Dessa forma, é proposta a replicação dessa experiência em outros ambientes de ensino-aprendizagem em Saúde, não somente pelo curso de Medicina, especialmente com utilização desse recurso pela Atenção Básica, favorecendo a formação de profissionais mais comprometidos com o cuidado integrado da população, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Este estudo tem o objetivo de analisar o perfil epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Patrocínio, Minas Gerais, Brasil, no período de 2007 a 2018. Trata-se de uma pesquisa epidemiológica descritiva a partir dos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. Nesta cidade foram notificados 21 casos no período, com uma incidência média de 0,21 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana a cada 10 mil habitantes. O perfil dos indivíduos acometidos foi composto por homens (90,48%), brancos (71,43%), entre 50 e 64 anos de idade (33,33%), moradores da zona urbana (90,48%), com ensino fundamental completo (23,81%) e com a apresentação clínica na forma cutânea (85,71%). Todos os casos eram novos e evoluíram para cura (80,59%). Embora a Leishmaniose Tegumentar Americana se manifeste com uma incidência baixa no município, observa-se a manutenção da sua ocorrência ao longo dos doze anos analisados, figurando-se como uma doença endêmica no local.
A violência está presente em muitas realidades e grupos sociais. Por isso, este estudo busca caracterizar a violência contra as mulheres moradoras de zona rural de Minas Gerais. Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, com dados secundários registrados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2008 a 2017. Em 2015 foi o ano com o maior número de notificações de violência contra mulheres entre 25 e 39 anos (47,8%), negras (56,92%) e menos escolarizadas (40,43%). As vítimas foram agredidas principalmente na face (31,5%), o agressor era do sexo masculino (70,41%), e a violência foi praticada na residência da própria vítima (81%), sem o uso de arma de fogo. Além disso, 45% das mulheres relataram que a violência era recorrente e que em 39% dos casos o agressor fazia uso de álcool antes da agressão. A maioria dos casos de violência contra moradoras rurais foi psicológica e/ou moral.
Introdução: A meningite é uma inflamação aguda das membranas que revestem a medula espinhal e cérebro causada por uma ampla variedade de fatores etiológicos. Atualmente, esta doença representa um agravo em saúde endêmico no Brasil. Objetivos: descrever os casos de meningite ocorridos na cidade de Uberaba, Minas Gerais, entre os anos de 2010 a 2017. Método: estudo epidemiológico, descritivo, em que foram analisados dados disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, compreendendo os casos notificados de meningite entre o período de 2010 a 2017. Resultados: Observou-se um aumento no número de casos de meningite entre os anos de 2010 a 2017, com maior frequência no intervalo de 2016 a 2017, onde verificou-se um incremento de 121% na incidência da doença. Além disso, 20,7% dos pacientes atendidos não tiveram seu agente etiológico especificamente identificado. Crianças com idade inferior a um ano e com idade compreendida entre 1 e 10 anos foram os indivíduos mais acometidos pela doença. Conclusão: Houve um aumento dos casos de meningite na cidade de Uberaba e que tal frequência foi superior ao ocorrido no Estado de Minas Gerais. Além disso, parte dos casos da doença ainda permanece com seu agente etiológico não identificado. Introduction: Meningitis is an acute inflammation of the membranes lining the spinal cord and brain caused by a wide variety of etiological factors. Currently, this disease represents an endemic health problem in Brazil.Objectives: To describe the cases of meningitis that occurred in the city of Uberaba, Minas Gerais, between 2010 and 2017. Method: a descriptive epidemiological study, which analyzed data provided by the Department of Informatics of the Brazilian Health System on reported cases between 2010 and 2017. Results: There was an increase in the number of cases of meningitis between 2010 and 2017, with a more significant frequency in the period from 2016 to 2017, where there was an incidence rise of 121%. Besides, 20.7% of the treated patients did not have their etiological agent specifically identified. Children under one year-old and aged between one to 10 years were the most affected by the disease. Conclusion: There was an increase in cases of meningitis in the city of Uberaba and that such increase was higher than in Minas Gerais state. Also, some cases of the disease remain with their etiological agent unidentified.
O uso de filmes enquanto estratégia pedagógica para educação em saúde no ensino superior é uma forma efetiva de promover debate e reflexão através de recursos que despertem o interesse entre discentes. Objetivo: relatar a experiência de uma Liga Acadêmica de Saúde da Família e Comunidade, vinculada a uma faculdade de medicina de Minas Gerais, ao fazer uso de filmes para propor debates em saúde pública na Universidade, através de um projeto intitulado CineSUS. Métodos: A definição dos filmes e temática de cada evento era acordada em reuniões semanais da própria liga acadêmica. O evento foi delineado para ocorrer em um anfiteatro e, após exposição dos filmes, para que fosse realizado um diálogo entre os presentes sobre a temática trabalhada no curta ou longa-metragem. A tema de cada evento foi definido com base no Calendário de Saúde, disponibilizado pelo Ministério da Saúde do Brasil. Resultados: O projeto resultou na realização de cinco eventos que contaram com a presença de discentes de cursos da área da saúde e permitiu abordar, através do diálogo, temáticas relativas à homofobia, criação do Sistema Único de Saúde, cuidado em saúde mental, racismo e violência contra a mulher. Conclusão: Conclui-se, que eventos que fazem uso de recursos audiovisuais com subsequente debate sobre a temática abordada no filme servem para desenvolvimento de um olhar crítico-reflexivo entre os presentes, no que concerne às populações vulneráveis e políticas de saúde pública, bem como para desenvolvimento de competências para melhor trabalho em equipe entre seus propositores.
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