Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a suspensão da realização dos rituais das exéquias em tempos de pandemia de Covid-19, em função das medidas sanitárias governamentais implementadas, a fim de evitar o alastramento do vírus. Se para a Igreja Católica Apostólica Romana a realização da liturgia das exéquias antes do sepultamento é uma forma, entre outras, de acompanhar os momentos finais da pessoa falecida, entregando-a a Deus, bem como uma oportunidade para proferir uma palavra de conforto e de esperança às pessoas enlutadas, este texto, por meio de uma pesquisa bibliográfica e documental, procura pensar em que medida a não realização desse serviço religioso deixa uma lacuna na atuação pastoral da instituição. Importante destacar que a suspensão do ritual das exéquias no contexto pandêmico não diz respeito a toda a Igreja Católica, mas a situações específicas e localizadas, como a da cidade de Campinas (SP), onde parte das cerimônias exequiais deixou de ser realizada.
O objetivo primário deste artigo é propor que as relações de diálogo ecumênico no contexto latino-americano são marcadas por uma caminhada não linear, com avanços e recuos. Para tanto, por meio de pesquisa bibliográfico-documental e de caráter exploratório, são apresentadas orientações a respeito do ecumenismo na perspectiva da Igreja Católica Apostólica Romana, principalmente por meio de decisões do Concílio Vaticano II (Roma, 1962-1965), bem como por suas reverberações nos textos das conferências gerais do episcopado latino-americano, realizadas em Medellín (Colômbia, 1968), Puebla (México, 1979), Santo Domingo (República Dominicana, 1992) e Aparecida (Brasil, 2007). Tais indicações, marcadas por uma perspectiva favorável ao movimento ecumênico, são colocadas em contraste com outras perspectivas de documentos, eventos e fatos históricos (católicos e não católicos) que apontam para uma compreensão contrária ou, pelo menos, marcada por resistência ao ecumenismo. A título de exemplo, este trabalho propõe que as objeções internas de setores da Igreja católica à Campanha da Fraternidade 2021, realizada de forma ecumênica pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), apesar de serem apontadas pela mídia como uma novidade, são, de fato, mais um capítulo da história ecumênica, marcada por movimentos de aceleração e de frenagem.
O objetivo deste trabalho é refletir de que forma a pandemia da COVID-19, principalmente no aspecto do tratamento dado à doença por autoridades públicas, pode reforçar a perspectiva moderna de conceber a morte como um tema tabu. Para tanto, faz-se importante tomar Ariès (2017) como referencial teórico e apresentar as diferentes atitudes diante da morte propostas por esse autor: morte domada, morte de si mesmo, morte do outro, morte interdita e morte invertida. Ao retomar tais perspectivas, o artigo dá ênfase às duas últimas, as quais são importantes para contextualizar a morte como tabu em um contexto de modernidade. Em seguida, o texto pretende discutir em que medida uma leitura negacionista da pandemia da COVID-19, presente em discursos governamentais, contribui para um processo de reforço à dimensão da morte como interdito, com ênfase à banalização da morte e ao silenciamento do luto na sociedade.
No abstract
Este artigo apresenta uma breve reflexão acerca do termo cultura midiática, bem como sobre o impacto deste conceito no discurso e na ação evangelizadora da Igreja Católica Apostólica Romana. Para tanto, recorre a uma retomada ao Concílio Ecumênico Vaticano II, o qual, sob esse aspecto, contribuiu em duas dimensões: primeiro, ao propor que a Igreja Católica estabelecesse canais de diálogo com o mundo contemporâneo; segundo, pela promulgação do “Decreto Inter Mirifica sobre os meios de comunicação social”, que configurou-se como um divisor de águas na forma como a instituição católica passou a posicionar-se sobre a o mundo da mídia, bem como sobre os diversos caminhos de atuação neste cenário. Ao articular os campos da cultura midiática e Igreja Católica, este texto busca contribuir com o tema central do evento que o inspirou, qual seja, a universidade católica e a cultura. Como principal referencial teórico buscou se reflexões da autora Joana T. Puntel, religiosa paulina e pesquisadora na área de comunicação.
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