Este artigo apresenta uma abordagem bíblica que dialoga com migração, trabalho e identidade. Privilegia a abordagem de gênero e a perspectiva africana e caribenha de interpretação do texto bíblico. A provocação inicial e final é a experiência de migração de brasileiros no exterior e de estrangeiros migrantes no Brasil. O migrante, em condição servil, de pobreza e marginalização sempre faz o trabalho que os autóctones não querem mais fazer. A menina-serva de Naamã (2 Rs 5,1-27) e o eunuco-etíope-servo do palácio de Zedequias (Jr 38,1-13), personagens sem nome, foram instrumento de libertação para aqueles que lhes eram próximos por meio do seu trabalho.
O artigo apresenta mecanismos de sobrevivência em tempos de fome usados com a criatividade feminina de duas mulheres, viúvas e migrantes em Rute. Uma parceria improvável entre sogra e nora evidencia a força de sobrevivência de duas mulheres bíblicas, que, ao contrário dos pares antagônicos normalmente encontrados no texto bíblico, aparecem em cumplicidade e colaboração, demonstrando que nenhuma crise alimentar é vencida se os “opostos” não estiverem dispostos a ser parceiros.
O presente artigo apresenta o produto da tese em andamento com base na ética relacional do pensamento processual de Alfred North Whitehead na resolução de conflitos. Partimos de alguns conceitos-chave apresentados por Whitehead em sua obra Processo e Realidade aplicando-os a conflitos no ambiente do trabalho, em especial nas organizações que adotam políticas de inclusão e realizam ampla contratação de pessoas do segmento LGBT+, mas não desenvolvem competências no cuidado das relações humanas, demitindo colaboradores destes segmentos em profusão e provocando aumento de custos com rotatividade funcional.
Este artigo procura encontrar os fundamentos para leis relativas à lepra e tantas proibições referentes à casamentos mistos e outras espécies de miscigenação. As leis do Levítico funcionavam como normas de saúde pública e os sacerdotes presentes em Judá no pós-exílio eram também agentes da “vigilância sanitária” no Antigo Israel. Passa pelas mudanças de dimensão que o exílio assume de acordo com os avanços das pesquisas arqueológicas, examina as diferenças de estilo de vida entre autóctones e golah, mostra a partir de que ponto a miscigenação passou a ser um grande problema para Israel e estabelece o cenário que proporcionou o surgimento das leis proibitivas de casamentos mistos e interditantes sobre a lepra, além de certas espécies de atos sexuais. A título de conclusão, estabelece a ponte que transformou preceitos de saúde pública em leis divinas e mostra como até hoje estes preceitos permeiam o comportamento de tantos descendentes do povo de Israel.
O presente trabalho tem o objetivo de destacar o estado da arte da pesquisa sobre Alfred North Whitehead realizada no Brasil considerando como fonte de pesquisa as bases digitais de teses e dissertações a partir de 1985. Em nosso processo de revisão bibliográfica, constatamos que a UFRJ é a instituição de ensino superior que mais produziu teses e dissertações sobre o referido autor e a maior quantidade de pesquisas realizadas se deu no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em seguida sumarizamos vida e obra bem como delineamos sua epistemologia: o pensamento processual.
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