RESUMO:Neste artigo, pretendemos apresentar algumas concepções de infância representadas na literatura. Ao levarmos em conta que a infância é uma construção social, teremos diferentes concepções em diferentes épocas e lugares, sendo a literatura, destinada tanto ao público infantil como ao adulto, um espaço privilegiado para essa representação. Este artigo resulta de nossa pesquisa de doutorado, cujo tema é a Literatura Infantil fora do livro. ABSTRACT:In this article, we intend to present some of childhood conceptions represented in literature. By taking into account that childhood is a social construction, there will be different conceptions in different times and places and, aimed at children as well as at adults, literature is a privileged space for representation. This article is a result of our doctorate research, whose theme is Children´s Literature beyond the book. PALAVRAS-CHAVE:Concepções de infância; Literatura; Literatura infantil KEY WORDS: Conception of childhood; Literature; Children's literature Ao se propor um estudo sobre literatura infantil, é imprescindível que se pense em seu público leitor por excelência, a criança e, por continuidade, a infância.As concepções sobre a infância são as mais variadas possíveis.Assim, não se pretende esgotar o assunto, mesmo porque as polêmicas são diversas. Espera-se, portanto, apontar algumas considerações que elucidem melhor a infância e a criança, esse leitor privilegiado da literatura infantil.
A bela e congelante Rainha da Neve, do conto homônimo de Hans Christian Andersen (Snedronningen, The Snow Queen, 1844), adquire sobrevidas em outras narrativas, tanto literárias como audiovisuais, permanecendo ainda viva no imaginário contemporâneo. Esse conto andersiano, de tessitura complexa, construído no contexto do romantismo, entre o espiritualismo cristão e o maravilhoso pagão, constitui-se em uma narrativa de formação, um rito de passagem da infância para a vida adulta, do qual depreendemos tanto o prenúncio para a morte, como os primeiros contatos com sexualidade. Este artigo propõe-se a analisar as simbologias depreendidas dessa misteriosa personagem refletidas, ou não, em suas refigurações Jadis, a feiticeira branca de As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis e Elsa, da animação Frozen: uma aventura congelante (Disney, 2013) com destaque para o protagonismo feminino.
RESUMO: Houve um tempo em que a literatura e jornalismo caminhavam juntos e textos literários podiam ser encontrados em diversas publicações. Há vários estudos quanto à relação entre esses campos, suas confluências e divergências, seus produtores
A fome, a miséria, a guerra, perseguições e violações dos direitos humanos, enfim, questões políticas e sociais de toda ordem, têm obrigado milhares de pessoas a abandonar suas casas, famílias e pátria em busca de refúgio, esperançosas de retornar um dia, ou reconstruir suas vidas em terras distantes, ou simplesmente viver. Segundo a Acnur, (Agência da ONU para Refugiados), em 2020, o número de refugiados no mundo ultrapassou 80 milhões, sendo que apenas 30% são considerados formalmente como tais, considerando que mais de 4% ainda não encontraram refúgio, além dos incontáveis mortos durante frustradas tentativas de fuga. Na história, na mitologia e nas artes em geral, antigo é o tema da migração forçada , dos refugiados, pessoas exiladas, perseguidas, vivendo na diáspora, dentre elas muitas crianças, compondo o retrato perverso e atual de uma sociedade doente e em constante ebulição. A literatura está repleta de exemplos em que crianças protagonizam tão dura realidade. Pensando na literatura infantil, nossa área de estudos, levantamos alguns questionamentos: Como são figuradas as crianças refugiadas na literatura infantil? Que concepções de infância podemos depreender de narrativas que abordam temas tão sensíveis, histórias de sofrimento, abandono e resiliência? Com o objetivo de refletir sobre tais questões, propomos a análise da obra Dois meninos de Kakuma, de Marie Ange Bordas. Destacamos que a infância é uma construção social, condicionada a questões culturais, filosóficas, econômicas e por muitas vezes religiosas, assim, a partir de uma perspectiva social e histórica, podemos dizer que não existe somente uma infância, mas várias. Como aporte teórico, utilizaremos Marisa Lajolo, Regina Zilberman, Philippe Ariès, Collin Heywood, Carlos Reis e Walter Benjamin.
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