Introduzindo o foco do estudoPensar em educação e, por extensão, no processo de escolarização básica implica considerar os aspectos socio-históricos que circunscrevem o fenômeno educacional formal. Devido à multiplicidade de interferências que afeta esse campo, detemo-nos a analisar um pequeno, mas significativo, recorte da problemática -a formação continuada de educadores. Nesse sentido, é fundamental repensar a formação continuada em serviço, que historicamente é decidida e pensada em gabinetes dos sistemas de ensino e/ou escolas para serem apenas executadas nas unidades escolares.O estudo, pois, diz respeito à relevância da formação continuada em serviço, o que aponta para a escola como o locus essencial ao desenvolvimento da reflexão sobre a própria prática pedagógica. Todavia, refletir sobre a própria prática não é algo fácil e tampouco é uma decisão deliberada por parte da maioria dos docentes. Ao coordenador pedagógico cabe o papel de mobilizar o corpo docente a revisitar crítica e reflexivamente sua ação pedagógica, tendo em vista a sua condição de membro orgânico, vinculado diretamente com a coordenação, o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação do processo didático e pedagógico na escola.Portanto, cabe ao coordenador pedagógico fomentar a formação continuada em serviço, privilegiar espaços e tempos para que essa formação aconteça de maneira produtiva, em uma perspectiva de desenvolvimento profissional docente. Desse modo, entendemos que ambos (professores e coordenadores pedagógicos) aprendem, pois ao ensinar também se aprende. Alarcão e Tavares, ao conceber o supervisor como um orientador da prática pedagógica, afirmam que esse deve "criar junto do professor, com o professor e no professor um espírito de investigação-ação" (1987, p. 44).Como, então, o coordenador pedagógico pode conduzir um processo de análise e de crítica com os docentes da escola? Entendemos que esse exercício não é algo fácil e não se faz sem um mínimo de clareza epistemológica sobre como se ensina e como se aprende. Nesse sentido, o professor precisa, constantemente, reavivar os atos que organiza com o intuito de ensinar ao estudante. Para tanto, o coordenador pedagógico também necessita revigorar, continuamente, seu processo formativo, encharcando-se de novo ânimo, aprimorando seu referencial teórico e, em consequência, sua capacidade crítico-reflexiva.Destacamos que esta escrita embasa-se nas falas e nos registros realizados no transcurso de três edições do curso de extensão Formação continuada de coordenadores pedagógicos, desenvolvidas em
Este texto apresenta resultados de uma pesquisa que teve o objetivo de analisar, de forma comparativa, como a formação continuada está prevista nos Planos Estaduais de Educação do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para a década 2014-2024. Trata-se de uma pesquisa documental que tem como fontes de informação os respectivos Planos Estaduais de Educação em vigência. A pesquisa está ancorada em Gatti (2008), Marcelo Garcia (1999, 2009), Nóvoa (1992, 2009) e Tardif (2002). O artigo está organizado em três partes: na primeira, problematizam-se as diversas concepções e formas de organização e desenvolvimento sob o rótulo de “formação continuada de professores”. A segunda parte traz uma análise da proposta de formação continuada de professores, presente no atual Plano Nacional de Educação. Na terceira parte realiza-se uma triangulação entre essa proposta e os Planos Estaduais de Educação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Em síntese, pode-se concluir que os planos estaduais analisados estão alinhados ao plano nacional, atribuindo considerável espaço e visibilidade à formação continuada de professores da educação básica. Porém, ainda se faz necessário avançar na definição de uma concepção epistemológica formativa, bem como no planejamento e avaliação de ações articuladas nos âmbitos federal, estadual e municipal.
A pesquisa teve por objetivo compreender como ocorre a aprendizagem da docência em licenciandas em formação inicial, destacando processos e contextos (ILLERIS, 2013; LAVE, 2013) que as oportunizaram. Analisaram-se narrativas produzidas em grupos focais pelas acadêmicas sobre seu primeiro estágio curricular supervisionado na educação básica. As aprendizagens enfatizadas incluem conhecimento dos sujeitos com que trabalharam e compreensão da docência como profissão. Os contextos de aprendizagem mais citados foram universidade e escolas. Em síntese, há aprendizagens diversas sendo (re)construídas, oriundas tanto de processos individuais como também provenientes de interações com outros sujeitos.
O objetivo do presente texto é analisar legislações nacionais que sugerem a responsabilidade das instituições de educação superior federais em planejar e desenvolver ações de formação continuada aos seus docentes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa quanto à abordagem do problema, exploratória quanto ao objetivo e documental quanto aos procedimentos. A discussão está ancorada em Alvarado- Prada, Freitas e Freitas (2010), Behrens (2007), Pachane (2006), Pimenta e Anastasiou (2003), Soares e Cunha (2010), dentre outros. O artigo é composto por duas partes. A primeira apresenta os principais aspectos das referidas leis e a segunda analisa os pontos que podem repercutir em promoção de formação continuada para docentes do magistério superior. A análise da legislação nacional indicou tímida discussão sobre a docência e seus saberes nos cursos de mestrado e doutorado; enfoque dos cursos stricto sensu na pesquisa; escassas estratégias que garantam implementação de política de desenvolvimento de pessoal para professores de magistério superior, embora o desenvolvimento profissional desses professores seja bastante considerado em políticas externas de avaliação da educação superior. Em síntese, não há política nacional de formação continuada para docentes universitários, porém, há legislação que obriga as instituições federais de educação superior a ofertar política de desenvolvimento de pessoal em nível de capacitações – não de formação continuada - para técnicos-administrativos e docentes.
O presente ensaio tem por escopo analisar alguns desafios que ainda se fazem presentes em relação a políticas de avaliação da educação superior brasileira. Nosso problema de pesquisa centra-se em responder: que desafios as políticas educacionais brasileiras precisam enfrentar no que diz respeito à avaliação da educação superior? O ensaio é resultado de uma pesquisa de natureza qualitativa quanto à forma de abordagem do problema, bibliográfica no que se refere aos seus procedimentos e exploratória quanto aos seus objetivos. O texto está organizado em duas partes: a primeira discute sobre as relações que são estabelecidas entre princípios e fundamentos da avaliação educacional e a qualidade da aprendizagem na educação superior; a segunda parte aponta desafios da avaliação da aprendizagem na educação superior frente a políticas educacionais nacionais.
A obra “Juventudes Brasileiras – questões contemporâneas” apresenta estudos diversos sobre as Juventudes, considerada como tema atual e fértil para investigação. É uma área do saber complexa, plural e que instiga muita reflexão, principalmente, em um país tão diverso como o Brasil. O livro, publicado em 2021, é organizado por Victor Hugo Nedel Oliveira e Rosane Castilho e composto por 15 textos, além da Apresentação. Todos os capítulos tiveram, como contexto, a relação dos jovens no meio social atual. O livro tem aproximadamente 27 pesquisadores e envolve mais de 19 instituições. O primeiro capítulo, de Victor Hugo Oliveira e Andreia dos Santos, intitulado “’Gripezinha? Não! Algo muito grave e preocupante’: as percepções de jovens de Porto Alegre (RS) em relação à pandemia da Covid-19”, aborda percepções e preocupações dos jovens em relação à pandemia. O estudo demonstrou que os jovens, em sua maioria, têm conhecimento sobre a importância das medidas protetivas para diminuir a disseminação do covid-19 e apontam a despreocupação do governo e seu negacionismo sobre a pandemia. O texto afirma que os jovens estão atentos a sua realidade social, com percepção e preocupação social, já que isso afeta direta e significativamente suas vidas. O segundo capítulo, de Rosane Castilho, tem como título “O povo quer saber: nos meios acadêmicos, quanto vale um pesquisador de juventudes?”. A autora destaca que a pesquisa é um processo que se organiza de maneira sistemática, mas que, até o final de seu percurso, pode sofrer alterações, pois, ao pesquisar, não se tem total domínio sobre o que pode vir a acontecer, precisando, no processo, redirecionar objetivos e metodologia, buscando novos meios de desvelamento do objeto proposto pelo estudo. Sobre a pergunta do título, ela afirma que a resposta estaria “atrelada ao status da instituição e dos grupos de elite aos quais o mesmo se vincula, pela via da chancela que sustenta o seu poder ou determina a sua ‘subalternidade’ no campo acadêmico” (p. 40). E, de outro lado, tem-se em mente os saberes já construídos e que são prerrogativas para a pesquisa, além da curiosidade de desvelar novos saberes. “Os tipos de violências e seus efeitos na convivência escolar: o que pensam as/os jovens”, de Shara Adad e Vanessa dos Santos, é o terceiro capítulo. As autoras destacam que é preciso desmistificar e desvelar as potencialidades desse público, que tem muito a mostrar por meio da música, da poesia, da arte, da dança, do teatro. O texto cita a pesquisa Sociopoética, cujo primeiro ponto é “as violências na relação com a convivência no espaço escolar” (p. 48); sendo que, nesse modelo de pesquisa, tem-se os facilitadores de oficinas (pesquisadores) e os copesquisadores (público-alvo). Existem diversos tipos de violência, dentre eles, Bagunça-na-cabeça-dor da violência-carinha-triste-na-escola, que se refere às relações familiares e sua precarização; Formas de Violência-olhos-não-têm-um-nome-bocas-bullying, que faz referência ao preconceito, julgamento, humilhação, até mesmo o bullying pode ser considerado como um assédio moral. As autoras salientam a importância da escuta e do diálogo, pois influenciam os jovens a falarem sobre seus sentimentos, medos, inseguranças. “Pertencimento religioso e atuações juvenis na escola de ensino médio” é o título do estudo de Ana Porelli, Douglas Bortone, Luís Groppo e Dirce Pacheco e Zan, que compõe o quarto capítulo da obra. O texto discute o pertencimento religioso, experiências religiosas de jovens e como isso influencia o engajamento na política, bem como a mudança de religião, após as ocupações secundaristas que ocorreram entre 2015 e 2016. Os autores apontam que os jovens estão reconstruindo seus caminhos, suas identidades, sendo que essa reconstrução está passando pela religiosidade, pela educação escolar e pela política. Para os autores, conhecer como os jovens têm vivido a religiosidade é importante para entender possibilidades e riscos da relação entre religião e política.“Juventudes brasileiras e participação política no contexto das tecnologias digitais” é o quinto capítulo, assinado por Aline Camargo. Diante de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, observou-se a descredibilidade que os jovens têm na política atual. Quais os meios que os jovens encontram para manifestarem sua participação? O espaço encontrado e cada vez mais buscado por eles vai desde as petições, passando pelos projetos de iniciativa popular, até as mobilizações e representações juvenis dentro dos espaços públicos. Estudiosos acreditam que as mídias sociais são um meio de empoderamento social em vista do bem coletivo, dando-se pela dimensão política e da comunicação. O texto aponta que as redes sociais têm sido um espaço importante para ampliar, divulgar, expor, informar sobre as organizações de grupos sociais, sobre mobilizações, além de ser um espaço de divulgação de assembleias, plebiscitos e da própria opinião, seja singular, seja plural. O sexto capítulo, intitulado “A docência universitária e as juventudes: ampliação das relações pedagógicas em uma perspectiva humanizadora”, de Caroline Bellenzier, Simone Guerra e Altair Fávero, trata da docência e a heterogeneidade atual. Como administrar a docência universitária e como pensá-la em âmbito humanizador? Os autores afirmam que a docência universitária perpassa o ensino teórico e abrange as dimensões e transformações sociais e históricas. Defendem que os profissionais que saem da universidade sejam ativos na sociedade, comprometidos e não meros executores. A partir dos momentos que o professor entende-se como educador e deixa o aluno tomar as rédeas de sua própria educação, além de ensinar, um estará aprendendo com o outro, formando um profissional dedicado a si mesmo, seus estudos, suas reflexões e discussões. Por fim, defendem que é preciso pensar uma educação humanizadora que vai permitir aos jovens sentirem-se protagonistas e não meros ouvintes de sua formação. No capítulo intitulado “Educação, cultura e juventude: uma experiência sensível na prática de Artes Visuais”, Marise de Souza, Nádia Alves e Poliana de Jesus discorrem sobre a escola como um espaço significativo de “possibilidades, experimentações e elaborações de diferentes percepções do real” (p. 127). E, assim, a arte apresenta-se como um importante meio de expressão das subjetividades dos sujeitos, pois, na medida que se conhece o mundo, conhece-se a si mesmo. Segundo as autoras, no cotidiano, os jovens assimilam experiências e informações recebidas, elaborando novos significados. Há de se ressaltar a importância das redes sociais como um importante meio de democratização do conhecimento. As autoras indicam a significativa contribuição da disciplina de Artes, já que os jovens expressam o que sentem, o que conhecem, o que querem mudar.Na sequência, Maria Luisa Carvalho apresenta o texto “Juventude e economia solidária: potencialidades e desafios para inserção da juventude no trabalho a partir de uma perspectiva emancipatória”. Para a autora, a pandemia do covid-19 agravou a situação educacional e trabalhadora dos jovens. Por isso, propõe a economia solidária como um meio para a inserção dos jovens no campo estudantil e de trabalho diante de um enfoque emancipatório. A economia solidária tem, como enfoque, “práticas de produção, comercialização, consumo e finanças pautadas em princípios da solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e solidário e autogestão” (p. 151). É nesse tipo de economia que o sujeito desenvolve a autogestão e espaço para romper os paradigmas ditados pela sociedade, deixando de ser objeto, espectador e passando a ser protagonista. Embora, pelas desigualdades existentes, seja difícil essa economia ser implantada, pois, dentro dessa realidade, ela corre o risco de se tornar mais um meio capitalista, que não é o seu foco. O texto de Camila Dutra trata sobre “Juventude invisível: uma análise sobre a interface da relação entre espaço escolar, violências e as crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional”. Traz uma reflexão sobre juventude dentro da relação família, sociedade, educação, escola e quais as maiores dificuldades em garantir uma educação igualitária, que respeite e seja justa para todos os jovens. A frase “educação se aprende em casa, na família” é muito conhecida por todos, mas como aprender educação se a pessoa está inserida em uma realidade de violência? Qual é a visão social, cultural, educacional perante essas situações? Dentre as violências mais comuns estão: física, psicológica e sexual; no âmbito escolar, o bullying e o cyber bullying. Para a autora, a escola tem o papel de, por meio do ensino, promover a reflexão e a autonomia dos alunos para agirem, serem protagonistas de sua educação e de sua transformação social, já que mais do que reprodução de informações, é local de desenvolvimento afetivo e moral. No capítulo seguinte, Wagna Gonçalves discute “A percepção da juventude como agente do desenvolvimento: uma análise crítica a partir dos enfoques da OIT”. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é “responsável pelo estabelecimento e monitoramento de padrões trabalhistas” (p. 188) e vale-se, principalmente, da relação entre as dimensões política, humana e econômica. A autora lembra que o foco sobre a questão do trabalho só veio a explodir nos anos de 1990-2000, evidenciando o desemprego juvenil e, como consequência, a pobreza e o abandono escolar. Por isso, é necessário discutir as condições existentes e que possibilitam ao jovem o desenvolvimento. Aliado a isso, é importante debater sobre o que faz parte do jovem no seu dia a dia, como, por exemplo, violência, criminalidade, drogas, pobreza e desemprego. Portanto, é preciso levar em conta, primeiro, as relações políticas e sociais que determinam as formas de atuação dos jovens no mercado de trabalho. “Diálogos e (des)encontros na escola: (im)possibilidades para a relação entre jovens e adultos”, assinado por Luciana Corrêa e Konstans Steffen, compõe o próximo capítulo. As autoras afirmam que o distanciamento causado pela pandemia e a opção pelas aulas híbridas ocasionaram perda ainda maior da atenção dos jovens, além da sobrecarga de atividades tanto de professores, quanto de alunos. Há de se considerar também que, com a mudança de época, o papel do educador tornou-se complexo. Dentre os fatores que geram distanciamento entre jovens e adultos, está a perspectiva destes que tentam ensinar aqueles com base em suas vivências, que, geralmente, são de outros tempos, em outros contextos. Em contrapartida, não se pode descartar que isso também gera uma troca positiva entre ambos, pois nem tudo que é passado é condenável ou usual. No campo dos desencontros, pode-se destacar a metodologia usada pelas instituições de ensino: todos sentados um atrás do outro e, agora, com a pandemia, houve mais desencontro, visto que a sala de aula tornou-se virtual.“Diálogos entre a sociologia das juventudes e vivências das juventudes negras”, de Isabela Ligeiro, é o título do décimo segundo capítulo. A autora defende a importância do reconhecimento e da valorização das múltiplas vivências das juventudes negras. As escolas têm o papel de se renovar e remodelar para atender toda a demanda jovem que se faz presente nele. Dentro desse ambiente escolar, existem vários fatores que deveriam ser combatidos e que são reflexo da sociedade em que vivemos, tais como: racismo, homofobia, gordofobia, entre tantas outras formas de violência. A autora sinaliza que a resistência ecoa nos mais diversos lugares, desde universidades até espaços sociais, de trabalho, da música, do empreendedorismo, da moda, da fama, da religião, da música. E nesses espaços difunde-se a ideia do valor do jovem negro. Além dos espaços culturais, que, por meio de versos e canções, denunciam o racismo que vivem na pele. Diferente do passado, existem hoje diversos movimentos que denunciam o preconceito, o racismo, a falta de políticas públicas e de conscientização do valor da população negra. “Experiência de cuidado pelo SUS com juventudes na região metropolitana do Rio de Janeiro: itinerários possíveis com jovens vinculados ao CAPS AD”, de autoria de Kássia Rapella e Aluísio da Silva Junior, é o tema do décimo terceiro capítulo. A investigação analisou o atendimento a jovens (entre 15 e 29 anos) cadastrados em um Centro de Atenção Psicossocial de atenção ao uso de Álcool e outras Drogas (CAPS AD). Segundo os autores, infelizmente, o uso exacerbado de drogas nessa faixa etária é frequente, mais que em pessoas adultas e idosas. Importante lembrar que, no Sistema Único de Saúde (SUS), há objetivos que são seguidos, dentre eles: diminuir a desigualdade social e dar assistência psicossocial, principalmente, para usuários de álcool e drogas. O papel do CAPS AD é realizar atendimentos a esses jovens e, mais do que isso, oferecer acolhimento, escuta sem julgamento, dando atenção à saúde deles para que se recuperem.O décimo quarto capítulo, assinado por Plínio de Figueirôa, trata do “Grêmio estudantil: garantias e legislações no contexto da participação dos estudantes na escola”. Grêmio estudantil é um espaço de estudantes que contribuem, questionam, indagam sobre problemas relacionados à educação, à escola, aos alunos e isso se dá de forma voluntária. Além de conhecimento, as escolas são um espaço de desenvolvimento da consciência política dos estudantes, já que é um importante ambiente de: “convivência; aprendizagem; cidadania; responsabilidade e de lutas por direito” (p. 266). Para o autor, são imprescindíveis a participação e o incentivo dos alunos nesses espaços, pois, a partir desse meio político, eles vão criando consciência e dispondo-se a fazer mais pela política também fora do ambiente escolar.Por fim, o décimo quinto capítulo: “Orientação profissional para a educação profissional técnica: um direito estudantil” é assinado por Luciano Curi e Flávia Rodrigues. Os autores afirmam que o questionamento mais recorrente no período inicial do jovem é: o que você quer ser quando crescer? Este, na medida em que se vai avançando na idade, gera grande apreensão aos jovens. No caso das profissões, felizmente, dispõe-se das orientações profissionais que ajudam os jovens a abraçar aquilo que gostam, que querem. A orientação profissional é importante porque desencadeará quem serão, mais do que qual profissão seguirão. Para os autores, é interessante criar políticas públicas educacionais permanentes que ajudem os jovens desde o ensino fundamental até a saída do ensino médio a refletirem sobre o que desejam.Em síntese, os quinze capítulos que compõem a obra discutem temas atuais sobre as juventudes brasileiras, seus dilemas, seus desafios, suas perspectivas e seus diversos contextos dentro de um país com desigualdades sociais, econômicas, educacionais. Desse modo, recomenda-se a obra “Juventudes Brasileiras – questões contemporâneas” a pesquisadores da área e a professores que atuam com essa diversidade de juventudes, seja na educação básica, em cursos profissionalizantes ou na educação superior.
RESUMO: Este artigo discute a formação de professores no cenário das sociedades complexas, tendo como problema central: como compreender os novos desafios da formação de professores a partir das sociedades complexas? Inicialmente, ancora-se em Garcia, Nóvoa, Tardif e Lessard para discutir o conceito e a constituição da formação de professores, bem como os novos desafios para a formação de professores. Após, discute-se os conceitos de 'individualização' e 'socialização' de Norbert Elias e estabelecem-se relações desses conceitos com a formação de professores. Defende-se a posição de que a formação de professores ocorre em diferentes tempos e espaços formativos e em momentos individuais e coletivos, formando uma teia de relações. PALAVRAS-CHAVE:Sociedades complexas. Formação de professores. Individualização. Socialização. Norbert Elias. RESUMEN:El presente artículo discute la formación de los profesores en el escenario de las sociedades complejas, siendo el eje central, la siguiente interrogante: ¿Cómo comprender los nuevos desafíos de la formación de profesores desde las sociedades complejas? Inicialmente,
Resenha do livro "Avaliação do ensino superior: perspectivas mundiais" de autoria de Gionara Tauchen e Altair Alberto Fávero.
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