Objetivo: identificar o grau de dependência à nicotina e dados sociodemográficos segundo o gênero dos pacientes atendidos pelo projeto de extensão Educando e Tratando o Tabagismo promovido por uma universidade pública. Método: estudo transversal, com dados provenientes de 361 prontuários de pacientes que participantes do projeto no período de 2014 a 2018. Realizou-se o teste de Fagerström, por meio do qual classificou-se os pacientes com grau de dependência: muito baixo, baixo, médio, elevado e muito elevado de acordo com a soma dos pontos obtidos nas questões aplicadas. Resultados: a predominância no grau de dependência a nicotina foi observada no sexo feminino com maiores percentuais de classificação para dependência elevada e muito elevada, 33,5% e 25,3% respectivamente. Entre os homens verificouse grau de dependência elevado 28,1% e baixo 21,9%. Contatou-se que o grau de dependência química a nicotina esteve associada a dependência física (valor-p=0,002) e psicológica (valor-p=0,003). Conclusão: a evidência de maior frequência de indivíduos com alto grau de dependência química à nicotina demonstra a importância da associação de terapias medicamentosas com abordagens cognitivas comportamentais por meio de intervenções de enfermagem, relacionadas ao controle e cessação do tabagismo por meio da educação em saúde.
Os avanços da ciência e da tecnologia mudam a dinâmica, obrigando a formação a se transformar para atuar em novos tempos e espaços sociais, culturais, políticos e econômicos. Nesses cenários de convivência humana, os paradigmas educacionais são modificados no âmbito do aprender a ser, alterando a relação entre educador, aluno e objeto da educação.
Objetivo: identificar as dificuldades dos profissionais enfermeiros da rede pública de Ponta Grossa, Paraná, perante a realização do exame Papanicolaou. Métodos: pesquisa descritiva realizada com vinte enfermeiros do município de Ponta Grossa, Paraná, entre fevereiro e abril de 2018. Utilizou-se questionário semiestruturado, fundamentado em conhecimentos específicos da coleta do exame de Papanicolaou. Resultados e discussão: 11 (55%) enfermeiros afirmaram que a graduação não supriu suas necessidades para iniciar a vida profissional, realizando Papanicolaou; 14 (70%) declararam sentirem-se sobrecarregados nas suas atividades assistenciais e administrativas; 11 (55%) conheciam algum tipo de manobra para facilitar a visualização do colo do útero; 12 (60%) coletavam material de fundo de saco vaginal, quando não localizavam o colo do útero; e 18 (90%) participaram de capacitações custeadas pelos gestores e ProjetoPap. Conclusão: os enfermeiros possuem conhecimento sobre a coleta de Papanicolaou, porém não seguem as recomendações do Ministério da Saúde diante das condições desfavoráveis, influenciados por fatores que propiciam um resultado não satisfatório.
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