Objetivo: caracterizar o perfil cínico-epidemiológico das pessoas acometidas por HIV/AIDS, tuberculose e hanseníase no Paraná, entre 2010 e 2019. Método: estudo descritivo, de abordagem quantitativa, com dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. A população foi definida como os casos novos de HIV/AIDS, tuberculose e hanseníase notificados entre 2010e 2019, no Paraná. Para a análise, foram utilizadas técnicas de estatística descritiva. Resultados: entre 2010 e 2019, foram registrados 14.149 casos de HIV/AIDS, 7.868 de hanseníase e 22.147 de tuberculose. Houve predomínio de casosentre homens, com raça/cor branca e ensino fundamental (in)completo para os três agravos. Evidenciou-se maior número de notificações do HIV/AIDS entre adolescentes e adultos com até 39 anos, da tuberculose entre adultos em fase economicamente ativa e da hanseníase entre adultos com mais de 50 anos. Ademais, observou-se aumento do HIV/AIDS entrehomossexuais e bissexuais, dos óbitos por tuberculose e de crianças/adolescentes com hanseníase. Conclusão: o perfil de homens adultos com baixa escolaridade evidenciado neste estudofoi semelhante à literatura, o que sugere possibilidades de atuação para profissionais da assistência, vigilância e gestão, com vistas à proposição de estratégias direcionadas ao controle do HIV/AIDS, da tuberculose e da hanseníasea nível estadual.
Objetivou-se analisar o desfecho do tratamento da infecção latente da tuberculose nas pessoas vivendo com HIV no Paraná. Realizou-se estudo descritivo, com dados secundários. A amostra se deu pelas pessoas vivendo com HIV em tratamento da infecção latente da tuberculose no Paraná entre 2019 e 2020. Foram excluídos casos com sorologia desconhecida do HIV e confirmação/suspeita da tuberculose ativa. Os dados foram analisados em software estatístico. Foram registrados 386 indivíduos, das quais 275 foram em 2019 e 111 em 2020. 61,4% das pessoas evoluíram com o tratamento completo, apesar de ainda notar-se alta taxa de abandono (10,4%). Conclui-se que houve diminuição do número de pessoas em tratamento, o que pode estar atrelado ao enfrentamento da pandemia da COVID-19. Dentre as pessoas em tratamento, o desfecho favorável da completude foi majoritário.
Objetivo: mapear o conhecimento na literatura científica acerca dos efeitos da pandemia da covid-19 na hospitalização e mortalidade, em pacientes adultos, por doenças crônicas transmissíveis. Método: revisão de escopo, realizada em janeiro de 2022, nas seguintes bases de dados: CINAHL, Embase, LILACS, MEDLINE, e Web of Science. Os descritores utilizados na busca foram: Doenças Transmissíveis, Hospitalização, Mortalidade e COVID-19. O processo de seleção foi feito por dois revisores independentes por meio da plataforma Rayyan®. Resultados: foram incluídos 36 estudos, dos quais geraram-se as categorias: Internações e mortalidade relacionadas à covid-19 e às doenças crônicas transmissíveis; possíveis causas de agravamento dos pacientes com a covid-19 e doenças crônicas transmissíveis; e Controle das doenças crônicas transmissíveis no contexto da pandemia. Conclusão: observou-se que as hospitalizações e as mortes pelas doenças crônicas transmissíveis estiveram associadas à coinfecção com a covid-19, apesar de fatores sociodemográficos e epidemiológicos também interferirem na ocorrência.
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Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico de gestantes em situação de risco. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo documental, com caráter quantitativo, realizado em uma instituição não governamental na região noroeste do Paraná. Foram analisados prontuários correspondentes aos anos de 2016 a 2019, totalizando 180 prontuários. Os dados foram compilados e processados por meio de estatística descritiva simples. Resultados: Foram analisados 180 prontuários, desses, constatou-se que a idade mínima das gestantes institucionalizadas estava entre 12 anos e 40 anos de idade, com a faixa etária predominante entre 21 e 30 anos. Dentre essas, 91 gestantes (50,54%) se autodeclaravam pardas ou pretas. Quanto ao grau de escolaridade, 107 (59,44%) possuíam ensino médio incompleto, e 95 (52,78%) já haviam tido uma gestação anterior. Dentre os principais motivos pelos quais as gestantes se encontravam em situação de vulnerabilidade, estavam os transtornos mentais, a violência doméstica e os conflitos familiares. Conclusão: Estudos que avaliem o perfil sociodemográfico das gestantes em situação de vulnerabilidade social são importantes para que profissionais de enfermagem possam reconhecer e elaborar estratégias para minimizar riscos para a saúde materno-infantil, estabelecer maior vínculo e assisti-las de forma integral por meio do pré-natal.
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