Resumo Examina-se o mercado residencial na Região Metropolitana de São Paulo, considerada laboratório de investigação pela extensão, variedade de perfis municipais e de empresas atuantes, arcabouços institucionais, políticas urbanas e habitacionais. As dinâmicas urbanas imobiliárias são analisadas nos períodos de expansão e desaceleração do setor imobiliário nos anos 2000, atentando para especificidades de processos envolvendo o ambiente construído nos municípios da região. Adota-se uma análise multiescalar com dados macroeconômicos e setoriais, organizando uma periodização para caracterizar elementos da oferta privada de moradia, agentes promotores e estratégias empresariais por período e diferentes mercados (maduros e frágeis), além das tendências gerais. Observaram-se mudanças nas estratégias dos agentes e perfil dos produtos conforme o período de expansão ou desaceleração e porte do município/mercado.
COVID-19 provided important reflections about the organization of cities and housing, its influence on health and the need for us to act towards the construction of a more sustainable world with fewer inequalities. This paper aimed at analyzing the relationship between health, housing and sustainability, and how these themes are interconnected and related to the Sustainable Development Goals (SDG) set forth in the 2030 Agenda. This is a study of a theoretical and conceptual nature with a qualitative approach, conducted by means of a bibliographic review. The analysis of 15 articles selected enabled the elaboration of three categories: the first addresses the housing-health connection; the second, in a more macro scale, analyzes the relationship between city, health and sustainability; and the third highlights the relevance of participative processes to strengthen public policies. The relevance of analyzing the ‘health of housing and cities’ in an interdisciplinary and intersectoral way was evidenced, considering the various environmental, social, cultural, economic and political determinants, among others, and their connections towards sustainability, and health as cross-sectional to all SDGs, which requires strengthening of healthy public policies. It is ethically imperative to create and expand spaces for dialog to qualify public policies in the interface of the health, environment and urban planning areas, as well as to face situations of socio-environmental vulnerability and health inequalities. The current scenario of the COVID-19 pandemic reinforces this evidence and requires greater approximation between science, politics and society.
Esta edição da revista arq.urb apresenta um conjunto diversificado de artigos, que abordam desde temas relacionados à história da arquitetura, cotejando seus fundamentos teóricos e conceituais com seus contextos sociais, econômicos, políticos e culturais, a temas relacionados às políticas públicas e seus rebatimentos nos processos de (re)produção social do espaço urbano, à formação e à prática profissional de arquitetos e urbanistas, bem como à utilização de novas tecnologias nas leituras urbanas; diversidade temática que muito contribui para a discussão no campo da Arquitetura e do Urbanismo, reforçando o compromisso desta revista.
El artículo propone analizar las disputas socioterritoriales por el acceso a una vivienda digna en el barrio de Campos Elíseos, ubicado en la región central de São Paulo. Según una revisión bibliográfica e investigaciones, se ha comprobado que parte de las políticas públicas implementadas destinadas a la vivienda social resultaron insostenibles, lo que dio lugar a la construcción de grandes conjuntos habitacionales en áreas periféricas con infraestructuras, servicios urbanos y oportunidades laborales deficitarias. De esta manera, las políticas públicas se han alejado del desarrollo sostenible, perjudicando la garantía del derecho a una vivienda digna y perpetuando las profundas desigualdades socioespaciales que históricamente han caracterizado a las ciudades brasileñas. La implementación de políticas públicas en las áreas centrales de la capital ha tenido resultados limitados en la promoción de viviendas dignas para la población de menores ingresos. Parte de estas políticas ha provocado la expulsión de residentes y trabajadores locales, empujándolos hacia áreas periféricas y ambientalmente vulnerables. El barrio estudiado presenta un territorio complejo, disputado por diferentes agentes sociales y escenario de conflictos. Por un lado, se encuentran residentes de bajos ingresos que viven en condiciones precarias o en situación de calle, así como usuarios de drogas que no se sienten incluidos en las políticas públicas. Por otro lado, están los intereses del capital, que incluyen los negocios inmobiliarios. Se argumenta que acciones efectivas para abordar el problema habitacional y garantizar el derecho a una vivienda digna dependen de la voluntad política, la cual no ha sido estructurada de manera consistente. En cada administración, estas acciones se modifican, deshaciendo acuerdos y violando derechos, en un ambiente de inseguridad constante.
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