Ambient temperature may lead to decompensation of cardiovascular diseases and deaths by acute myocardial infarction (AMI). Little is known about this relationship in South American countries located in regions of a hot climate. This study aims to investigate the effects of ambient temperature on mortality due to AMI in six Brazilian micro-regions, which present different climates. We analyzed daily records of deaths by AMI between 1996 and 2013. We estimated the accumulate relative and attributable risks with lags of up to 14 days, using distributed non-linear lag model. Micro-regions that were closest to the equator did not show an association between temperature and mortality. The lowest risk temperatures varied between 22 °C and 28 °C, in the Southern region of Brazil and the Midwest region, respectively. Low temperatures associated with the highest mortality risk were observed in the same areas, varying between 5 °C and 15 °C. The number of deaths attributed to cold temperatures varied from 176/year in Brasilia to 661/year in São Paulo and those deaths attributed to hot temperatures in Rio de Janeiro amounted to 115/year. We showed the relative risk and the attributable risk of warmer and colder days in tropical regions. The estimate of the number of deaths due to climate, varying according to each area, is a way of bringing information to those responsible for health policies based on easily-understood measurements.
Fundamento: O infarto agudo do miocárdio (IAM), principal causa de morte no Brasil, apresenta disparidades regionais nas tendências temporais das taxas de mortalidade dos últimos anos. Estudos anteriores de tendências temporais não fizeram correção para os códigos-lixo de causas de mortalidade, o que pode ter enviesado as estimativas. Objetivo: Analisar as desigualdades regionais e por sexo na tendência de mortalidade por IAM no Brasil no período de 1996 a 2016. Métodos: Estudo de séries temporais de 21 anos (1996 a 2016). Os dados são do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e das estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram feitas correções de óbitos por causas mal definidas, códigos-lixo e sub-registro. As séries temporais desagregadas por grandes regiões, sexo, capitais e interior foram analisadas utilizando a técnica de regressão linear segmentada por Jointpoint. O nível de significância estatística adotado foi de 5%.
Resumo As doenças cerebrovasculares (DCV) estão entre as principais causas de mortalidade no mundo e a temperatura do ar é um dos seus fatores de risco, embora sua relação seja pouco estudada no Brasil. Este artigo objetiva investigar a relação entre temperatura do ar e mortalidade por DCV em 10 microrregiões nas cinco grandes regiões brasileiras. Foi realizado estudo de séries temporais com os óbitos diários por DCV e a média diária de temperatura do ar no período de 1996 a 2017. Foram utilizando dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e modelos aditivos generalizados com distribuição de Poisson e os riscos relativos e atribuíveis foram estimados (com intervalo de confiança de 95%) até uma defasagem de 14 dias com modelos DLNM (distributed lag non-linear models). No período ocorreram 531.733 óbitos por DCV nestas microrregiões, dos quais 21.220 (11.138-30.546) atribuíveis à temperatura do ar. As temperaturas de mortalidade mínima variaram entre 20,1°C em Curitiba a 29,6°C em Belém. Foram observadas associações entre temperaturas não ótimas do ar e aumento no risco de óbito em todas as cinco regiões brasileiras, destacando Manaus com risco relativo (RR) 1,53 (1,22-1,91) e Campo Grande com RR 1,52 (1,18-1,94) no frio, e Manaus com RR 1,75 (1,35-2,26) e Brasília com RR 1,36 (1,15-1,60) no calor.
Resumo O estudo objetivou investigar conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) sobre o controle do câncer do colo do útero (CCU) recomendadas pelo Ministério da Saúde (MS). Trata-se de estudo transversal, que utilizou questionário autoaplicável junto aos médicos e enfermeiros da ESF de Juiz de Fora, Minas Gerais, em 2019. Para a análise, empregou-se os testes qui-quadrado e exato de Fisher, nível de significância 5%. Entre os 170 pesquisados, o que correspondeu a 93% dos profissionais da ESF no município, a prevalência de conhecimento adequado foi de 39,4% e teve associação com idade mais jovem e sexo feminino. A prevalência de atitude adequada foi de 59.5%, e de práticas adequadas 77,6%, ambos associados a maior tempo de graduação. A presença das diretrizes do MS nas unidades associou-se aos desfechos conhecimento e prática adequada, ratificando a importância de material de apoio para consulta dos profissionais. Apenas 28,2% dos profissionais relataram ter recebido capacitação nos últimos três anos e 50,3% realizaram ações educativas para as usuárias. Destaca-se necessidade de ações de educação permanente junto aos profissionais, visando uma atuação mais efetiva para o enfrentamento e erradicação do CCU.
INTRODUÇÃO: Poucas pesquisas abordam o ensino de Saúde Pública nos cursos de graduação.O objetivo deste trabalho foi investigar o interesse dos estudantes de Medicina nesta área. MÉTODOS: Foram feitos inquéritos, em semestres consecutivos, com alunos de Medicina, com aplicação de questionário estruturado. Entre os inquéritos foi feita a divulgação de uma página na internet com resumos comentados de artigos publicados em revistas de Saúde Pública. RESULTADOS: Dos entrevistados, 59,8% no primeiro inquérito e 46,5% no segundo relataram maior interesse em Saúde Pública. Estes fazem mais leitura de periódicos da área (47,5% x 25,4%; p<0,001), geralmente com frequência mensal. O meio de comunicação preferido para buscar informações sobre o tema foi a internet. Não houve aumento no interesse dos alunos após a divulgação da página na internet, que foi pouco acessada. CONCLUSÕES: Cerca de metadedos estudantes relataram maior interesse em Saúde Pública, e uma proporção menor tem o hábito da leitura de artigos com essa temática. A internet pode ser um canal interessante de divulgação de pesquisas sobre Saúde Pública,mas necessita de uma intervenção mais estruturada para alcançar um público maior.
Cerebrovascular diseases (CVD) are one of the leading causes of mortality globally. Air temperature is one of the risk factors for CVD; however, few studies have investigated the relationship between air temperature and mortality from these diseases in Brazil. This time series study investigated the relationship between air temperature and CVD mortality in 10 microregions located across Brazil’s five regions during the period 1996 to 2017 using mortality data from the national health information system, DATASUS and daily mean temperature data. The association between mean air temperature and mortality from CVD was measured using generalized additive models with Poisson distribution and relative and attributable risks were estimated together with 95% confidence intervals using distributed lag non-linear models and a 14-day lag. There were 531,733 deaths from CVD during the study period, 21,220 of which (11,138-30,546) were attributable to air temperature. Minimum mortality temperatures ranged from 20.1ºC in Curitiba to 29.6ºC in Belém. Associations between suboptimal air temperatures and increased risk of death from CVD were observed in all of Brazil’s five regions. Relative risk from the cold was highest in Manaus (RR 1.53; 1.22-1.91) and Campo Grande (RR 1.52; 1.18-1.94), while relative risk from heat was highest in Manaus (RR 1.75; 1.35-2.26) and Brasília (RR 1.36; 1.15-1.60).
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