RESUMO Este artigo trata da construção do campo de estudos sobre fenômenos urbanos nas ciências sociais brasileiras nos anos 1970 e 1980, para isso, toma como objeto de análise os livros publicados pela Zahar Editores sobre o tema entre os anos de 1957 e 1984. Com base no material analisado, é possível afirmar que a construção de uma política editorial na Zahar Editores, destinada à publicação de livros vinculados aos recém-fundados programas de pós-graduação em ciências sociais, possibilitou o desenvolvimento e a consolidação de uma proeminente agenda de pesquisa voltada para as cidades no Brasil.
O presente artigo tem como objetivo analisar a emergência da publicação de autores relacionados à Nova Direita no Brasil tendo como foco principal a trajetória da editora Record. A editora, fundada em 1940, passou por um processo de expansão nos anos 1990 com a aquisição de editoras historicamente ligadas ao campo intelectual da esquerda como a Civilização Brasileira e a Paz e Terra. Em meados dos anos 2000, a Record deu uma nova guinada que ficou marcada sobretudo pela contratação do editor Carlos Andreazza, que passou a coordenar o catálogo de não ficção da editora, vindo a ser reconhecido como um dos maiores propulsores da nova leva de intelectuais de direita. Argumenta-se que o surgimento da nova direita como um gênero editorial consolida um processo que já vinha se desdobrando nas redes sociais e em âmbitos culturais mais restritos, passando a dar nova e mais ampla configuração a este universo.
Resumo Neste artigo, analiso a política editorial da Zahar Editores, empresa que ocupou um lugar central na publicação de livros de ciências sociais no Brasil entre as décadas de 1960 e 1980. Por meio da análise do catálogo de publicações da editora, entrevistas e documentos históricos, busco compreender como a adoção de uma política editorial de traduções foi fundamental para a configuração das ciências sociais no país, de forma a contribuir para a compreensão da história dessas disciplinas, ao chamar a atenção para as condições materiais de circulação de ideias. A publicação de manuais universitários e de livros monográficos de autores estrangeiros funcionou para a Zahar como estratégia de inserção no mercado emergente de livros para estudantes de ensino superior. A editora estabeleceu redes de interação significativas e viabilizou a publicação de obras e autores que passaram a ser referência em debates intelectuais e políticos.
Este texto discute e articula algumas das categorias presentes na prática editorial da Cosac Naify ao promover o projeto gráfico como elemento fundamental de seu projeto editorial. Qual o espaço da produção artesanal diante de dinâmicas crescentemente industriais? Por meio de entrevistas, análise de catálogos, artigos de jornal e revista, revela-se um rico panorama em que se observam diferentes projetos postos em disputa na dinâmica da editora.
O presente artigo tem como objetivo analisar duas coleções editoriais lançadas durante a pandemia de Covid-19 no Brasil. As coleções “Pandemia Capital”, lançada para editora Boitempo, e a “2020 – Ensaios sobre a pandemia”, lançada pela editora Todavia, servem como estudos de caso para se observar elementos centrais da configuração do mercado editorial contemporâneo no Brasil. Por meio de uma análise dos títulos publicados, autores e formatos, meio de divulgação e demais características gerais das editoras em questão, foi possível perceber semelhanças entre as iniciativas que são bastante reveladoras das tendências que se impõem a publicação de livros no país. A aposta no formato digital, a intensa atuação nas redes sociais, as narrativas breves, com textos curtos, a padronização de preços e dos projetos gráficos são alguns dos elementos que unem ambas as iniciativas, servindo como parâmetro para se pensar um novo tempo no mercado editorial brasileiro.
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