Resumo Sobre a classificação genética da família linguística Karíb, Meira e Franchetto (2005) propõem que o ramo pekodiano é formado pelas línguas Bakairi, Arara e Ikpeng, sendo que estas duas últimas estão no limite do que pode ser considerado como dialetos de uma mesma língua. Por sua vez, os falantes de Arara e Ikpeng alegam ser parentes próximos e relatam um nível razoável de inteligibilidade: conseguem, em geral, conversar com sucesso, embora encontrem, às vezes, dificuldades de compreensão. Para o referido estudo, os autores utilizaram dados lexicais provenientes apenas das línguas Bakairi e Ikpeng, pressupondo esta última como codialeto de Arara. O presente artigo busca realizar um estudo comparativo entre Arara e Ikpeng, utilizando, para isso, termos de parentesco. Para uma compreensão holística das semelhanças e diferenças entre essas duas línguas, buscamos realizar análises tanto do ponto de vista linguístico – comparando as formas dos termos de parentesco – quanto antropológico, cotejando os sistemas apontados por etnografias existentes. Os dados linguísticos, por sua vez, são provenientes de trabalhos de campo realizados nas comunidades Arara e Ikpeng por Ana Carolina Ferreira Alves (nos anos de 2014 a 2017) e por Angela Fabíola Alves Chagas (em 2012), respectivamente.
O artigo busca trazer a reflexão sobre a construção histórica de populações tradicionais na área que se transformou na atual Unidade de Conservação Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia. Apesar de ser uma Unidade de proteção integral (IDEFLOR-BIO, 2018), as famílias tradicionais ribeirinhas mantiveram o direito de uso da floresta nas negociações com o Órgão Gestor. Busca-se demonstrar, a partir de metodologia da história oral (BOM MEHY, 1996; ALBERTI, 2002; THOMPSON, 2002), que essas pessoas contribuíram e contribuem para a preservação da área, de modo a consolidar seu direito de permanecer em suas residências manejando produtos da floresta.Palavras-chave: História Oral. População Tradicional. Unidade de Conservação.
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