RESUMO O artigo discute a história dos rios amazônicos como lugares de “hidronegócios”, analisando as fontes e a produção historiográfica sobre os registros de usos e representações das águas, bem como os processos de apropriação dos rios no contexto do planejamento do desenvolvimento regional entre 1950 e 1985, norteado pelas ideias de progresso e crescimento econômico. As fontes utilizadas, discursos, legislações, planos e relatórios de governo e o diálogo com bibliografias clássicas e contemporâneas sobre diversos aspectos das interações entre rios e sociedades humanas demonstram que os rios amazônicos desempenharam papel central na ocupação do território, na circulação de pessoas, ideias e mercadorias e na subsunção da água como força motriz de operações industriais e urbanas, em especial dos grandes projetos mínero-metalúrgicos. As águas foram ressignificadas em quilowatts e commodities, secundarizando as relações mantidas pelas comunidades com os rios.
ResumoEste texto é derivado das pesquisas que venho desenvolvendo na última década na Linha Historia e Natureza sobre a temática 'Sociedade e Natureza -- Saberes e Usos' na região estuarina da Amazônia com a finalidade recuperar memórias e histórias dos processos de interação entre sociedades, águas e insularidades das cidades estuarinas. Os indígenas habitadores da região que atualmente denominamos "estuarina" eram referidos por outras etnias, a época dos contatos com os europeus, como "povos das águas". Palavras--chaveAmazonia, história, natureza, estuário, saberes e usos. Cities, waters and islands in the Amazon estuary AbstractThis text is derived from the researches I have been developing over the past decade on the subject History and Nature, under the thematic "Society and Nature -Knowledge and Uses" in the Amazon estuary, in order to recover memories and stories of the interaction processes between societies, water and insularities of estuarine cities. The indigenous habitants of the region currently called "estuary" were referred, by other ethnic groups, to the time of contact with Europeans, as "people of the waters".
A vida de Clara Martins Pandolfo se confunde com a história da ciência e do planejamento do desenvolvimento na Amazônia brasileira. Esta narrativa, em uma perspectiva biográfica e multidisciplinar, destaca sua trajetória pessoal e profissional no contexto da Escola de Chimica do Pará e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Pesquisa bibliográfica e documental nos arquivos dessas instituições informa a atuação de Clara na ciência, docência e gestão pública ao longo do século XX, em espaços majoritariamente masculinos. Sua produção científica, registrada em um volume expressivo de publicações, apresentou reflexões pioneiras e ampliou a perspectiva analítica sobre os recursos naturais amazônicos.
RESUMO Os temas sustentabilidade e crise energética têm propiciado reflexões diversas nos âmbitos econômico, político, social, filosófico e cultural nos últimos 50 anos, resultando em proposições que apontam para o descompasso da histórica interação realizada entre humanidade e natureza. A premissa é a constatação de que o planeta e seus componentes, substantivados como naturais, são finitos, e sua escassez e provável extinção colocam em risco os sistemas socioeconômicos e culturais vigentes. Ao analisar as premissas e proposições sistematizadas sobre esses temas, constata-se que a historiografia não se eximiu de abordá-los, indicando que a lógica do sistema socioeconômico e cultural vigente busca sua “eterna” permanência.
Neste artigo discute-se o passado/presente na perspectiva de explicitar e compreender o saber/conhecimento contido nas metáforas da linguagem sobre a origem e a importância de produtos vegetais, utilizados na alimentação pelos indígenas na Amazônia. A análise de geração e produção mental/intelectual dos mecanismos sociais de seleção, apropriação e institucionalização informam os processos transmissão de conhecimento. Busca-se refletir, entender e compreender as relações existentes entre os componentes do grupo sociocultural e seus ambientes. Ressalta, também, os procedimentos específicos adotados na produção de conhecimento que se conforma e configura na relação do viver num mundo oriundo no processo das vivencias.
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