O presente trabalho tem o objetivo de analisar e refletir acerca das concepções que estudantes de graduação em psicologia tem sobre doença mental. Com relação à metodologia, foi empregado o Procedimento de Desenhos com Temas com 50 estudantes do segundo ano de graduação em psicologia, 16 homens e 34 mulheres entre 18 e 20 anos, que não haviam tido contato anterior com a disciplina de Psicopatologia, com a instrução: "Desenhe um doente mental e em seguida escreva uma história sobre esta pessoa". As produções foram analisadas segundo as abordagens qualitativa e quantitativa. Como resultados, os desenhos temáticos realizados por homens refletiram, em sua maioria, associações com dificuldades de adaptação à realidade, desamparo e solidão. A maioria dos desenhos feitos por mulheres parece estar relacionada à mesma tendência. Aparecem ainda concepções relativas ao plano psíquico (sintomatologia) e aos aspectos patológicos, principalmente esquizofrenia e depressão. Um número significativo de desenhos relaciona-se com concepções da doença mental que refletem o plano orgânico, com associações com deficiência mental, dificuldades de aprendizagem e envelhecimento. Há ainda associações com referências culturais e relacionadas a fantasias sobre os tratamentos e cura. Concluímos, dentre vários aspectos, que é grande a mobilização dos alunos frente aos limites entre o normal e o patológico e a identificação e angústia gerada pelo tema em questão. Descritores: doença mental, estudantes de psicologia, desenhos temáticos.
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