O presente trabalho tem como objetivo analisar como são produzidos os corpos dentro de uma escola de samba localizada no extremo Sul do Rio Grande do Sul, estabelecendo uma articulação entre a produção dos corpos, o carnaval e o samba. Para o desenvolvimento desta pesquisa foram realizadas entrevistas semiestruturadas a uma amostra composta por oito sujeitos, sendo que seis desses são integrantes do grupo show da Sociedade Carnavalesca e Cultural Unidos da Rheingantz e dois são pessoas envolvidas com a memória/história do carnaval riograndino. O corpo, ao longo de 60 anos, ganhou visibilidade e relevância no interior do carnaval, assumindo a centralidade ao dar maior destaque aos contornos do que aos tecidos e adornos. Percebe-se, assim, um movimento que não é uniforme, mas indica, fortemente, a exacerbação do corpo pelos seus aspectos estéticos que devem se sobressair, mesmo que isso implique a negação, em alguns casos, do próprio corpo que se tem/é.
Objetivamos reconhecer as condições históricas que permitiram a existência da dança jazz em Rio Grande/RS, personagens, trajetórias profissionais, influências e perspectivas para o cenário contemporâneo da dança. Para tanto, foram entrevistadas cinco profissionais da dança, responsáveis pela manutenção de espaços e de práticas da dança no referido município. A partir da análise das entrevistas chegamos às seguintes categorias: Quem são essas mulheres que dançam? — apresentação das entrevistadas centrais; A dança jazz chega a Rio Grande/RS — a conjuntura que possibilitou a emergência da dança jazz ; Entre elos e conflitos: potências da/na dança — após a emergência da dança jazz as trajetórias e os olhares das bailarinas/professoras sobre a dança. Por fim, entendemos que a dança jazz se configurou num movimento potente que atraiu público, bailarinos(as) e profissionais; projetou Rio Grande/RS a vivenciar grandes festivais e conquistas. Entretanto, são condições efêmeras, atravessadas pela ausência de investimentos de grande monta no cenário artístico-cultural.
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