A síndrome de burnout tem recebido destaque em recentes pesquisas por representar não apenas um agravo à saúde do profissional, mas também um risco aos indivíduos por ele assistidos, principalmente em atividades nas quais o contato humano é um componente preponderante. O objetivo deste estudo é analisar a manifestação de burnout em agentes comunitários de saúde (ACS) a partir da literatura revisada, dando ênfase a aspectos de sua formação e prática. Procedeu-se a uma pesquisa de referencial teórico a partir de publicações encontradas na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs). Importantes fontes de estresse ocupacional levantadas nas referências foram: a função de elo entre serviço e comunidade exercida por este profissional, a proximidade emocional com a população e o contato direto com os problemas socioeconômicos do território. Foi averiguado também que a formação do agente, no que tange aos conhecimentos humano-sociais, é ainda insuficiente. Conclui-se que estas questões suscitam mudanças na formação dos agentes e nas suas condições de trabalho, sendo que os benefícios destas medidas refletir-se-ão também sobre a saúde da população assistida, e que o limitado número de pesquisas empíricas sobre ACS e burnout encontradas para este estudo prova a necessidade de pesquisas adicionais para consolidação destes conhecimentos e futuras mudanças na abordagem destes profissionais.
Este estudo teve como objetivo descrever o perfil dos profissionais médicos e enfermeiros que atuam nas equipes da Estratégia de Saúde da Família no município de Montes Claros (MG) e a utilização do SIAB por estes profissionais. Foram entrevistados 22 médicos e 22 enfermeiros. A maioria do sexo feminino, com 29 pessoas (65,9%), em média 34,7 anos de idade (DP±7,66), todos possuíam pós-graduação em Saúde da Família, sendo, título de especialista com 40 representantes (90,9%) e especialização com 4 representantes (9,1%). Tinham em média 7,5 anos de formados. A maioria dos 41 profissionais (93,2%) possuía treinamento sobre o SIAB e utilizavam-no para planejamento das suas ações. Em relação à frequência com que a coordenação emitia relatórios sobre a situação dos indicadores das equipes, 34 profissionais (77,3%) a consideraram inadequada. Sentiam-se capacitados para monitorar as informações do SIAB 41 pessoas (93,2%), e 38 delas (86,4%) acreditavam que as informações do SIAB correspondiam à realidade do seu território. Por este estudo, concluímos que os médicos e enfermeiros entrevistados possuem perfil adequado para a Estratégia de Saúde da Família.
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