RESUMO: Entre as diversas semióticas e semiologias atualmente existentes, devem-se distinguir dois projetos gerais: o de origem saussureana e o de origem peirceana. O primeiro recolhe da ciência lingüistica seu modo de proceder e as caracteristicas gerais do signo. O segundo pertence à tradição critica filosófica. Para a inteligência capaz de aprender com a experiência, a d(mensão temporal e histórica é essencial. O signo peirceano implica as relações de um tempo irreversivel. A produção presente do signo cabe a função poética, a qual é essencial à vida de toda inteligência. A hipótese cientlfica, as revoluções sociais em seu momento originário e a produção artistica produzem novos signos, recortam novos objetos e abrem fei xes de possibilidades para a conduta futura.UNI TERMOS: Semiótica; semiologia; inteligência cientlfica; tempo; signo; poética. As diversas semióticasOs estudos semi óticos, apesar de apre sentarem alguns pontos em comum, diversificam-se profundamente dependen do da tradição onde encontram sua origem.Crê -se poder dizer que todos eles se preocupam em investigar os signos em ge ral e seus significados; nem todos são tão explícitos na procura de elucidar possíveis distinções entre as relações de significação e as de comunicação.Ao se tentar, no entanto, considerar co mo se desenvolvem os estudos semióticos, vão aparecer algumas grandes diferenças entre eles. Em primeiro lugar, convém men cionar, para logo excluir dessa exposição, semióticas ou semiologias que se restringem a classes bastante particulares de signos e que visam determinar condutas bem preci sas de quem os utiliza; seria o caso da se miologia marítima e da semiologia de trân sito que estudam sistemas convencionais restritos de sinalização e de transmissão de mensagens que, de percepção fácil e inequí voca: semáforos, bandeiras, sinais de rádio e gestos, transcendem a diversidade dos có digos lingüísticos e, portadores de signifi cados bastante restritos e estereotipados, garantem a determinação de condutas de grupos de pessoas que sob outros aspectos sociais diferenciam-se profundamente. A marinha e a aeronáutica de todo mundo co nhecem e decodificam do mesmo modo de terminados signos e suas combinações; pe destres e automobilistas praticamente de to do mundo também, reconhecem o signifi cado para sua conduta, dos sinais verde e vermelho, da mão única de direção, do cru zamento de uma via preferencial ou do si nal internacional de perigo. Constituindo classes naturais de signos, que vão sendo reconhecidos, descritos e co municados aos profissionais da área, os sin tomas de disfunções do organismo são ob jeto de semiologia médica, a qual consti tue o passo inicial na elaboração de qual quer hipótese diagnóstica. Essa ciência ins-
• RESUMO : As cada vez mais frequentes referencias ao pensamento de Peirce feitas pela contemporanea filosofia da ciencia nao tern sido capazes de esconder a dificuldade encontrada de assumi-lo em sua integridade. A maior parte das citacoes e parcial e contradiz 0 conjunto da doutrina. Parece ser mais faci! chamar para conversacao William James e John Dewey do que chamar seu inspirador comum. A razao ultima deste desafio parece se encontrar na radicalidade do realismo falibilista, dificilmente aceitavel pela maio ria das filosofias atuais.• UNITERMOS: Falibilismo ; realismo ; semi6tica ; conversacao filos6fica. As referencias ao pensamento peirceano encontradas em textos de Filosofia da Ciencia, embora ainda raras, sao cada vez mais frequentes. Costumam decorrer do reconhecimento do carater original e renovador daquele pensamento em defesa do carater realista do conhecimento cientifico e ao permitir a superayao de impasses decorrentes da adoyao de teses herdadas do positivismo sem exigir que se aceite uma postma irracionalista. Em sua maioria, tais referencias atribuem ao pensamento peirceano 0 merito de conferir a experimentayao e a pratica cientifica urn lugar pr6prio na determinayao da Verdade e nao desacreditar na possibilidade da representayao formal de relayoes reais constitutivas do universo fenomenico.
RESUMO: O diagrama do siglUJ, quando aplicado IUJ enlendimenlo da ciência, dá lugar a uma correlação original enlre abdução, dedução e indução. A união da abdução e da dedução consiste numa Forma geral de possibilidade lógica. Enquanlo que a indução estabelece, IUJ decorrer da exp eriência, a razão de fr eqüência IUJ universo dos fatos das conseqüências previstas na represenlação geral. Como uma construção fo rmal, a ciência enquanlo semiótica sustenla-se, mesmo tendo por objeto um univ8rsO do puro acaso. Todavia, no interior do conjUnlO total do sistema fú osófico de Peirce, a ciência só adquire significado se corresponder à realidade da Natureza. A garanlia desta correspondência estatisticamenle relevanle seria o fa to de o instinlo humaIUJ pertencer ao mesmo estágio de evolução do universo todo.
n RESUMO: Um posicionamento filosófico realista que não coloque em dúvida a inteligibilidade do universo ao qual investiga e não se pretenda detentor de qualquer privilégio para alcançar a verdade admite a falibilidade de qualquer representação da realidade, não vendo motivo para fugir ao diálogo com aqueles que propõem explicações diferentes das suas, mesmo que por vezes com elas conflitantes.n PALAVRAS-CHAVE: Realismo; diálogo; falibilismo.Uma postura realista diante dos objetos da experiência parece ser aquela que vem sendo habitualmente assumida pelos investigadores dos fenômenos da natureza. Não parece, contudo, ser absolutamente necessário que estes investigadores, ao colocarem questões filosóficas, procurem para elas respostas necessariamente marcadas por um posicionamento realista. Em decorrência do nível de abstração em que se desenvolverá o pensamento filosófico, será possível àqueles investigadores, por exemplo, restringirem-se a só legitimamente discutir a linguagem do discurso, não lhes parecendo pertinente adentrarem o domínio dos fenômenos não-simbólicos a fim de investigá-los no nível ontológico.Talvez fosse válido interpretar neste sentido a proposição de Wittgenstein (1987, p.204), engenheiro mecânico e arquiteto, de que os Trans/Form/Ação,
Esta pesquisa é uma Análise Semiótica da Biologia Evolutiva, utilizando-se para tanto o quadro categorial de Charles S. PEIRCE (1853-1914). Questões como Diversidade, Acaso e Relações Ambientais são discutidas através de relações sígnicas.
This research is an Semiotic Analysis about the Evolutionary Biology, using the categorial scheme of Charles S. PEIRCE (1853-1914). Questions Concerning Diversity, Chance and Environmental Relations are discussed based on his theory
A partir de objeções às proposições de Mikhail BAKHTIN (ou V.N. VOLOCHINOV) sobre a produção da linguagem e do discurso literário no interior das relações sociais de produção, sugere-se a aplicação da semiótica peirceana, devidamente criticada para a análise da produção dos signos no nível da representação da consciência. Pretende-se com isto considerar o signo em toda a sua extensão, e não reduzido ao mero domínio do ""simbólico"", e tornar mais claro o lugar e o papel das diversas formas ideológicas no interior da "praxis".
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