RESUMO OBJETIVO: caracterizar os acidentes de trabalho fatais e analisar a qualidade das informações de seus registros. MÉTODO: estudo ecológico com análise descritiva dos óbitos por acidentes de trabalho no Brasil, em Minas Gerais e no município de Uberaba, no período de 1997 a 2006. Utilizou-se como fonte de dados as informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, e o Sistema Único de Benefícios (SUB), do Ministério da Previdência e Assistência Social. RESULTADOS: as causas mais comuns de acidentes de trabalho fatais estão relacionadas com os acidentes de trajeto e atingem principalmente homens da faixa etária entre 25 e 44 anos. Constatou-se um elevado percentual de informação ignorada no campo direcionado à identificação da relação do óbito com o acidente de trabalho, alcançando, no período, média de 82,9% em nível nacional, de 84,5% no estadual e de 79,6% no municipal. Quanto à qualidade das informações do SIM, segundo os critérios propostos pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, é considerada muito ruim para informar sobre acidentes de trabalho, sendo um fator limitante para o planejamento de ações no campo da saúde do trabalhador a partir desta fonte de dados. CONCLUSÃO: são necessárias, portanto, formas mais eficazes de registro das informações relacionadas aos acidentes de trabalho fatais.
doi: 10.5216/ree.v12i4.11699A violência sexual infanto-juvenil apresenta-se como problema de saúde pública por se tratar de um fenômeno complexo e de difícil enfrentamento. Para caracterizar os casos de abuso e exploração sexual infanto-juvenil na região do Triângulo Mineiro/Minas Gerais, realizou-se este estudo de natureza descritiva, transversal e exploratória, por meio de entrevistas com os informantes-chave, no período de julho de 2008 a dezembro de 2009. Dos 26 municípios investigados, houve relato de ocorrência de abuso e exploração sexual infanto-juvenil em 21 municípios (80,8%). A maioria das vítimas é do sexo feminino (83,2%), chegando a quase 90% em algumas microrregiões. As vítimas mais frequentes foram as crianças e os adolescentes, da faixa etária entre 13 e 17 anos de idade (51,0%). O seio familiar é o lócus mais comum destes casos de violência (68,6%). Os resultados apontam que o abuso e exploração sexual infanto-juvenil é uma realidade preocupante na região pesquisada indicando a urgência em se buscar estratégias que possam dar maior visibilidade ao fenômeno e traçar mecanismos para sua prevenção, em uma ação conjunta entre profissionais de diversas áreas de atuação, mormente os da saúde, em razão de se tratar de um complexo problema de saúde pública. Descritores: Abuso sexual da criança; Violência sexual; Assistência integral à saúde da criança e do adolescente.
Na perspectiva de identificar as situações de violência sexual infantojuvenil registradas no Conselho Tutelar de Uberaba/MG, realizou-se o presente estudo de caráter descritivo, exploratório e retrospectivo. Foram analisados 1.858 prontuários, sendo selecionados 45. A família foi a grande fonte de violência sexual infantojuvenil (44,5%), sendo 26,7% dos agressores os próprios pais ou algum membro familiar (17,8%). Os índices de agressão foram mais frequentes nas meninas (86,7%), de 12 aos 14 anos (37,8%) e 71,1% dos casos ocorreram em sua própria residência. Houve predomínio de agressores do sexo masculino (82,2%), de 30 a 39 anos (6,7%) e a família teve participação em 26,7% dos casos de denúncia. Estudos dessa natureza são fundamentais para o desenvolvimento de ações de prevenção e enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, bem como de fortalecimento das políticas públicas que reforcem essas ações.
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