As mulheres, ao longo da história, vêm ampliando sua presença nas diferentes profissões e lugares sociais, bem como a participação nas decisões políticas e econômicas na sociedade. Em alguns campos, como a Educação Básica, elas têm sido a maioria, tanto na atuação no magistério, como na formação docente de tais profissionais. Esse fenômeno é denominado como feminização e é caracterizado pela ocupação majoritária das mulheres em uma determinada profissão. No presente artigo, procura-se discutir o processo de feminização do magistério. Para isso, buscamos compreender a divisão sexual e social do trabalho, a separação do público e do privado e, a partir disso, analisar as motivações e fatores que levaram as mulheres a saírem do ambiente doméstico e familiar para ocuparem espaços públicos. Para isso, desenvolveu-se um ensaio teórico, tendo como estratégia metodológica a abordagem de revisão narrativa. Conclui-se que a profissão docente surgiu como uma possibilidade, por vezes a única, de migração das mulheres do espaço privado para o público, o que contribuiu para a feminização da profissão. Com a associação da profissão ao trabalho reprodutivo domiciliar, estendeu-se a desvalorização da educação pelo próprio Estado, o qual apresenta e reforça traços da divisão sexual do trabalho entre as categorias profissionais.
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