O presente trabalho é uma pesquisa pioneira na área de assistência estudantil e objetiva conhecer o perfil das equipes, os serviços oferecidos aos estudantes, as condições de trabalho e as necessidades de capacitação das universidades federais brasileiras em relação ao atendimento da saúde mental. Mais recentemente, a saúde mental de universitários tem chamado atenção das pesquisas, mas são poucos os achados que focam as possibilidades de capacitação ou avaliação e desenvolvimento de políticas públicas voltadas especificamente à saúde mental nas universidades. O instrumento utilizado foi um questionário do tipo survey, e a amostra contemplou as equipes de assistência estudantil de 65 universidades federais, com 215 participantes. Participaram profissionais da Assistência Social, Pedagogia e Psicologia. De acordo com o nosso modelo de regressão logística, os resultados apontam que ter recebido cursos de capacitação referentes à assistência estudantil quase dobrou a chance (OR = 1.989) de se declarar apto para o trabalho, ainda que a oferta de cursos específicos seja mínima e a maioria deles seja de temas transversais ao trabalho. Adicionalmente, os resultados mostram a complexidade do trabalho das equipes de assistência estudantil e suas diferenças regionais e institucionais, assim como a necessidade de implantação de políticas de qualificação profissional para a qualidade dos serviços oferecidos aos estudantes universitários.
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