Uma visão estigmatizada das pessoas com transtornos mentais está presente em parcelas significativas da sociedade, incluindo os profissionais de saúde, o que pode contribuir para uma baixa qualidade assistencial e dificuldade de acesso à saúde por parte dessa população. Diante desse problema, o artigo apresenta o relato de experiência curricular de uma escola médica privada, situada em uma capital do Sudeste brasileiro, de metodologia ativa, cujo cenário de prática ocorre inteiramente em uma Rede de Saúde Mental Comunitária do Sistema Único de Saúde – SUS. A avaliação dessa experiência concluiu que um modelo proposto contribuiu para a redução do estigma direcionada a portadores de transtornos mentais, além de ter sido avaliada positivamente pelos alunos. Para tanto, foi necessário a inclusão de estratégias educacionais que promovessem o convívio direto dos alunos com os portadores de transtornos mentais e o início do curso indicou ser um momento oportuno para oferecer esse tipo de atividade. A experiência também aponta que a colaboração eficaz entre a Universidade e o SUS pode promover mudanças positivas na formação em saúde mental de futuros médicos brasileiros.
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